Relato de experiência: promovendo saúde em crianças indígenas através de atividades lúdicas

Visualizações: 514

Autores

  • Adriana Luiz de Lima Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Eliadja Raiany Freire de Moura Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Eloi Teixeira Roza Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Izabela dos Santos Barbosa Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Natália Barbosa Mendes Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Raissa Nogueira Silva Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Thamires Durans Corrêa Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Erika Kaneta Ferri Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Resumo

Brincar é essencial ao desenvolvimento infantil saudável, mas em caso de doença e internação, a criança é privada disso. As brinquedotecas em instituições de saúde constituem um espaço lúdico que busca estimular o brincar e a vazão de sentimentos, mesmo em meio ao processo de adoecimento. Alunos de medicina da UEMS atuaram em um projeto de extensão realizado na Casa de Apoio à Saúde Indígena (CASAI) de Campo Grande – MS objetivando desenvolver atividades lúdicas com as crianças indígenas da instituição, de modo a trabalhar os sentimentos dessas, bem como favorecer a elas um espaço de lazer e diversão, produzindo benefícios à saúde dessa comunidade. O projeto (2016-2018) foi composto de duas fases: reconhecimento da CASAI - infraestrutura, população usuária, equipe profissional e fluxo de atendimento - e prática recreativa e realização de entrevistas com indígenas idosos para o levantamento das brincadeiras existentes na infância desses. Indígenas com idade superior a 60 anos das etnias Terena e Kadiwéu relataram as brincadeiras antigas pertencentes a seus universos recreativos e as principais diferenças observadas ao compará-las às atuais. As atividades de lazer realizadas com crianças das etnias Terena, Kadiwéu, Guarani e Kaiowá, abrangeram desenhos e pinturas, dinâmicas com balões, montagem de objetos com palitos, dobraduras de papel, jogos de tabuleiros e quebra-cabeças, estimulando interação, criatividade, imaginação e raciocínio lógico. A experiência permitiu aos alunos oportunidades de intercâmbio e valorização da cultura indígena, sendo proposta a construção deste relato de experiência a fim de divulgar à comunidade acadêmica e sociedade civil as atividades desenvolvidas.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Luiz de Lima, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Eliadja Raiany Freire de Moura, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Eloi Teixeira Roza, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Izabela dos Santos Barbosa, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Natália Barbosa Mendes, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Raissa Nogueira Silva, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Thamires Durans Corrêa, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduanda em Medicina pela UEMS.

Erika Kaneta Ferri, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (2015). Atualmente é docente do Curso de Medicina da UEMS. 

Referências

CONCRATO, G.; PINA, J.C.; MELLO, D.F. Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura. Acta Paul. Enferm., v. 23, n. 2, p. 257-263, set. 2010.

GARNELO, L.; PONTES, A.L. Saúde indígena: uma introdução ao tema. Brasília: MEC-SECADI, 2012.

GRANDO, B.S. (Org.). Jogos e culturas indígenas: possibilidades para a educação intercultural na escola. Cuiabá: EdUFMT, 2010.

GRUBITS, S. Desenhos e brincadeiras de crianças indígenas. Cadernos de Estudos Culturais, v. 1, n. 10, p. 169-183, 2013.

GRUBITS, S.; TARDIVO, L.S.P.C.; BONFIN, T.; VIZZOTTO, M.; FREIRE, H.B.G.; NORIEGA, J.A.V.; ARIAS, G. “Semelhanças e diferenças nos desenhos de crianças indígenas brasileiras”. In: Avaliação Psicológica, v. 11, n. 3, p. 461-474, 2012.

MAZZILLI, Natália; ZANIOLO MASCIOLI, Suselaine Aparecida. O ensino da cultura indígena na educação básica por meio da dança. Revista Eletrônica da Educação, [S.l.], v.2, n.2, p.15-27, ago. 2019. Disponível em: <http://revista.fundacaojau.edu.br:8078/journal/index.php/revista_educacao/article/view/85>.

MELO, L.D.L.; VALE, E.R.M.D. A brinquedoteca como possibilidade para desvelar o cotidiano da criança com câncer no tratamento ambulatorial. Revista Esc. de Enfermagem USP, Ribeirão Preto, v. 44, n. 2, p. 517-525, jun. 2009.

OLIVEIRA, G.F.D.; DANTAS, F.D.C.; FONSECA, P.N.D. O impacto da hospitalização em crianças com 1 a 5 anos de idade. Revista da SBPH, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 37-54, dez. 2004.

PEDROSA, A.M.; MONTEIRO, H.; LINS, K.; PEDROSA, F.; MELO, C. Diversão em movimento: um projeto lúdico para crianças hospitalizadas no Serviço de Oncologia Pediátrica do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP). Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 7, n. 1, p. 99-106, jan.-mar. 2007.

ROSA, F.V.D.; KRAVCHYCHYN, H.; VIEIRA, M.L. Brinquedoteca: a valorização do lúdico no cotidiano infantil da pré-escola. Barboroi, Santa Cruz do Sul, v. 33, p. 8-27, 2010.

Downloads

Publicado

2020-12-02

Como Citar

de Lima, A. L., Freire de Moura, E. R., Teixeira Roza, E., Mongenot Santana Milhomem Santos, G., dos Santos Barbosa, I., Barbosa Mendes, N., … Kaneta Ferri, E. (2020). Relato de experiência: promovendo saúde em crianças indígenas através de atividades lúdicas. BARBAQUÁ, 2(4), 78–86. Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/barbaqua/article/view/1930

Edição

Seção

Relato de experiência