O MOVIMENTO HIP HOP NA ZONA LESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO (BRASIL): O GRITO-DENÚNCIA DA JUVENTUDE PERIFÉRICA
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Movimento Hip Hop, Rap, Desmistificação, Grito-denúnciaResumo
O Movimento Hip Hop surgiu nos Estados Unidos na década de 1970, no distrito nova-iorquino do Broxn, marcado pela pobreza econômica e exclusão social, habitado por negros e imigrantes, predominantemente, jamaicanos e latino-americanos. O movimento tem como sua característica mais marcante o grito-denúncia às precárias condições de vida, ao descaso do poder público em ofertar os serviços públicos essenciais ao bem-estar coletivo, racismo, xenofobia e demais preconceitos correlatos e, por isso, inspiraram-se em movimentos e líderes políticos símbolos da luta negra por direitos civis como Malcom-X e Martin Luther King. O Hip Hop é composto por quatro elementos, a saber: break, a dança; grafite; Dj e Mc, os cantores, a junção desses dois últimos formam o RAP, a música do movimento. No contexto brasileiro, o movimento desenvolveu-se primeiramente nas áreas periféricas das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, em 1990, posteriormente, difundiu-se para as demais regiões brasileiras adquirindo características particulares. O objetivo do artigo consiste em analisar o comportamento dos jovens adeptos ao Hip Hop e suas manifestações culturais, sobretudo, o Rap, para compreender a essência do movimento enquanto contestação social às mazelas sociais. A metodologia pautou-se no método fenomenológico a partir de experiências vivenciadas (e percepções) no ano de 2019 com o grupo da Zona Leste de São Paulo, contato com os integrantes com registros de relatos e retrabalhamento bibliográfico. O Hip Hop deve ser desmistificado enquanto apologia à violência e criminalidade e apreendido enquanto reivindicação dos marginalizados ao direito à cidadania.
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