Raça e gênero em Melanctha, de Gertrude Stein
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Melanctha. Gertrude Stein. Representação. Identidade. Semiótica.Resumo
O presente trabalho resulta de um projeto de pesquisa que visa analisar, sob a perspectiva discursiva, uma novela da obra Três Vidas, da escritora norte-americana Gertrude Stein. Para isso, foi selecionado o conto Melanctha, título homônimo à protagonista. O objetivo da pesquisa é compreender como a obra segmenta os seus personagens por meio de atributos designados a cada um deles a partir de sua etnia. A fundamentação teórica será norteada através da articulação de um diálogo entre os estudos culturais, como Woodward (2000), e teorias feministas de Bell Hooks (1981;2000) e Angela Davis (1982). Para a análise, mobilizamos as contribuições da teoria semiótica nos trabalhos de Barros (2005) e Fiorin (2008). A transitoriedade que Melanctha realiza entre os supostos benefícios que a sua pele mais clara oferece e a busca constante pela aceitação da comunidade negra na qual vive é o que evidencia o limbo étnico, o entre-lugar, que preenche o cotidiano da protagonista. Como resultados finais, compreendemos que a obra utilizou-se de representações pós-escravidão em que foram submetidos negros e negras pela população branca, expondo-os a situações tão revoltantes e subumanas quanto à escravidão que viveram outrora.Referências
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