O “ESTUDO DE CORREDORES BIOCEÂNICOS 1996” DO GEIPOT: DESIGNAÇÃO DA ROTA BIOCEÂNICA VIA FRONTEIRA OESTE

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DOI:

https://doi.org/10.48211/sociodialeto.v12i34.458

Palavras-chave:

Semântica do Acontecimento; Corredor Bioceânico; Fronteira Oeste; Designação; GEIPOT

Resumo

Considerando o estudo de processos de significação, abrangendo, com ele, os estudos do funcionamento enunciativo da língua, norteamos nossa pesquisa tomando os dispositivos teóricos e os procedimentos de análise da Semântica do Acontecimento, instituídos por Eduardo Junqueira Guimarães, a partir de meados dos anos 90 do século XX. Neste propósito concentramos nossas análises no documento nomeado “Estudo de Corredores Bioceânicos – 1996”, que tomamos enquanto texto, uma vez que materializa os elementos enunciativos que recortamos como objeto. Com essa premissa supomos que, pela observação das nuances do texto em epígrafe, tornar-se-á possível determinarmos como se constitui o lugar de dizer do Estado brasileiro a partir das designações das rotas bioceânicas entre portos brasileiros no Atlântico e portos chilenos e peruanos no Pacífico, via Fronteira Oeste. Para isso, buscamos analisar o acontecimento de enunciação para além de um texto entendido meramente como uma relação entre uma sequência com início, meio e fim, uma vez que, consideramos também os mapas como recursos importantes na constituição do corpus de pesquisa. Por outro lado, os mapas serão tomados como recursos adicionais por significarem o espaço geográfico onde são estruturadas as propostas de alternativas às rotas comerciais tradicionais. Afora isso, foi possível observarmos um outro sujeito estatal Ministério dos Transportes, aparentemente como coadjuvante na cena enunciativa, no entanto, podendo exercer autoridade hierárquica sobre o Alocutor à frente das enunciações. Porém, neste caso, não há possibilidade de conflito de interesses, porquanto são relações reguladas pela hierarquização própria dos sujeitos estatais. Nesta cena, ambos Alocutores falam como enunciador-universal, com isto pode não ser o caso de um Alocutor dividido, o que se configura nesses termos aponta para dois Alocutores e para um lugar, nesses termos, apresentamos em nossas análises a possibilidade de uma justaposição de lugar social de locutor.

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Biografia do Autor

Celso Abrão dos Reis, PPGL/UNEMAT

Licenciado em História pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Mestre em Letras pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Doutor em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), defesa em 04 de outubro de 2021. Pós-doutorando pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), 2022-2023. É membro do Núcleo de Estudos em Análise de Discurso (NEAD) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Taisir Mahmudo Karim, UNEMAT

Possui graduação em Letras - Licenciatura Plena em Letras pela Universidade do Estado de Mato Grosso (1990), Mestrado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2012). Atualmente é professor adjunto nível IV da Universidade do Estado de Mato Grosso. Foi reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (2002-2010). É membro do Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres (IHGC).

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Publicado

18-01-2022

Como Citar

Reis, C. A. dos, & Karim, T. M. (2022). O “ESTUDO DE CORREDORES BIOCEÂNICOS 1996” DO GEIPOT: DESIGNAÇÃO DA ROTA BIOCEÂNICA VIA FRONTEIRA OESTE. WEB REVISTA SOCIODIALETO, 12(34), 1–33. https://doi.org/10.48211/sociodialeto.v12i34.458