Eficácia de herbicidas aplicados em trapoeraba (Commelina benghalensis) na região oeste do Estado do Paraná
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https://doi.org/10.32404/rean.v10i4.7243Palavras-chave:
Glyphosate, Mecanismo de ação, Associação, Controle de plantas daninhasResumo
A trapoeraba (Commelina spp.) é considerada um gênero tolerante ao glyphosate, apresentando controle reduzido a esse herbicida em estádios avançados. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia de controle das associações de glyphosate com herbicidas de diferentes mecanismos de ação em Commelina benghalensis. O experimento foi conduzido, após a colheita do milho safrinha em 2018, em Palotina-PR. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com 12 tratamentos (Testemunha, glyphosate + 2,4-D, glyphosate + 2,4-D (aminol 806), glyphosate + dicamba, saflufenacil + glyphosate, glyphosate + dicamba + saflufenacil, diclosulam + glyphosate + saflufenacil, glyphosate + dicamba + chlorimuron, glyphosate + dicamba + glufosinato, glyphosate + dicamba + diclosula, glyphosate + dicamba + (sulfentrazona + diuron) e glyphosate + dicamba + (imazetapir + flumioxazina) e 4 repetições. O controle de C. benghalensis foi avaliado por notas visuais aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA) e por meio da massa seca aos 28 DAA. Independente do tratamento, aos 7 DAA não houve controle eficaz. As notas foram crescentes ao longo do tempo, sendo que aos 28 DAA, os tratamentos glyphosate + 2,4-D para ambas as doses (1025+975 e 1080+1005); diclosulam + glyphosate + saflufenacil; glyphosate + dicamba + diclosulam e glyphosate + dicamba + (imazetapir + flumioxazina) foram os mais eficazes no controle e redução de massa seca, indicando ser potenciais associações no controle da trapoeraba.
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