Plantas medicinais e ações de extensão: compartilhando saberes
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São chamadas plantas medicinais aquelas utilizadas para fins terapêuticos, sendo seu emprego uma prática comum na medicina popular. Considerando que o conhecimento tradicional a respeito das plantas medicinais deve ser valorizado e que há um potencial de uso de plantas ainda não investigadas pela ciência, torna-se relevante o desenvolvimento de atividades que busquem difundir o tema, garantindo o emprego adequado das plantas com finalidade preventiva ou curativa. Assim, foram executados três projetos de extensão por acadêmicos dos cursos de ciências biológicas e tecnologia em gestão ambiental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul/Unidade Universitária de Mundo Novo (UEMS/MN), entre os anos de 2017 e 2019. O público-alvo dos projetos foi constituído por agentes de saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF), alunos do sétimo ano do ensino fundamental e reeducandos que cumprem medidas socioeducativas na UEMS/MN. Foram realizadas oficinas didáticas que propiciaram, além da abordagem teórica do conteúdo, a prática por meio de contato com as plantas, tanto no laboratório quanto no horto da referida instituição. Constatou-se que, de forma geral, os participantes conhecem apenas as plantas mais consagradas na medicina popular, como, por exemplo, hortelã e erva cidreira, mas fazem pouco uso das mesmas e não se atentam à correta identificação ou ao emprego adequado. Dessa forma, ações utilizando as plantas mais frequentes na região e reconhecidas pela ANVISA poderão contribuir para o resgate de práticas tradicionais como elementos para a promoção da saúde e bem-estar.
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Referências
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