HIDRATAÇÃO CONTROLADA DE SEMENTES DE SOJA: POTENCIAL FISIOLÓGICO E EMERGÊNCIA EM SOLO COM RHIZOCTONIA SOLANI
Visualizações: 781DOI:
https://doi.org/10.32404/rean.v4i2.1363Resumo
A hidratação controlada é uma técnica que favorece a germinação rápida e uniforme diminuindo o tempo de contato entre fungos responsáveis pelo tombamento de plântulas e os tecidos suscetíveis. Assim, objetivou-se avaliar diferentes métodos de hidratação controlada de sementes de soja, seus efeitos sobre o potencial fisiológico das sementes e sobre emergência em solo infestado por Rhizoctonia solani. Três lotes de sementes de soja do cultivar BRS 232 foram avaliados e classificados quanto à germinação e ao vigor e, em seguida, submetidas à procedimentos de hidratação controlada (controle, entre papéis com água destilada, entre papéis com água destilada com PEG 6000 e por imersão direta em solução aquosa de PEG 6000). A eficiência dos tratamentos foi avaliada pela germinação, primeira contagem, comprimento de plântulas, índice de vigor, além da emergência em solo infestado por R. solani. Conclui-se que sementes de soja submetidas à hidratação controlada entre papéis com água destilada emitem a raiz primária mais rapidamente com plântulas apresentando maior comprimento e índice de vigor. A presença de R. solani no solo reduz a emergência de plântulas de soja, não sendo a hidratação controlada uma alternativa para o controle.
Referências
(1) ALMEIDA, A. M. R.; FERREIRA, L. P.; YORINORI, J. T.; SILVA, J. F. V; HENNING, A. A.; GODOY, C. V; COSTAMILAN, L. M.; MEYER, M. C. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; BERGAMIN-FILHO, A.; CAMARGO, L. E. A. (Ed.). Manual de fitopatologia – Doenças da Plantas Cultivadas. 4. ed. São Paulo-SP: Editora Agronômica Ceres, 2005. p. 570–588.
(2) ALVARENGA, R. O.; MARCOS-FILHO, J.; GOMES-JUNIOR, F. G. Avaliação do vigor de sementes de milho superdoce por meio da análise computadorizada de imagens de plântulas. Revista Brasileira de Sementes, Londrina-PR, v. 34, n. 3, p. 488–494, 2012.
(3) BAALBAKI, R.; ELIAS, S.; MARCOS-FILHO, J.; MCDONALD, M. B. Seed vigor testing handbook. Contributi ed. Ithaca, NY, USA: AOSA, 2009.
(4) BASSETO, M. A.; CERESINI, P. C.; VALÉRIO FILHO, W. V. Severidade da mela da soja causada por Rhizoctonia solani AG-1 IA em função de doses de potássio. Summa Phytopathologica, Botucatu-SP, v. 33, n. 1, p. 56–62, 2007.
(5) BASSETO, M. A.; VALÉRIO FILHO, W. V.; SOUZA, E. C.; CERESINI, P. C. O papel de Rhizoctonia spp. binucleadas na indução de resistência a mela da soja. Acta Scientiarum. Agronomy, Marinagá-PR, v. 30, n. 2, p. 183–189, 2008.
(6) BRADFORD, K. J. Manipulation of seed water relations via osmotic priming to improve germination under stress conditions. HortScience, Alexandria, v. 21, n. 5, p. 1105–1112, 1986.
(7) MAPA/BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Regras para análise de sementes. Brasília-DF: Secretaria de Defesa Agropecuária, 2009.
(8) CASTRO, R. D.; HILHORST, H. W. M. Embebição e reativação do metabolismo. In: FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. (Ed.). Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre-RS: Artmed, 2004. p. 149–162.
(9) CHITARRA, L. G.; GOULART, A. C. P.; ZORATO, M. F. Tratamento de sementes de algodoeiro com fungicidas no controle de patógenos causadores de tombamento de plântulas. Revista Brasileira de Sementes, Londrina-PR, v. 31, n. 1, p. 168–176, 2009.
(10) COSTA, D. S.; BONASSA, N.; NOVEMBRE, A. D. L. C. Incidence of storage fungi and hydropriming on soybean seeds. Journal of Seed Science, Londrina-PR, v. 35, n. 1, p. 35–41, 2013.
(11) EL-MOHAMEDY, R. S. R.; EL-BAKY, M. M. H. A. Evaluation of different types of seed treatment on control of root rot disease, improvement growth and yield quality of pea plant in Nobaria Province. Research Journal of Agriculture and Biological Sciences, Konstitutcii, v. 4, n. 6, p. 611–622, 2008.
(12) GIURIZATTO, M. I. K.; ROBAINA, A. D.; GONÇALVES, M. C.; MARCHETTI, M. E. Qualidade fisiológica de sementes de soja submetidas ao hidrocondicionamento. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá-PR, v. 30, n. 5, p. 711–717, 2008.
