TY - JOUR AU - Amaral, Lara Luiza Oliveira AU - Fleck, Gilmei Francisco PY - 2019/02/15 Y2 - 2024/03/29 TI - As bruxas da América Latina: memórias das cicatrizes JF - REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS JA - REVELL VL - 3 IS - 20 SE - Dossiê DO - UR - https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3158 SP - 221 - 243 AB - A figura da “bruxa” é reconhecida em filmes, séries e livros de fantasia. A mulher com seu nariz longo, vestes escuras ou mesmo escondida por trás do rosto meigo de uma bela jovem nos é familiar. A história das “bruxas”, contudo, permanece silenciada e cheia de lacunas. A caça às bruxas, período correspondente aos séculos XV e XVIII, guarda um número ainda não identificado de mortos. O tema continua sendo tabu, esquecido, negado. Em pleno século XXI, Mariana Enriquez, autora argentina contemporânea, transfere um episódio de Inquisição para Buenos Aires. Em <em>As coisas que perdemos no fogo</em> (2017), o último conto de sua coletânea, narra-se a história de mulheres que decidem criar as suas próprias fogueiras. Analisamos neste texto como o corpo feminino e as suas cicatrizes estão atados à memória de um episódio tão longínquo e, ao mesmo tempo, tão presente. Dessa forma, utilizamos, como fundamentação teórica, alguns dos pressupostos de Federici (1998), Assmann (2011), Kramer e Heinrich (1487), entre outros. ER -