ANÁLISE DAS ATIVIDADES ANTRÓPICAS E SEUS IMPACTOS SOBRE A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO LAJEADO, CAMPO GRANDE/MS, BRASIL
Visualizações: 790Palavras-chave:
Bacia hidrográfica, biomonitoramento, macroinvertebrados bentônicosResumo
A ocupação urbana e as atividades antrópicas desenvolvidas nas áreas de bacia hidrográfica podem refletir na qualidade das águas superficiais devido aos seus impactos. O descarte indevido de resíduos sólidos, lançamentos de efluentes tratados indevidamente e o desmatamento da mata ciliar, são exemplos que contribuem para a degradação ambiental. A Bacia Hidrográfica do Córrego Lajeado é a segunda maior fonte de água para o abastecimento do município de Campo Grande – Mato Grosso do Sul, portanto, devido a sua importância, esta pesquisa tem como objetivo a análise dos impactos produzidos por atividades antrópicas que ocorrem próximas as Áreas de Proteção Permanente (APP) dos cursos de água, a partir de dados obtidos através do uso de bioindicadores como uma ferramenta complementar ao monitoramento já realizado. Os macroinvertebrados bentônicos são os organismos aquáticos mais utilizados para este fim, devido a sua resposta eficaz quanto a poluição das águas, possibilitando analisar a sua qualidade de acordo com os taxa encontrados. Sendo assim, foram feitas coletas de amostras na Bacia Hidrográfica do Lajeado no período de seca (dezembro/2018) e chuvoso (março/2019) para a identificação dos macroinvertebrados, quantificação e aplicação de índices mundialmente conhecidos, obtendo como resultado o comprometimento da qualidade destas águas superficiais. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir com novos projetos, além da elaboração de políticas públicas para a conservação das bacias hidrográficas municipais.
Referências
ABÍLIO, F.J.P.; et al. Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de qualidade ambiental de corpos aquáticos da caatinga. Oecol. Bras.,v. 11, n. 3, p.397-409, 2007.
ANA. Disponibilidade e Demandas de Recursos Hídricos no Brasil. Caderno de Recursos Hídricos 2, Agência Nacional das Águas, Brasília – DF, 2007.
BABICK, L.; RHODEN, A. C. Avaliação de macroinvertebrados bentônicos, qualidade físico-química e microbiológica da água do Lajeado Rickia. Revista Ciências Agroveterinárias e Alimentos, n. 3, 2018
BACCI, D.; PATACA, E. Educação para a água. Estudos Avançados, Portal de revistas da USP, 22(63), 211-226, 2008. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/eav/article/view/10302>. Acesso em: 29/07/2019.
BRASIL. Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm> Acesso em: 01/08/2019.
BRASIL. Lei Nº 9.433, de 8 de Janeiro de 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm> Acesso em 21/10/2019.
BUENO, A. A. P.; BOND-BUCKUP, G.; FERREIRA, B. D. P. Estrutura da Comunidade de invertebrados bentônicos em dois cursos d’agua do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 20, n. 1, Curitiba, março de 2003.
CALLISTO, M.; et al. Diversity and biomass of Chironomidae (Diptera) larvae in an impacted coastal lagoon in Rio de Janeiro, Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 62, n.1, São Carlos, february, 2002.
CALLISTO, M.; MORETTI, M.; GOULART. M. Macroinvertebrados bentônicos como ferramenta para avaliar a saúde de riachos. RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos, vol. 6, n. 1, pag. 71-82, Jan/Mar 2001.
CAMPO GRANDE. Decreto Nº 8265 de Julho de 2001. Diário Oficial de Campo Grande nº 873. Disponível em: <http://www.campogrande.ms.gov.br/semadur/downloads/decreto-no-8265/ >. Acesso em: 05/11/2019.
CAMPO GRANDE. Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental dos Mananciais do Córrego Lajeado – APA Lajeado. Disponível em: <http://www.campogrande.ms.gov..br/planurb/apa-do-lajeado/plano-demanejo-apa-lajeado/>. Acesso em: 06/08/2019.
DORES, E. F. G. C.; DE-LAMONICA-FREIRE, E. M. Contaminação do ambiente aquático por pesticidas: vias de contaminação e dinâmica dos pesticidas no meio ambiente aquático. Revista de Ecotoxologia e Meio Ambiente, Curitiba, v.9, p. 1-18, jan/dez de 1999.
FIKLER, R. Planejamento, manejo e gestão de bacias - Unidade 1: As Bacias Hidrográficas. Agência Nacional das Águas, 2012.
GONÇALVES, C. S.; et al. Qualidade da água numa microbacia hidrográfica de cabeceira situada em região produtora de fumo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Rio Grande do Sul, set. 2005, v. 9, n°. 3.
GOOGLE. Google Earth PRO, versão 7.3.2.5776. 2019.
JUNQUEIRA, M. V.; CAMPOS, S. C. M. Adaptation of the “BMWP” method for water quality evaluation to rio das Velhas watershed (Minas Gerais, Brasil.). Acta Limnologica Brasiliensia, v. 10, n. 2, p. 125-135, 1998.
JUNQUEIRA, M. V. et al. Biomonitoramento da qualidade das águas da Bacia do Alto Rio das Velhas (MG/Brasil) através de macroinvertebrados. Acta Liminologica Brasiliensia, 12:73-87, 2000.
MERRITT, R.; CUMMINS, K. An Introduction to The Aquatic Insects of North America. The Journal of Animal Ecology. 50. 10.2307/1467288, 1996.
MORAES, D. S. de L.; JORDÃO. B. Q. Degradação de recursos hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. Rev. Saúde Pública, v. 6, n. 3, p. 370-374, 2002.
MUGNAI, R.; NESSIMIAN, J. L.; BAPTISTA, D. F. Manual de Identificação de Macroinvertebrados Aquáticos do Estado do Rio de Janeiro. Technical Books, 1ª Edição, 2009.
SCHIAVETTI, A.; CAMARGO, A. F. M. Conceitos de Bacias Hidrográficas: Teorias e Aplicações. Ilhéus, BA: Editus, Editora da UESC, 2002.
SEMADUR. Qualidade das águas superficiais de Campo Grande – MS. Relatório Anual de 2018. Disponível em: <http://www.campogrande.ms.gov.br/semadur/canais/corrego-limpo-cidade-vida-relatorios-anuais/>. Acesso em: 01/08/2019.
SHANNON, C. E.; WEAVER, W. The Mathematical Theory of Communication. The University of Illinois Press, Urbana, 1964.
TRINDADE, A. L. C. Aplicação de técnicas estatísticas para a avaliação de dados de monitoramento de qualidade das águas superficiais da porção mineira da bacia do Rio São Francisco. 2013. Dissertação de pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Universidade Federal de Minas Gerais, 2013.