Interculturalidade e argumentação sob o foco da perspectiva dialogal
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https://doi.org/10.61389/rel.v2i2.6003Resumen
Este artigo tem como objetivo realizar uma análise argumentativa no cenário intercultural de falantes nativos de inglês debatendo em português como língua não materna em situação de estase argumentativa, ou seja, o ponto máximo do contradiscurso, para que se possa perceber de que forma os estranhamentos socioculturais (FARNEDA, 2010) favorecem na construção da tensão no momento do debate. Para compor a análise descritiva, aplicou-se a perspectiva dialogal de Plantin (2009, 2011, 2016), segundo a qual a noção fundamental é a da situação argumentativa na qual dois discursos em oposição coexistem e se autorregulam, definindo assim uma questão, que está voltada para o mapeamento argumentativo e nos permite perscrutar os posicionamentos motivados por interesses e os papéis de atuação desempenhados pelos falantes no momento do debate. A metodologia também lança mão da perspectiva dialogal da argumentação, observando como se constroem posicionamentos dos papéis de atuação de dois interactantes (proponente, oponente, terceiro) em uma conversa extraída de um vídeo do canal Harry Souroukides, disponibilizado na plataforma Youtube. A partir da análise ora apresentada, constatou-se, assim, que o domínio da língua não materna é decisivo para o bom desenvolvimento da interação, apesar do surgimento de estases ao longo da interação entre falantes nativos de inglês ao comunicarem-se em português do Brasil.
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