O bibliotecário e o barbeiro: masculinidades em atrito nos contos de Luiz Vilela
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Um dos efeitos dos recentes arranjos de gêneros, estimulados pelas reivindicações de mulheres e gays, é a investigação das masculinidades. Se, nos campos dos debates teóricos e críticos, essa discussão ganha força apenas nas duas últimas décadas do século XX, nas produções literárias os autores captam rapidamente tais transformações, adotando-as na construção dos perfis de homens. A prosa de ficção traz um desses exemplos: Luiz Vilela, cuja estreia ocorre ainda nos anos 1960. O artigo aqui proposto é um exercício de análise de dois contos publicados pelo autor em seus livros iniciais: Tremor de terra e No bar. Ambos os contos possuem narrativas em primeira pessoa, em que o narrador, também uma personagem, trava contato com outras personagens apresentadas como homossexuais. O objetivo do artigo é examinar como as narrativas exibem esses relacionamentos entre homens com diferentes sexualidades, com base em paralelos com contribuições teóricas sobre masculinidades.Referências
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