ANÁLISE DA VULNERABILIDADE NATURAL DA PERDA DE SOLOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO VERMELHO/MS

Visualizações: 502

Autores

Resumo

A fim de demonstrar as fragilidades e potencialidades que existem na região, o recorte escolhido foi a bacia hidrográfica do Ribeirão Vermelho, nos municípios de Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti, inseridos na bacia hidrográfica do Rio Miranda. Nessa perspectiva, o objetivo geral da pesquisa é identificar a vulnerabilidade natural da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Vermelho em relação à perda de solo. Segundo a metodologia utilizada, o grau de vulnerabilidade das unidades territoriais básicas é identificado com base na morfogênese e pedogênese, com atribuição de graus de vulnerabilidade para cada unidade de paisagem, sendo elas: Geologia, Geomorfologia, Solo, Clima e Cobertura Vegetal. Os mapas temáticos foram desenvolvidos no software QGIS 3.16 Hannover, depois aplicada a ponderação. Os resultados obtidos mostram que 82.71% da área é considerada como moderadamente vulnerável, prevalecendo os processos de pedogênese; a classe medianamente estável/vulnerável corresponde a 17.29% da bacia; ocorre em áreas pontuais, em sua maior parte no baixo e médio curso do rio, considerado um ambiente com situações intermediárias, e ocorre um equilíbrio entre a morfogênese e a pedogênese. Portanto, com o estudo sobre a vulnerabilidade natural à perda de solo da bacia hidrográfica do Ribeirão Vermelho demonstrou que essa bacia é naturalmente equilibrada aos processos morfogênicos e pedogênicos que, embora apresente áreas vulneráveis, pode se manter e potencializar a conservação da vegetação, a qual é uma unidade territorial natural imprescindível para atenuar a erosão a perda de solo.

Referências

AYRES, F. M.; ANDRADE, M. H. da S.; SANTOS, A. B. C. dos; FREITAS, S. C. de. Bacias hidrográficas, escala de aproximação para o ordenamento territorial. Geofronter, [S. l.], v. 7, n. 1, 2021.

Crepani, E.; Medeiros, J. S. de; Hernandez, P.; Florenzano, T.G.; Duarte, V.; Barbosa, C. C. F. Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Aplicados ao Zoneamento-Ecológico-Econômico e ao Ordenamento territorial. São José dos Campos,2001. SAE/INPE.

Bastos, Frederico de Holanda. Geomorfologia / Frederico de Holanda Bastos, Rubson Pinheiro Maia, Abner Monteiro Nunes Cordeiro. - Fortaleza : EdUECE, 2015.

BELATO, L. S.; SERRÃ, S. L. C.; GANDRA, A. L. F.; AMORIM, I. L. S. Aplicação da vulnerabilidade ambiental do município de Moju, estado do Pará. Revista Ibero Americana de Ciências Ambientais, v.9, n.5, p.218-230, 2018.

Fernandes, P.A; Pessôa, V.L.S. O Cerrado e Suas Atividades Impactantes: Uma Leitura Sobre o Garimpo, a Mineração e a Agricultura Mecanizada. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.3, n.7, p. 19-37, out. 2011.

GODOI, H. O. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Aquidauana. Folha SF.21-X-A. – Escala 1:250.000. Estado de Mato Grosso do Sul / organizado por Hélios de Oliveira Godoi. Brasília: CPRM, 2001.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Censo Demográfico 2010. Cidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

______Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. BDiA, Banco de Dados de Informações Ambientais. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.

Instituto Nacional de Meteorologia- Normais climatológicas do Brasil. INMET- 2010.

Jenson, SK e JO Domingue. 1988. Extraindo estrutura topográfica de dados de modelo digital de elevação para análise de sistema de informação geográfica. Fotograma. Eng. e Remote Sens. 54: 1593-1600.

LUERS, A. L. The surface of vulnerability: An analytical framework for examining environmental change. Global Environmental Change. N° 15, p. 214–223, 2005.

MATO GROSSO DO SUL Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar-SEMAGRO. Mato Grosso do Sul tem novo mapa turístico. Campo Grande, 2016.

KÖPPEN, W.;GEIGER, R. Das geographische System der Klimate. Handbuch der Klimatologie. – Gebru¨der Borntra¨ger, v.1, 1–44, part C.Berlim,1936.

Pirajá, R. V.; Paranhos filho, A. C.; Silva, M. H. S. Da. Taxonomia do relevo do estado de Mato Grosso do Sul e da bacia hidrográfica do rio Taboco. Geofronter, [s. L.], v. 6, n. 1, 2020.

QGIS Development Team. QGIS Geographic Information System. Open Source Geospatial Foundation Project, 2022. Available online: https://www.qgis.org/en/site/

RODRIGUES, L. P.; LEITE, E. F. Análise da energia do relevo e do Uso e Cobertura da terra na bacia Hidrográfica do Córrego ACôgo, MS. Terr@Plural, Ponta Grossa, v.15, p. 1-25, e 2113833, 2021.

ROVANI, F.F.M, VIERA, M.Vulnerabilidade Natural do Solo de Silveira Martins RS. Floresta e Ambiente. 2016; 23(2): 151-160.

SANTOS, J.O. Relações entre fragilidade ambiental e vulnerabilidade social na susceptibilidade aos riscos. Mercator, Fortaleza, v. 14, n. 2, p. 75-90, mai./ago. 2015.

SANTOS, M.F.S. Geoprocessamento aplicado ao estudo da vulnerabilidade ambiental da Serra da Calçada – MG. Belo Horizonte, 2014.

SANTOS, G. G et al. Chuvas intensas relacionadas à erosão hídrica. R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.14, n.2, p.115–123, 2010.

SILVA, Elaine B. da[ et al]. “Análise da distribuição espaço-temporal das pastagens cultivadas no bioma Cerrado entre 1970 e 2006”. In: Revista IDeAS – Interfaces em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Rio de Janeiro – RJ, v. 7, n. 1, p. 174-209, 2013.

Streck EV, et al. Solos do Rio Grande do Sul. 2. ed. Porto Alegre: EMATER/RS; 2008.

SPÖRL, C. Metodologia para elaboração de modelos de fragilidade ambiental utilizando redes neurais artificiais. Tese de (Doutorado) -Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

TRICART, Jean. Ecodinâmica. Rio de Janeiro, IBGE, Diretoria Técnica, SUPREN, 1977. 91 p. il. (Recursos Naturais e Meio Ambiente, 1).

Downloads

Publicado

2022-07-15

Como Citar

Bilar Chaquime dos Santos, A., & Martins de Carvalho, E. (2022). ANÁLISE DA VULNERABILIDADE NATURAL DA PERDA DE SOLOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO VERMELHO/MS. GEOFRONTER, 8. Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/GEOF/article/view/7040

Edição

Seção

Artigos