CRESCIMENTO INICIAL DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO SUBMETIDO AO ESTRESSE SALINO
Visualizações: 864DOI:
https://doi.org/10.32404/rean.v3i4.1183Abstract
A seleção de cultivares de algodoeiro com maior tolerância ao estresse salino pode melhorar a emergência das plantas e garantir a adequada uniformidade de estande. Este estudo teve como objetivo comparar a tolerância à salinidade de cultivares de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) durante a fase inicial de crescimento das plântulas. Os tratamentos foram constituídos por seis cultivares de algodão (FM 910, FM 980 GLT, TMG 42 WS, TMG 82 WS, DP 1240 B2RR e DP 1228 B2R) e por cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação [0,0; 2,5; 5,0, 10,0 e 20,0 dS m–1]. Os cultivares de algodão DP 1228 B2RF e DP 1240 B2RR apresentaram os melhores índices de emergência das plântulas até o nível de salinidade de 10,0 dS m–1, sugerindo que estes cultivares são moderadamente tolerantes ao estresse salino durante a fase de germinação das sementes; todavia, o crescimento inicial desses cultivares foram afetados negativamente a partir da condutividade elétrica de 2,5 e 5,0 dS m–1, respectivamente. Os cultivares de algodão FM 910, FM 980 GLT e TMG 42 WS são mais susceptíveis aos efeitos negativos do estresse salino por apresentarem os menores índices de emergência e menor taxa de crescimento das plântulas. Altas concentrações de salinidade (20,0 dS m–1) inibem completamente o processo de germinação de todos os cultivares estudados.References
(1) AMARANTE, L.; SODEK, L. Waterlogging effect on xylem sap glutamine of nodulated soybean. Biologia Plantarum, Netherlands, v. 50, n. 3, p. 405-410, 2006.
(2) ARAGAO, R. M.; SILVEIRA, J. A. G.; SILVA, E. N.; LOBO, A. K. M. L.; DUTRA, A. T. B. Absorção, fluxo no xilema e assimilação do nitrato em feijão-caupi submetido à salinidade. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza-CE, v. 41, n. 01, p. 100-106, 2010.
(3) AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. (trad.). A qualidade da água na agricultura. Campina Grande-PB: UFPB, 1999, 218 p.
(4) BATISTA, C. U. N.; MEDRI, M. E.; BIANCHINI, E.; MEDRI, C.; PIMENTA, J. A. Tolerância à inundação de Cecropia pachystachya Trec. (Cecropiaceae): aspectos ecofisiológicos e morfoanatômicos. Acta Botânica Brasileira, Feira de Santana-BA, v. 22, n. 1, p. 91-98, 2008.
(5) BRUNES, A. P.; FONSECA, D. A. R.; RUFINO, C. A.; TAVARES, L. C.; TUNES, L. M.; VILLELA, F. A. Crescimento de plântulas de aveia branca submetidas ao estresse salino. Semina: Ciências Agrárias, Londrina-PR, v. 34, n. 6, p. 3455-3462, 2013.
(6) CRAMER, G. R.; ALBERICO, G. J.; SCHMIDT, C. Salt tolerance is not associated with the sodium accumulation of two maize hybrids. Australian Journal of Plant Physiology, Melbourne, v. 21, n. 5, p. 675-692, 1994.
(7) DANIEL, V. C.; SEVILHA, R. R.; SILVA, F. F.; ZONETTI, P. C. Germinação e crescimento de plântulas de algodão colorido sob condições de estresse salino. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, Maringá-PR, v. 4, n. 2, p. 321-333, 2011.
(8) DEBOUBA, M.; GOUIA, H.; VALADIER, M. H, GHORBEL, M. H.; SUZUKI, A. Salinity-induced tissue-specific diurnal changes in nitrogen assimilatory enzymes in tomato seedlings grown under high or low nitrate medium. Plant Physiology and Biochemistry, Maryland, v. 44, n. 5-6, p. 409-419, 2006.
(9) DIAS, N. S.; DUARTE, S. N.; YOSHINAGA, R. T.; TELES FILHO, J. F. Produção de alface sob diferentes níveis de salinidade do solo. Irriga, Botucatu-SP, v. 10, n. 1, p. 20-29, 2005.
(10) DIAS, N. D.; BLANCO, F. F. Efeitos dos sais no solo e na planta. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. Manejo da salinidade na agricultura: Estudos básicos e aplicados. Fortaleza-CE: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Salinidade, 2010. p. 129-140.
(11) FEIJÃO, A. R.; SILVA, J. C. B.; MARQUES, E. C.; PRISCO, J. T.; GOMES-FILHO, E. Efeito da nutrição de nitrato na tolerância de plantas de sorgo sudão à salinidade. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza-CE, v. 42, n. 3, p. 675-683, 2011.
(12) FERREIRA, D. F. Sistema SISVAR para análises estatísticas. Lavras-MG: Universidade Federal de Lavras. 2010.
(13) FRIES, D. D.; ALVES, J. D.; DELÚ FILHO, N.; MAGALHÃES, P. C.; GOULART, P. F. P. Crescimento de plântulas do milho "saracura"e atividade de a-amilase e invertases associados ao aumento da tolerância ao alagamento exercido pelo cálcio exógeno. Bragantia, Campinas-SP, v. 66, n. 1, p. 1-9, 2007.
