Desempenho fisiológico e composição química de sementes de soja cultivadas em distintos arranjos espaciais
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https://doi.org/10.32404/rean.v10i1.6850Palavras-chave:
Trocas gasosas, Germinação, Lipídeos, Cromatografia gasosaResumo
Poucos estudos apresentam interações entre a fisiologia das plantas e sua posterior composição química, quando cultivadas em diferentes arranjos. Esta pesquisa buscou compreender a relação entre o espaço de cultivo da soja e sua influência sobre a qualidade da semente. Foram estudadas duas cultivares de soja (Tec 7849 Ipro e Monsoy 6972 Ipro) em quatro arranjos espaciais distintos (50,0 x 7,1; 40,0 x 8,9; 30,0 x 11,9 e 18,9 x 18,9 ou 16,2 x 16,2 cm, respectivamente). Durante os estádios fenológicos V4 e R2, foram analisadas trocas gasosas e na colheita, foram constituídos 2 grupos, um de sementes frescas e outro de sementes envelhecidas, para ambos os grupos se analisaram: teste de germinação, vigor, índice de velocidade de germinação, massa fresca das plantas, além de determinar os constituintes químicos das sementes. Para o ensaio conduzido nas análises fisiológicas das plantas, adotou-se o esquema fatorial 2x2x4 (dois períodos de avaliação x duas cultivares x quatro arranjos espaciais), e para o ensaio de qualidade das sementes e composição química, adotou-se o esquema fatorial 2x4 (duas cultivares x quatro arranjos espaciais). O estágio vegetativo foi crucial para a melhor eficiência de trocas gasosas, e o arranjo espacial influenciou positivamente a qualidade química e fisiologia das sementes colhidas, onde, o arranjo espacial com melhor ajuste foi 40,0 x 8,9cm, para Tec 7849 Ipro, e 50,0 x 5,3 cm para Monsoy 6972 Ipro. Ajustes nos arranjos espaciais podem representa respostas benéficas na produção de sementes de melhor qualidade.
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