CONSERVAÇÃO DOS RESÍDUOS DA PODA DE OLIVEIRAS NA FORMA DE SILAGEM
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https://doi.org/10.32404/rean.v2i4.271Resumo
Por meio de um delineamento inteiramente casualizado procedeu-se a caracterização nutricional de resíduos da poda de oliveiras mantidos in natura ou conservados na forma de silagens durante 110 e 150 dias. Estudou-se o perfil fermentativo por meio da determinação do conteúdo de matéria seca (MS), pH e nitrogênio amoniacal (N-NH3). A MS elevou-se de 487 para 535 g kg-1 com a ensilagem, enquanto o pH não foi afetado pela ensilagem (4,77) e o N-NH3 elevou-se de 5,24 para 6,09% do nitrogênio total. No perfil microbiológico estudaram-se as populações de fungos filamentosos, Lactobacillus, enterobactérias e Clostridium, que apresentaram aumento com a ensilagem. No perfil bromatológico determinou-se os conteúdos de cinzas, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina, celulose e hemicelulose. Destes, apenas os conteúdos de cinzas, MO, FDA e celulose foram afetados pelos tratamentos, sem efeitos para PB (81 g kg-1) e FDN (679 g kg-1). Resíduos da poda de oliveiras podem ser conservados na forma de silagem por 110 ou 150 dias e possuem perfil bromatológico que sugere a possibilidade de sua utilização em dietas de ruminantes, porém, os limites de inclusão somente poderão ser determinados por meio de novos estudos.
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