BOTOU NA PAREDE: A COOCORRÊNCIA ENTRE BOTAR E COLOCAR, ALÉM DO SENTIDO DE PÔR NO FALAR FORTALEZENSE
BOTOU NA PAREDE: THE CO-OCCURRENCE BETWEEN BOTAR AND COLOCAR, AS WELL AS THE MEANING OF PÔR IN THE LANGUAGE OF FORTALEZA
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https://doi.org/10.61389/sociodialeto.v13i37.8133Palavras-chave:
Sociolinguística Variacionista, NORPOFOR, botar, colocarResumo
Nesta pesquisa, abordamos a variação entre botar e colocar no falar de Fortaleza - CE, em tempo aparente. Neste recorte, analisamos os verbos botar e colocar com o sentido de fixar, pendurar, pregar, amarrar, instalar, desenhar e costurar. Embasados nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, analisamos o efeito de variáveis linguísticas (traço semântico e animacidade do objeto, (in)determinação do sujeito, papel do falante, tópico discursivo) e extralinguísticas (sexo, faixa etária, escolaridade) sobre o emprego do verbo botar. Para a realização deste estudo, selecionamos dados de fala extraídos do banco de dados NORPOFOR (Norma Oral do Português Popular de Fortaleza), utilizando apenas o tipo de registro DID. O programa GoldVarb X contabilizou 86 ocorrências, sendo 64,0% para o verbo botar e 36,0% para o verbo colocar. Além das frequências, o programa revelou apenas a varável escolaridade como favorecedora da regra variável, o que nos fez, em virtude da importância para os trabalhos sociolinguísticos, apresentarmos os resultados de frequência para as variáveis sexo e faixa etária. A pesquisa não foi conclusiva quanto a variação entre os verbos botar e colocar na fala popular do fortalezense tratar-se de um caso de variação estável nem de mudança em progresso, fato que leva à compreensão de que a concorrência entre os verbos botar e colocar deve ser ainda mais discutida e refletida posteriormente, dada a importância do tratamento dado a essa variação e da questão social, quanto ao julgamento atribuído à variante botar, como a de menor valor social, uma vez que essa se apresenta como a de maior uso na comunidade estudada.
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