Memórias do espaço na produção lírica de Cora Coralina
Visualizações: 7586Palavras-chave:
Cora Coralina, espaço, memória, poemas.Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar os poemas de Cora por outra perspectiva, o espaço é considerado um elemento formador e constituinte da narrativa lírica que contribui para uma visão artística, não sendo mais tão relegado. Essa proposta interpretativa não estabelece um conflito entre o espaço e os outros elementos constitutivos, pelo contrário, é capaz de esclarecer como os elementos se coadunam e se inter-relacionam dentro da poesia; por exemplo, uma outra visão sobre o espaço possibilita ampliar possibilidades interpretativas fazendo com que seja uma abordagem explicitadora e não limitadora. Os poemas são construídos a partir das suas memórias individuais e de memória coletiva, assim como são performadas as vivências de sua vida como uma base muito sólida para a sua produção lírica, que se caracteriza como uma escrita de si. As bases teóricas que sustentam o trabalho são os textos História do Espaço Literatura (2005) e Espaços Literários e suas Expansões (2007) de Luis Alberto Brandão, bem como Espaços da Recordação (2011) de Aleida Assmann; O corpo utópico, as heterotopias (2013) de Michel Foucault; A memória, a história e o esquecimento de Paul Ricouer (2007). Além de Cora Coralina (2008) de Darcy França Denilégio e Meu Livro de Cordel (1997) de Cora Coralina.
Referências
AMABILE, Luís Roberto. O dia em que Drummond descobriu Cora Coralina. Disponível em:<https://biblioteca.pucrs.br/curiosidades-literarias/o-dia-em-que-drummond-descobriu-cora-coralina/> Acesso em: 11 de setembro de 2019
ASSMAN, Aleida. Espaços da recordação: Formas e transformações da memória cultural. Tradução: Paulo Soethe. Campinas - SP. Editora da Unicamp, 2011.
BORGES FILHO, Oziris. Espaço e Literatura: Introdução à topoanálise. Franca - SP, Ribeirão Gráfica e Editora, 2007.
BRANDÃO, Luis Alberto. Breve História do Espaço na Teoria Literária. In errados: Revista do Programa de Pós-Graduação em Literatura. nº. 10, ano 14, 2005, p. 125-134
_________. Espaços Literários e suas Expansões. In Aletria. v. 15, 2007.
BRITO, Clóvis Carvalho. Das cantigas do beco: cidade e sociedade na poesia de Cora Coralina. Sociedade e cultura, v. 10, n. 1, Jan./Jun. 2007, p. 115-129. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/703/70310110.pdf> Acesso em: 11 de setembro de 2019
CAMARGO, Goiandira de F. Ortiz de. Poesia e memória em Cora Coralina. Signótica, 14: 75-85, jan./dez. 2002. Disponível em: <https://repositorio.bc.ufg.br/xmlui/bitstream/handle/ri/14620/Artigo%20-%20Goiandira%20de%20F%c3%a1tima%20Ortiz%20de%20Camargo%20-%202002.pdf?sequence=5&isAllowed=y> Acesso em: 11 de setembro de 2019
CORALINA, Cora. Meu Livro de Cordel. 8ª edição - São Paulo: Global, 1997
DELGADO, Andréa Ferreira. Cora Coralina: A Poética do Sabor. ILHA - Florianópolis, v.4, n.1, julho de 2002, p. 59-83. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/15031/15651>Acesso em: 11 de setembro de 2019
________________. A invenção de Cora Coralina na batalha das memórias. 2003. 498p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/279866>. Acesso em: 11 set 2019
DENÓFRIO, Darcy França. Cora Coralina Seleção. 3ª ed. rev. e ampliada - São Paulo: Global, 2008.
FOUCAULT, Michel. Corpo utópico, as heterotopias. Tradução Salma Tannus Muchal. São Paulo: N-1 Edições, 2013.
GLOBAL EDITORA. Biografia Cora Coralina. Disponível em: <https://globaleditora.com.br/autores/biografia/?id=2077> Acesso em: 04 de fevereiro de 2019
FRAZÃO, Dilva. Biografia de Cora Coralina. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/cora_coralina/> Acesso em: 04 de fevereiro de 2019
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela VaLittera, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à VaLittera - Revista Literária dos Acadêmicos de Letras implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).