INOCULAÇÃO COM Rhizobium tropici E ADUBAÇÃO FOLIAR COM MOLIBDÊNIO NA CULTURA DO FEIJÃO COMUM
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https://doi.org/10.32404/rean.v4i5.2193Resumo
O feijão comum, em simbiose com a rizobactéria Rhizobium tropici, é capaz de ter a sua exigência de nitrogênio (N) satisfeita com a fixação biológica de nitrogênio (FBN) que por sua vez é afetada pela deficiência de molibdênio (Mo) visto que este nutriente faz parte da enzima nitrogenase, responsável pelo processo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do feijão comum e seus componentes: teor de clorofila, teor de nitrogênio, produtividade de grãos, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, peso de mil sementes, matéria fresca da parte aérea (MFPA), matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria fresca das raízes (MFR), matéria seca das raízes (MSR), e produção de biomassa da cultura ao uso da inoculação das sementes combinadas com a aplicação de diferentes doses de molibdênio (Mo) via foliar. O experimento foi conduzido na 2ª safra, período de janeiro a abril de 2015, num Latossolo Vermelho distrófico, com textura média, em uma área experimental irrigada por pivô central no município de Urutaí-GO. O experimento foi conduzido em blocos casualizados, arranjados em esquema fatorial 2x4, com três repetições. O primeiro fator corresponde à inoculação ou não da rizobactéria da espécie Rhizobium tropici, e o segundo fator, às doses de Molibdênio aplicado via foliar (0, 50, 100 e 150 g ha-1). A inoculação das sementes, associada à dose de 150 g ha-1 promoveram aumentos significativos nos componentes de desenvolvimento e produtividade do feijão comum.Referências
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