Plantas medicinais e ações de extensão: compartilhando saberes
Visualizações: 600Resumo
São chamadas plantas medicinais aquelas utilizadas para fins terapêuticos, sendo seu emprego uma prática comum na medicina popular. Considerando que o conhecimento tradicional a respeito das plantas medicinais deve ser valorizado e que há um potencial de uso de plantas ainda não investigadas pela ciência, torna-se relevante o desenvolvimento de atividades que busquem difundir o tema, garantindo o emprego adequado das plantas com finalidade preventiva ou curativa. Assim, foram executados três projetos de extensão por acadêmicos dos cursos de ciências biológicas e tecnologia em gestão ambiental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul/Unidade Universitária de Mundo Novo (UEMS/MN), entre os anos de 2017 e 2019. O público-alvo dos projetos foi constituído por agentes de saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF), alunos do sétimo ano do ensino fundamental e reeducandos que cumprem medidas socioeducativas na UEMS/MN. Foram realizadas oficinas didáticas que propiciaram, além da abordagem teórica do conteúdo, a prática por meio de contato com as plantas, tanto no laboratório quanto no horto da referida instituição. Constatou-se que, de forma geral, os participantes conhecem apenas as plantas mais consagradas na medicina popular, como, por exemplo, hortelã e erva cidreira, mas fazem pouco uso das mesmas e não se atentam à correta identificação ou ao emprego adequado. Dessa forma, ações utilizando as plantas mais frequentes na região e reconhecidas pela ANVISA poderão contribuir para o resgate de práticas tradicionais como elementos para a promoção da saúde e bem-estar.
Downloads
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) No 26, de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Brasília, DF: ANVISA, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf. Acesso em: 01 maio 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília, DE: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/12/glossario-tematico.pdf. Acesso em: 01 maio 2020.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. 436 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. 190 p.
CEOLIN, T.; CEOLIN, S.; BONOW, C. T.; VARGAS, N. S. C.; MINUTO, J. C.; LOPES, C. V. Contribuições do curso de plantas medicinais realizado por uma instituição de ensino do sul do Brasil. Revista Ciência em Extensão, v.13, n.4, p.77-90, 2017.
CHAGAS, M. S. S. Potencial terapêutico da espécie vegetal Arrabidaea chica Verlot. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Instituto de Tecnologia em Fármacos/Farmanguinhos, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.
COSTA, J. C.; MARINHO, M. G. V. Utilização de plantas medicinais como recurso didático para o ensino de ciências e biologia. ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DA UFCG, 4., 2013, Sumé. Anais [...]. Sumé, PB: UFCG, 2013.
COSTA, J. W.; FERREIRA, K. C. M. A.; MOUTINHO, N. F.; BEZERRA, T. S.; NUNES, V. M. A. A fitoterapia no contexto da atenção básica. Revista Extensão & Sociedade, v. 8, n. 2, 2017.
LEAL, K. M.; AYRES, A. C. B. M.; SANTOS, M. G. Interagindo plantas medicinais e corpo humano no ensino fundamental. Revista Práxis, v. 8, n. 16, 2016.
LOCATELI, B. T.; KOVALSKI, M. L.; CUTCHAM, T. Horta medicinal como recurso didático para o ensino de ciências. CONGRESSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UTFPR-DV, 3., 2015, Dois Vizinhos. Anais [...]. Dois Vizinhos, PR: UTFPR, 2015.
LOPES, G.; ALVES, M. J. Q.; DINIZ, R. E. S. Estudo exploratório no ensino médio com abordagem voltada para A saúde, pressão alta e plantas medicinais. Revista Ciência em Extensão, v. 13, n. 4, p. 33-42, 2017.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. M. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.
MEDEIROS, E. T. O.; CRISÓSTIMO, A. L. A importância da aprendizagem das plantas medicinais no ensino da botânica. In: MEDEIROS, E. T. O.; CRISÓSTIMO, A. L. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Paraná: Cadernos PDE, 2013.
MELO, M. M. R.; VIEIRA, J. M.; BRAGA, O. C. Da xícara ao becker: plantas medicinais como recurso didático no ensino de química. Revista de Educação, Ciências e Matemática, v. 6, n. 2, 2016.
MERA, J. C. E.; ROSAS, L. V.; LIMA, R. A.; PANTOJA, T. M. A. Conhecimento, percepção e ensino sobre plantas medicinais em duas escolas públicas no município de Benjamin Constant – AM. Experiências em Ensino de Ciências, v. 13, n. 2, 2018.
RUPPELT, B. M.; KOZERA, C.; ZONETTI, P. C.; PAULERT, R.; STEFANELLO, S. Plantas medicinais. Curitiba: UFPR, 2015.
SANTOS, M. F.; IORI, P. Plantas medicinais na introdução da educação ambiental na escola: uma revisão. Conexão Ci, v. 12, n. 2, p. 132-138, 2017.
TIBOLLA, S. S.; NICTIGALL, G. R. Horta escolar de plantas medicinais e aromáticas. Extensão Tecnológica: Revista de Extensão do Instituto Federal Catarinense, n. 3, 2015.
VIEIRA, E.; MORAES, A. R.; CARNEVALI, N. H. S.; LEITE, A. B. Instalação e manejo de horto de plantas medicinais para ações educativas e benefícios à comunidade local. WORKSHOP DE PLANTAS MEDICINAIS, 19., e EMPÓRIO DA AGRICULTURA FAMILIAR, 9., 2018, Dourados. Resumos. Dourados, MS: UEMS, 2018.
ZONETTI, P. C.; KOZERA, C.; PAULERT, R.; STEFANELLO, S.; RUPPELT, B. M. Crianças e plantas medicinais: o conhecimento por meio de atividades lúdicas. Expressa Extensão, v. 24, n. 1, p. 63-76, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Samara Fernanda de Oliveira, Eliane Vieira, Derlis Cruz do Nascimento, Alessandra Ribeiro de Moraes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Barbaquá de Extensão e Cultura da UEMS está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.