INTERFERÊNCIA DO ARRANJO DE PLANTAS DANINHAS NO CRESCIMENTO DO FEIJOEIRO
Visualizações: 1233DOI:
https://doi.org/10.32404/rean.v4i3.1568Resumo
A produtividade média da cultura do feijoeiro pode ser considerada baixa e entre os fatores que mais impactam nessa perda está a competição com plantas daninhas. Com isso, objetivou-se com esse trabalho quantificar a interferência de duas das principais plantas daninhas que ocorrem na cultura do feijoeiro e o efeito da associação (comunidades) dessas plantas no crescimento da cultura. Foram estudados dois fatores constituído pela combinação de 5 densidades de infestação de plantas daninhas (fator A) e duas espécies de plantas daninhas, Urochloa plantaginea (capim-marmelada) e Bidens pilosa (picão-preto) e a associação das duas (Capim-marmelada + Picão-preto) (fator B). Nas condições em que o experimento foi conduzido, é possível afirmar que o picão-preto exerce maior competição sofre o feijoeiro do que a capim-marmelada. Diante do exposto, pode-se inferir que o aumento da densidade de plantas daninhas, individualmente ou em comunidade, em competição com plantas de feijão, influencia negativamente o acúmulo de massa seca nos diferentes órgãos do feijoeiro, interferindo negativamente nas diferentes variáveis analisadas. É possível afirmar que o picão-preto (B. pilosa) exerce maior competição sofre o feijoeiro do que o capim-marmelada (U. plantaginea). A associação das plantas daninhas é mais prejudicial à cultura do que isoladas.Referências
(1) BARCELLOS JUNIOR, L. H.; PEREIRA, G. A. M.; CAPOBIANGO, N. P.; SILVA, D. V.; BRAGA, R. R.; FERREIRA, E. A. Fitossociologia de plantas daninhas em cultivos de feijão sobre diferentes manejos de herbicidas. Revista Brasileira de Herbicidas, Londrina-PR, v. 15, n. 3, p. 221-231, 2016.
(2) COBUCCI, T. Manejo e controle de plantas daninhas em feijão. In: VARGAS, L.; ROMAN, E. S. Manual de manejo e controle de plantas daninhas. 2. ed. Bento Gonçalves-RS: Embrapa Uva e Vinho, 2008. p. 453-480.
(3) CONAB. Companhia Nacional do Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira: 9º Levantamento de Safra de 2016/2017. Disponível em: http://www.conab.gov.br/. Acesso em: 21 mar. 2016.
(4) CURY, J. P.; SANTOS, J. B.; VALADÃO SILVA, D.; CARVALHO, F. P.; BRAGA, R. R.; BYRRO, E. C. M.; FERREIRA, E. A. Produção e partição de matéria seca de cultivares de feijão em competição com plantas daninhas. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 29, n. 1, p. 149-158, 2011.
(5) FONTES, J. R. A.; SHIRATSUCHI, L. S.; NEVES, J. L.; JÚLIO, L.; SONDRÉ FILHO, J. Manejo integrado de plantas daninhas. Planaltina-DF: Embrapa-CPAC, 2003. 48 p. (Boletim Técnico, 103).
(6) JAKELAITIS, A.; SILVA, A. F.; PEREIRA, J. L., SILVA, A. A.; FERREIRA, L. R.; VIVIAN, R. Efeitos de densidade e época de emergência de Brachiaria brizantha em competição com plantas de milho. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá-PR, v. 28, n. 3, p. 373-378, 2006.
(7) MANABE, P. M. S. MATOS, C. C.; FERREIRA, E. A.; SILVA, A. F.; SILVA, A. A.; SEDIYAMA, T.; MANABE, A.; ROCHA, P. R. R.; SILVA, C. T. Efeito da competição de plantas daninhas na cultura do feijoeiro. Bioscience Journal, Uberlândia-MG, v. 31, n. 2, p. 333-343, 2015.
(8) PROCÓPIO, S. O.; SANTOS, J. B.; PIRES, F. R.; SILVA, A. A.; MENDONÇA, E. S. Absorção e utilização do fósforo pelas culturas da soja e do feijão e por plantas daninhas. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa-MG, v. 29, n. 6, p. 911-921, 2005.
(9) PROCÓPIO, S. O.; SANTOS, J. B.; SILVA, A. A.; DONAGEMMA, G. K.; MENDONÇA, E. S. Ponto de murcha permanente de soja, feijão e plantas daninhas. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 22, n. 1, p. 35-41, 2004.
(10) RONCHI, C. P.; SILVA, A. A. Efeito na competição de plantas daninhas sobre o crescimento de plantas jovens de café. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 24, n. 3, p. 415-423, 2006.
(11) SALGADO, T. P.; SALLES, M. S.; MARTINS, J. V. F.; ALVES, P. L. C. A. Interferência das plantas daninhas no feijoeiro carioca. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 25, n. 3, p. 443-448, 2007.
(12) SANTOS, J. B.; CURY, J. P. Picão-preto: uma planta daninha especial em solos tropicais. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 29, n. especial, p. 1159-1171, 2011.
(13) SANTOS, J. B.; GAVILANES, M. L. Botânica. In: VIEIRA, C.; PAULA JÚNIOR, T.; BORÉM, A. (Eds). Feijão. 2. ed. Viçosa-MG: Universidade Federal de Viçosa, 2006. p. 41-65.
(14) SANTOS, J. B.; PROCÓPIO, S. O.; SILVA, A. A.; COSTA, L. C. Captação e aproveitamento da radiação solar pelas culturas da soja e do feijão e por plantas daninhas. Bragantia, Campinas-SP, v. 62, n. 1, p. 147-153, 2003.
(15) SILVA, A. A.; SILVA, J. F. Tópicos em manejo de plantas daninhas. 2. ed. Viçosa-MG: UFV, 2013. 62 p.
(16) TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre-RS: Artimed, 2014. 719 p.
(17) TEIXEIRA, I. R.; SILVA, R. P.; SILVA, A. G.; FREITAS, R. S. Competição entre feijoeiros e plantas daninhas em função do tipo de crescimento dos cultivares. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 27, n. 2, p. 235-240, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos dos artigos e, portanto, são livres para compartilhar, copiar, distribuir, executar e comunicar publicamente o trabalho sob as seguintes condições:
Reconheça os créditos do trabalho da maneira especificada pelo autor ou licenciante (mas não de uma maneira que sugira que você tenha o apoio deles ou que eles apoiem o uso do trabalho deles).
JOURNAL OF NEOTROPICAL AGRICULTURE - Revista de Agricultura Neotropical (ISSN 2358-6303) está sob licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Bolsão Sul-Mato-grossense (CEDESU), da Unidade Universitária de Cassilândia (UUC) conserva os direitos patrimoniais (direitos autorais) das obras publicadas e favorece e permite a sua reutilização sob a licença supracitada.
------------
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
A provas finais serão enviadas aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.