REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS: Anúncios
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<p><strong>ISSN: 2179-4456</strong></p> <p><strong>Qualis A4 - 2017-2020 - CAPES</strong></p> <p>A REVELL – Revista de Estudos Literários da UEMS (ISSN 2179-4456) é resultado de ações de pesquisas desenvolvidas nos cursos de Graduação e Pós-graduação em Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS e funciona como um espaço de interação entre pesquisadores do Brasil e de outros países. Seu principal objetivo é contribuir com os estudos das diversas literaturas por meio a publicação de artigos e ensaios oriundos de pesquisas sérias, consistentes e de qualidade, e que tenham caráter e comprometimento científico, das diferentes instituições de ensino superior do Brasil e exterior. A revista compreende uma ação conjunta do Curso de Letras da UEMS de Campo Grande, do Grupo de pesquisa Estudos de Narratividade, do Núcleo de Estudos Historiográficos de Mato Grosso do Sul – NEHMS e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.</p> <p> </p>pt-BRChamada para Publicação de Dossiê Temático “Ainda o Regionalismo, nosso contemporâneo?” REVELL - V.1. N. 37 - 2024
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<p><strong>Chamada para publicação 2024. v.1, n. 37</strong></p> <p><strong>Ainda o Regionalismo, nosso contemporâneo</strong></p> <p>O Dicionário Eletrônico Houaiss (2023, s/p) apresenta, para o vocábulo “regionalismo”, a seguinte acepção:</p> <p> <em>substantivo masculino</em></p> <p><em>1 caráter de qualquer obra (música, literatura, teatro etc.) que se baseia em ou reflete ou expressa costumes ou tradições regionais</em></p> <p><em>2 tendência a só considerar os interesses particulares da região em que se habita</em></p> <p><em>3 doutrina política e social que favorece interesses regionais</em></p> <p><em>4 ling palavra ou locução (dialetismo vocabular) ou acepção (dialetismo semântico) privativa de determinada região dentro do território onde se fala a língua</em></p> <p><em>4.1 lit caráter do texto literário que se baseia em costumes e tradições regionais, e que tem como uma de suas características o uso de linguagens locais</em>.</p> <p> Seja do ponto de vista de uma acepção espacial/geográfica, seja do ponto de vista figurativo, a noção de região carrega em si a necessidade de um conjunto de traços distintivos (semas ou mitologemas) que propiciem os critérios para que se preencha com algum conteúdo essa espécie de delimitação arbitrária de uma fronteira (física ou metafórica). Os sentidos do termo “regionalismo”, por exemplo, são trazidos à nossa compreensão por meio dos termos “tradição”, “interesses particulares” ou, ainda, “língua” e “linguagens locais”.</p> <p>Flávio Aguiar (1999, p. 13) enfatiza a presença do regionalismo na literatura do início do Século XX:</p> <p>Com a virada do século, o regionalismo se expande. Aparecem descrições de problemas novos — os da nova imigração europeia juntamente com o abandono dos ex-escravos e de seus descendentes pela política oficial. As guerras desencadeadas pelas lutas entre facções da classe dominante — os senhores da terra — ganham destaque sobretudo na narrativa, na qual o conto ganha um espaço considerável, ao lado do romance, consolidado como gênero de prestígio. O estilo torna-se descritivo, etnográfico, buscando caracterizar a junção entre forma de vida e peculiaridade linguística. [...] (AGUIAR, Flávio. <em>Com palmos medida</em>. São Paulo: Boitempo, 1999, p. 13)</p> <p> </p> <p> Seja pela convenção de um território geopolítico, pelo conjunto de tradições culturais ou, ainda, pela repercussão de imagens naturais tomadas metonimicamente como representantes de territórios e identidades, o regionalismo historicamente se constrói em uma rede tensa e contraditória de representações sociais, culturais e subjetivas que, perigosamente, podem tender a estereótipos e homogeneidades redutoras das dinâmicas humanas. Afinal, o regionalismo pode cair no vício das identidades estáticas, assentadas na “cor local”, no tratamento exótico da natureza ou das culturas e dos sujeitos, por vezes, inclusive, recaindo em imagens pitorescas.</p> <p> No contexto dessa discussão, nosso projeto de pesquisa intitulado “Ainda o Regionalismo, nosso contemporâneo?”, que dá título analogamente ao dossiê proposto, parte da hipótese de que, nos Séculos XX e XXI, diversas manifestações “regionalistas” se constróem analogamente ao ímpeto de formação de identidades nacionais no Século XIX romântico. Nesse sentido, <strong>esta chamada visa a acolher trabalhos que se dediquem a analisar criticamente o conceito de regionalismo em objetos artísticos, sejam eles literários, plásticos, fílmicos, arquitetônicos ou outros, com vistas a discutir a atualidade do regionalismo ao longo da segunda metade do Século XIX até esta década de 20 do Século XXI</strong>.</p> <p>As contribuições devem ser submetidas na página da REVELL: <a href="http://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/index">http://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/index</a></p> <p> </p> <p><strong>Data limite para submissão no sistema: 30/03/2024</strong></p> <p> </p> <p><strong>Organizadores:</strong></p> <p>Prof. Dr. Jocelito Zalla - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Colégio de Aplicação - Brasil</p> <p>Profa. Dra. Rosana Cristina Zanelatto Santos - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Brasil – CNPq/FUNDECT</p> <p>Prof. Dr. Wellington Furtado Ramos - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Brasil - FUNDECT</p> <p>Prof. Dr. Andre Rezende Benatti - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - FUNDECT</p>REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS2023-11-01