Lendo Angélica sob as lentes bakhtinianas: a presença do discurso de opressão de gênero em um romance da literatura infantojuvenil
Palavras-chave:
Literatura infantojuvenil, Dialogismo, Opressão de gênero, AngélicaResumo
A literatura infantojuvenil é uma área bastante consolidada no Brasil. Nesse contexto, encontra-se a literatura de Lygia Bojunga Nunes, cujo romance Angélica tem sido objeto de variados estudos analíticos. Este artigo propõe-se a contribuir para essa discussão sobre o romance, buscando compreender/analisar em que medida os discursos de opressão de gênero constituem a formação ideológica da protagonista em meio a uma sociedade ficcional patriarcal. Este estudo da protagonista está pautado na teoria dialógica do Círculo de Bakhtin (Bakhtin, Volóchinov, Medviédev), em especial em conceitos que permitam discutir a construção de personagens romanescas. Os resultados da análise apontam para o reconhecimento do posicionamento axiológico de rejeição ao discurso autoritário patriarcal de silenciamento da personagem feminina, representada pela personagem-animal Angélica.
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