(14) FURTADO, R. F.; MANO, A. R. O.; ALVES, C. R.; FREITAS, S. M.; FILHO, S. M. Efeito da salinidade na germinação de sementes de algodão. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza-CE, v. 38, n. 2, p. 224-227, 2007.
(15) GUILHERME, L. R. G. G.; LIMA, J. M.; LOPES, A. S.; ALVAREZ V. V. H. (ed.). Tópicos em ciência do solo. v. 3. Viçosa-MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2003. p. 165-208.
(16) LABOURIAU, L. G. A germinação das sementes. Washington: Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, 1983. 174p.
(17) LIAO, C. T.; LIN, C. H. Physiological adaptation of crop plants to flooding stress. Proceedings National Science Council, Taipei, v. 25, n. 3, p. 148-157, 2001.
(18) LOPES, J. C.; MACEDO, C. M. P. Germinação de sementes de couve chinesa sob influência do teor de água, substrato e estresse salino. Revista Brasileira de Sementes, Londrina-PR, v. 30, n. 3, p. 079-085, 2008.
(19) MAAS, E. V.; HOFFMAN, G. J. Crop salt tolerance – Current assessment. Jounal of Irrigation and Drainage Division, New York, v. 103, n. 2, p. 115-134, 1977.
(20) MAGUIRE, J. D. Speed of germination aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 1, p. 176-177, 1962.
(21) MEDEIROS, P. R. F.; DUARTE, S. N.; DIAS, C. T. S. Tolerância da cultura do pepino a salinidade em ambiente protegido. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande-PB, v. 13, n. 4, p. 406-410, 2009.
(22) MUNNS, R. Comparative physiology of salt and water stress. Plant, Cell and Environment, Oxford, v. 25, n. 2, p. 239-250, 2002.
(23) MUNNS, R.; TESTER, M. Mechanisms of salinity tolerance. Annual Review of Plant Biology, Oxford, v. 59, n. 1, p. 651-681, 2008.
(24) NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA-NETO, J. B. Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina-PR: ABRATES, 1999. cap. 2, p. 9-13.
(25) OLIVEIRA, L. L. P.; DIAS, N. S.; FARIAS, W. C.; MEDEIROS, L. C.; FERREIRA, L. L. Tolerância de cultivares de algodão (Gossypium hirsutum) à salinidade da água de irrigação. Revista Verde, Mossoró-RN, v. 8, n. 4, p. 232-237, 2013.
(26) PARIDA, A. K.; DAS, A. B. Effects of NaCl stress on nitrogen and phosphorous metabolism in a true mangrove Bruguiera parviflora grown under hydroponic culture. Journal of Plant Physiology, Irvine, v. 161, n. 8, p. 921-928, 2004.
(27) PARIDA, A. K.; DAS, A. B. Salt tolerance and salinity effects on plants: a review. Ecotoxicology and Environment Safety, New York, v. 60, p. 324-349, 2005.
(28) PIMENTEL-GOMES, F. Curso de Estatística Experimental. 14ª ed. Piracicaba-SP: Degaspari, 2000. 477 p.
(29) RIBEIRO, M. R.; FREIRE, F. J.; MONTENEGRO, A. A. A. 2003. Solos halomórficos no Brasil: Ocorrência, gênese, classificação, uso e manejo sustentável. In: CURI, N.; MARQUES, J. J.; GUILHERME, L. R. G.; LIMA, J. M.; LOPES, A. S; ALVAREZ, V. H. (eds.). Tópicos em Ciência do Solo. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, v.3, p.165-208.
(30) SILVA, E. F. F.; CAMPECHE, L. F. S. M.; DUARTE, S. N.; FOLEGATTI, M. V. Evapotranspiração, coeficiente de cultivo e de salinidade para o pimentão cultivado em estufa. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 17, n. 2, p. 58-69, 2005.
(31) WILLADINO, L.; CAMARA, T. R. Origen y naturaleza de los ambientes salinos. In: REIGOSA, M. J.; PEDROL, N.; SÁNCHEZ, A. (ed.). La ecofisiología vegetal – Uma ciência de síntesis. Madrid: Thompson, 2004. p.303-330.
(32) ZHU, J. K. Plant salt tolerance. Trends Plant Science, Oxford, v. 6, n. 02, p. 66-71, 2001
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The authors retain the rights to the manuscripts and, therefore, are free to share, copy, distribute, perform and publicly communicate the work under the following conditions:
Acknowledge work credits in the manner specified by the author or licensor (but not in a way that suggests that you have their support or that they support their use of their work).
REVISTA DE AGRICULTURA NEOTROPICAL (ISSN 2358-6303) is under license https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
The State University of Mato Grosso do Sul, Sustainable Development Center of Bolsão Sul-Mato-grossense (CEDESU), of the University Unit of Cassilândia (UUC), preserves the patrimonial rights (copyright) of the published works and favors and allows their reuse under the license as mentioned above.
------------
The journal reserves the right to make normative, orthographic, and grammatical alterations in the originals, to maintain the cult standard of the language, respecting, however, the style of the authors.
Final proofs will be sent to the authors.
Published works become the property of the journal. The opinions expressed by the authors of the manuscripts are their sole responsibility.