Resistência no conto A Embaixada Americana, de Chimamanda N. Adichie
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https://doi.org/10.61389/valittera.v1i4.6339Palavras-chave:
A Embaixada Americana; Pós-colonialismo; Resistência.Resumo
Este projeto estudará o modo em que os conceitos de literatura pós-colonial, de Bonnici e Zolin (2009) e de literatura e resistência, de Ashcroft (2001) e Renan (1992) são capazes de propor uma nova visão ao conto “A Embaixada Americana” (2017), da escritora nigeriana C. N. Adichie. Ao se deparar com a necessidade de buscar asilo, a mulher, na fila da embaixada americana na Nigéria, vive o luto do filho que foi assassinado após a represália do governo ditatorial de Abacha. Naquele lugar, ela repensa toda sua trajetória, toda a vida de Ugonna, seu filho e, ao chegar na entrevista, reflete que a vida dele vale mais do que o medo, do que a fuga. “Uma nova vida. Foi Ugonna quem lhe deu uma nova vida, quem a deixou surpresa com a rapidez com que ela aceitou essa nova identidade que ele fez surgir, a nova pessoa que se tornou por causa dele” (Adichie, 2017. p. 152). A decisão tomada pela mãe é resistência, mas deve-se lembrar que a resistência possui camadas e estruturas e não pode ser resumida apenas ao ato de se opor. (Ashcroft, 2001) A Crítica pós-colonial, além de ser inerente à resistência, permite analisar todas as facetas dessa história, inclusive as formas com as quais o governo ditatorial Nigeriano e de outros países de terceiro mundo lidam com sua sociedadeReferências
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