ESTUDO BIOGEOGRÁFICO E TRILHA INTERPRETATIVA EM ÁREA VERDE URBANA – MARINGÁ-PR
Visualizações: 840Palavras-chave:
Biogeografia, Área verde urbana, Trilha interpretativa.Resumo
Este estudo biogeográfico proporcionou informações para a elaboração de um roteiro de trilha para visitantes, propício para abordagem e transmissão de conhecimento no âmbito da biologia e geografia. Esta prática demonstrou-se significativa como veículo mediador entre o objeto de estudo, o conhecimento adquirido e os visitantes. Na área de estudo, uma reserva florestal urbana particular, inserida no domínio da Mata Atlântica, foram reconhecidas 66 espécies arbóreas, 9 mamíferos e 30 aves. Ao considerar que os fragmentos florestais urbanos são de suma importância para qualidade ambiental o intuito é propiciar ações educativas que potencializem a função da educação ambiental e cientifica, bem como a conservação do meio. Perante estas necessidades, foram desenvolvidas atividades e materiais voltados à educação ambiental e cientifica, de modo que envolvam os visitantes em uma trilha interpretativa guiada em um roteiro temático biogeográfico, avaliados por questionários pré e pós-avaliativos. Dentre os materiais produzidos inclui a elaboração de um manual de reconhecimento de 8 espécies arbóreas e utilização de ferramentas de apoio didático voltadas ao reconhecimento da fauna local, a partir de contramoldes de pegadas de 3 espécies de mamíferos e de sons emitidos por 34 aves e mamíferos. Conclui-se que ações voltadas para a manutenção das áreas verdes urbanas, reconhecimento da bio e geodiversidade, educação ambiental e cientifica, ainda que sejam realizadas em áreas alteradas, contribuem com a conservação das mesmas, dos elementos bióticos e abióticos, também para que o conhecimento possa ser perpetuado e formem-se cidadãos mais conscientes, atuantes e possíveis replicadores.Referências
ALLENSPACH, N.; ZUIN. P. B. Aves como subsídio para a Educação Ambiental: perfil das iniciativas brasileiras. Atualidades Ornitológicas On-line, n. 176, p. 50-57, 2013.
ATLÂNTICA, SOS Mata. Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE. Atlas dos municípios da Mata Atlântica. São Paulo, 2017. Disponível em: http://mapas.sosma.org.br/dados. Acesso em 18 ago 2018.
BRAZ, D. M. et al. Chave de identificação para as espécies de Dicotiledôneas arbóreas da Reserva Biológica do Tinguá, RJ, com base em caracteres vegetativos. Acta Botanica Brasilica, v. 18, n. 2, p. 225-240, 2004.
BRILHA J. B. R. Patrimônio geológico e geoconservação: A conservação da natureza na sua vertente geológica. Palimage editora, 190 p. 2005.
CALADO, Flaviana Moreira. O ensino de Geografia e o uso dos recursos didáticos e tecnológicos. GEOSABERES: Revista de Estudos Geoeducacionais, v. 3, n. 5, p. 12-20, 2012.
CAMPOS, J. B.; SILVEIRA FILHO, L. Série Ecossistemas Paranaenses–Floresta Estacional Semidecidual. Governo do Estado do Paraná, v. 5, 2010.
CECCON, S. Trilhas interpretativas como estratégia metodológica para o ensino médio de biologia. In: VII Congresso Nacional de Educação - EDUCERE: Teoria, metodologia e prática, 2008, Curitiba, Anais... Curitiba, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2008, p. 12397-12407 Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2008/553_322.pdf. Acesso em 10 mai. 2019.
MORATO, R. G. et al. Plano de ação: pesquisa e conservação de mamíferos do Brasil. Brasília: Ibama, 2004. 52p.
CHIARELLO, A. G. et al. Mamíferos ameaçados de extinção no Brasil. Lista da fauna brasileira ameaçada de extinção. Biodiversitas: Belo Horizonte, p. 681-880, 2008.