(13) GOMES-JUNIOR, F. G.; CHAMMA, H. M. C. P.; CICERO, S. M. Automated image analysis of seedlings for vigor evaluation of common bean seeds. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá-PR, v. 36, n. 2, p. 195, 2014.
(14) GOMES-JUNIOR, F. G.; MONDO, V. H. V; CICERO, S. M.; MCDONALD, M. B.; BENNETT, M. A. Evaluation of priming effects on sweet corn seeds by SVIS. Seed Technology, Lincoln, v. 31, n. 1, p. 95–100, 2009.
(15) GOULART, A. C. P. Efeito do tratamento de sementes de algodoeiro com fungicidas no controledo tombamento em relação à densidade de inóculo de Rhizoctonia solani. Summa Phytopathologica, Botucatu-SP, v. 32, n. 4, p. 360–366, 2006.
(16) MARCOS-FILHO, J.; KIKUTI, A. L. P.; LIMA, L. B. Métodos para avaliação do vigor de sementes de soja, incluindo a análise computadorizada de imagens. Revista Brasileira de Sementes, Londrina-PR, v. 31, n. 1, p. 102–112, 2009.
(17) OSBURN, R. M.; SCHROTH, M. N. Effect of osmopriming sugar beet seed on exudation and subsequent damping-off caused by Pythium ultimum. Phytopathology, Saint Paul, v. 78, n. 9, p. 1246–1250, 1988.
(18) POLONI, N. M.; MOLINA, L. M. R.; MESA, E. C.; GARCIA, I. L.; CERESINI, P. C. Evidência de que o fungo Rhizoctonia solani AG-1 IA adaptado à Urochloa na Colômbia mantém ampla gama de hospedeiros incluindo o milho. Summa Phytopathologica, Botucatu-SP, v. 42, n. 3, p. 228–232, 2016.
(19) REIS, E. M.; CASA, R. T.; BIANCHIN, V. Control of plant disease by crop rotation. Summa Phytopathologica, Botucatu-SP, v. 37, n. 3, p. 85–91, 2011.
(20) RUSH, C. M. Comparison of seed priming techniques with regard to seedling emergence and Pythium damping-off in sugar beet. Phytopathology, Saint Paul, v. 81, n. 8, p. 878–882, 1991.
(21) SADEGHI, H.; KHAZAEI, F.; YARI, L.; SHEIDAEI, S. Effect of seed osmopriming on seed germination behavior and vigor of soybean (Glycine max L.). Journal of Agricultural and Biological Science, Islamabad, v. 6, n. 1, p. 39–43, 2011.
(22) SILVA, T. A.; SILVA, P. B.; SILVA, E. A. A.; NAKAGAWA, J.; CAVARIANI, C. Condicionamento fisiológico de sementes de soja, componentes de produção e produtividade. Ciência Rural, Santa Maria-RS, v. 46, n. 2, p. 227–232, 2016.
(23) SILVA, K. R. G.; VILLELA, F. A. Pré-hidratação e avaliação do potencial fisiológico de sementes de soja. Revista Brasileira de Sementes, Londrina-PR, v. 33, n. 2, p. 331–345, 2011.
(24) SOUZA, E. C.; KURAMAE, E. E.; NAKATANI, A. K.; BASSETO, M. A.; PRABHU, A. S.; CERESINI, P. C. Caracterização citomorfológica, cultural, molecular e patogênica de Rhizoctonia solani Kühn associado ao arroz em Tocantins, Brasil. Summa Phytopathologica, Botucatu-SP, v. 33, n. 2, p. 129–136, 2007.
(25) VANZOLINI, S.; ARAKI, C. A. S.; SILVA, A. C. T. M. ; NAKAGAWA, J. Teste de comprimento de plântula na avaliação da qualidade fisiológica de sementes de soja. Revista Brasileira de Sementes, Londrina-PR, v. 29, n. 2, p. 90–96, 2007.
(26) VILLELA, F. A.; FILHO, L. D.; SEQUEIRA, E. L. Tabela de potencial osmótico em função da concentração de polietileno glicol 6.000 e da temperatura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília-DF, v. 26, n. 11/12, p. 1957–1968, 1991.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos dos artigos e, portanto, são livres para compartilhar, copiar, distribuir, executar e comunicar publicamente o trabalho sob as seguintes condições:
Reconheça os créditos do trabalho da maneira especificada pelo autor ou licenciante (mas não de uma maneira que sugira que você tenha o apoio deles ou que eles apoiem o uso do trabalho deles).
JOURNAL OF NEOTROPICAL AGRICULTURE - Revista de Agricultura Neotropical (ISSN 2358-6303) está sob licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Bolsão Sul-Mato-grossense (CEDESU), da Unidade Universitária de Cassilândia (UUC) conserva os direitos patrimoniais (direitos autorais) das obras publicadas e favorece e permite a sua reutilização sob a licença supracitada.
------------
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
A provas finais serão enviadas aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.