CUARÓN, A. D. A global perspective on habitat disturbance and tropical rainforest mammals. Conservation Biology, v.14, n.6, p.1574-1579. 2000.
DE MOURA CALIXTO, B. Armadilhas fotográficas e vestígios como instrumentos para a complementação de inventários de mamíferos na serra da jiboia, Bahia. In: Seminário de Iniciação Científica, 21, 2017, Feira de Santana. Anais... Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana. 2017, p. 4. Disponível em: http://periodicos.uefs.br/ojs/index.php/semic/article/view/2168. Acesso em: 11 mai 2019.
DE OLIVEIRA, S. R. Educação ambiental com enfoque na elaboração de roteiro de trilha interpretativa na reserva do sítio roseira, presidente Castelo Branco-PR. 2010. 103 f. Dissertação (Mestrado em Análise Regional e Ambiental) Universidade Estadual de Maringá, Curso de Pós-Graduação em Geografia
DE QUEIROZ, J. P. A. F. et al. Registro de pegadas de quatis (nasua nasua) para monitoramento e educação ambiental utilizando diferentes substratos. Acta Veterinaria Brasilica, v. 2, n. 1, p. 11-15, 2008.
DO NASCIMENTO, M. V. É.; DE-ALMEIDA, E. A. Importância da realização de trilhas participativas para o conhecimento e conservação da diversidade biológica: uma análise da percepção ambiental. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 23, 2009.
FARIAS, R. S. B.; TERÁN, A. F. Os sons da natureza motivando o ensino da biologia em ambientes não-formais. SaBios-Revista de Saúde e Biologia, v. 6, n. 3, 2011.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GONÇALVES, E. G.; LORENZI, H. J. Morfologia vegetal: organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011.
GUILHON, B. F. et al. Um museu de pegadas–rastros de animais como ferramenta para o ensino de zoologia. Encontros Universitários da UFC, v. 2, n. 1, p. 3132. 2017.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Manuais técnicos em geociências, v. 1, 2012.
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
LIMA, A. M. L. P. et al. Problemas de utilização na conceituação de termos como espaços livres, Áreas verdes e correlatos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 2, 1994. São Luiz/MA. Anais... São Luiz: Imprensa EMATER/MA, 1994 p. 539 - 553.
LOBODA, C. R.; DE ANGELIS, Bruno Luiz Domingues. Áreas verdes públicas urbanas: conceitos, usos e funções. Ambiência, v. 1, n. 1, p. 125-139, 2005.
LORENZI, H. ÁRVORES BRASILEIRAS: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4.ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002a. v.1, 384p.;
LORENZI, H. ÁRVORES BRASILEIRAS: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 2.ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002b. v.2, 384p.;
LORENZI, H. Árvores Exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, SP. 391 p. 2003.
MACARTHUR, R.H. & E.O. WISLON. The theory of island. biogeography. Princeton University Press, princenton. 1967.
MAIORALLI, C. P. et al. Chave de identificação baseada em caracteres vegetativos para as espécies arbustivo-arbóreas de fragmentos de cerrado do município de Itirapina, SP. São Paulo: Instituto de Biologia, UNICAMP, 2009.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ. Secretaria do Meio Ambiente. Revisão do Plano de Manejo do Parque do Ingá. Maringá, PR: PMM, 2008.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ. Lei complementar 888 de 26 de julho de 2011. Substitui a lei complementar nº 331/99, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Maringá e dá outras providências. Maringá, Paraná, 2011.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ. Prefeitura do Município de Maringá. Secretaria do Meio Ambiente. Plano de Manejo do Horto Florestal. Maringá, PR: PMM, 2013a.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ. Prefeitura do Município de Maringá. Secretaria do Meio Ambiente. Plano de Manejo do Parque Florestal dos Pioneiros. Maringá, PR: PMM, 2013b.
MILANO, M. S. Avaliação e análise da arborização de ruas de Curitiba - PR. 1984. 130 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Paraná, Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Curitiba, 1984. Disponível em: < https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/40695/D%20-%20MIGUEL%20SEREDIUK%20MILANO.pdf?sequence=1&isAllowed=y > Acesso em: 12 mai. 2019.
MORO-RIOS, R. F. et al. Manual de rastros da fauna paranaense. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná, 2008.
MORTIMER, E. F.; SCOTT, P. Atividade discursiva nas salas de aula de ciências: uma ferramenta sócio-cultural para analisar e planejar o ensino. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v.7, n. 3, p 1-24, 2002.
NASCIMENTO, A. T. A. et al. Conservação da biodiversidade e dinâmica ecológica espacial: evolução da teoria. CEP, v. 60020, p. 181, 2012.
NUCCI, J.C. Qualidade ambiental e adensamento urbano: um estudo da ecologia e do planejamento urbano aplicado ao distrito de Santa Cecília (MSP). São Paulo, SP: Humanitas/USP, 2001.
OBARA, A.T. Educação ambiental e trilhas interpretativas. Caderno de Curso, UEM, 2008. 25p.
OLIVEIRA, V. B. O uso de armadilhas de pegadas na amostragem da mastofauna em duas unidades de conservação nos biomas Cerrado e Mata Atlântica. 2007, 99 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Zoologia de Vertebrados. Belo Horizonte, 2007. Disponível em: <http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Zoologia_OliveiraVB_1.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2019.
PAGLIA, A. P. et al. Lista Anotada dos Mamíferos do Brasil 2ª Edição/Annotated Checklist of Brazilian Mammals. Occasional papers in conservation biology, v. 6, p. 1-82, 2012.
INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ – IAP. Planos de Conservação para Espécies de Mamíferos Ameaçados. IAP/ Projeto Paraná Biodiversidade, 2009. Número de ISBN 978-85-86426-32-2.
PARDINI, R. et al. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte, p. 181-201. In: L. CULLEN JR; R. RUDRAN & C. VALLADARES-PADUA (EDs). Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba, Editora UFPR, 667p. 2006.
PIRES, A. S. et al. Vivendo em um mundo em pedaços: efeitos da fragmentação florestal sobre comunidades e populações animais. Biologia da Conservação: Essências. São Carlos, São Paulo, Brazil, p. 231-260, 2006.
POLISEL, R. T. Chave de reconhecimento das famílias e gêneros arbóreos nativos presentes em todos os Domínios de Vegetação do Brasil. 1. ed. São Paulo: Brasil Bioma. 2017
RAMOS, S. V. et al. Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: Guia de identificação de espécies. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Biota/Fapesp, 2015. 320 p.
SCOSS, L. M. Impacto de estradas sobre mamíferos terrestres: o caso do
Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais. 2002, 96p. Tese (Doutorado em Ciências Florestais). Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais. 2002.
SPEZIA M. P. et al. Inventário rápido de mamíferos não voadores em um fragmento florestal do bioma mata atlântica. Unoesc & Ciência - ACBS, Joaçaba, v. 4, n. 2, p. 145-154, jul./dez, 2013.
THOMAZ, L.; OLIVEIRA, R. de C. A educação e a formação do cidadão crítico, autônomo e participativo. Dia-a-dia Educação, p. 1-25, 2009.
VIEIRA, P. B. H. Uma visão geográfica das áreas verdes de Florianópolis-SC: estudo de caso do Parque Ecológico do Córrego Grande (PECG). 2004. 109 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia), Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.
ZEIDAN, D. N. M. et al. Trilhas interpretativas como estratégia didática no ensino de ciências. In: Encontro Paranaense de Educação Ambiental, 15, 2013, Cascavel- PR. Anais.. Cascavel, 2013. p. 70-80.
ZEIDAN, D. N. M.; SILVA J. de P. Proposta de roteiro ciclogeoturístico em Maringá-PR. In: Encontro Regional de Geografia, 4., Maringá, PR. Anais.. Maringá: UEM-DGE, 2018. p. 514-528.