BENEFÍCIO MICROCLIMÁTICO PROPORCIONADO PELAS ÁREAS VERDES DE VIÇOSA – MG

Visualizações: 245

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/geofronter.v9i1.7400

Palavras-chave:

Clima urbano, Mudanças climáticas, Planejamento Urbano

Resumo

O clima urbano é uma variável que afeta o cotidiano das pessoas e por isso influencia na qualidade de vida da população. Assim, promover ambientes com microclima mais agradável nas cidades tem se tornado uma demanda crescente diante dos cenários de mudanças climáticas previstos. O objetivo deste estudo foi avaliar a diferença microclimática entre praças arborizadas e áreas externas adjacentes, buscando quantificar a relevância dos ambientes arborizados na melhoria do microclima urbano de Viçosa-MG. Através da metodologia de coleta de dados móveis, efetuou-se a coleta simultânea entre os ambientes, em horários próximos ao meio dia, durante dias de altas temperaturas. As variáveis temperatura e umidade relativa do ar foram coletadas por medidores de estresse térmico. As praças analisadas foram: Alice Loureiro, Antônio Chequer, Dr. Cristóvão Lopes de Carvalho, José Santana e Silviano Brandão. Em cada dia de coleta foi analisada uma das praças, sendo variável o número de ruas adjacentes em cada situação, gerando em média, 70 pares de dados. Os resultados indicaram que a temperatura do ar foi em média 5,8ºC menor nas praças em relação às áreas adjacentes, enquanto a umidade relativa foi 7,6 unidades mais elevada. Ambas variáveis microclimáticas foram mais estáveis no interior das praças em relação às áreas adjacentes. As praças arborizadas contribuem para o estabelecimento de microclimas mais favoráveis e estáveis no município, podendo auxiliar na amenização dos problemas do clima urbano, concluindo a relevância em se considerar a arborização no processo de planejamento das cidades para melhoria do clima urbano.

Referências

ALVES, Elis Dener Lima; BIUDES, Marcelo Sacardi. Padrões da temperatura do ar e da umidade relativa: estudo de caso no campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso. Boletim de Geografia, v. 30, n. 3, p. 5-16, 2012. DOI: https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v30i3.13114

ANDRADE, Henrique José Nunes. Bioclima humano e temperatura do ar em Lisboa. 2003. University of Lisbon, Lisbon, Portugal, 2003.

ASKO. Manual do medidor de estresse térmico, modelo AK887. Disponível em: <https://www.akso.com.br/home>. Acesso: 10/10/2019

BARBOZA, Eliezio Nascimento et al. Estudo sobre o campo térmico em ambientes distintos no que se refere uso e ocupação do solo em Missão Velha, Ceará. Acta de Estudos Interdisciplinares, v. 2, n. 1, s/p, 2020.

BARRETO, Ana Paula et al. Arborização Urbana e Microclima e a Percepção dos Acadêmicos de Educação Física Quanto a Essa Vegetação. UNICIÊNCIAS, v. 21, n. 2, p. 99-104, 2017. DOI: https://doi.org/10.17921/1415-5141.2017v21n2p99-104

BASSO, Jussara Maria; CORRÊA, Rodrigo Studart. Arborização urbana e qualificação da paisagem. Paisagem e Ambiente: Ensaios, n. 34, p. 129–148, 2014. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i34p129-148

BIONDI, Daniela. Floresta Urbana. 1ª Ed. Curitiba, 2015

CAVALCANTE, Miquelina Rodrigues Castro et al. Permeabilidade do revestimento do solo intralotes e qualidade térmica microclimática no contexto de Maceió-AL. Tese - Universidade Federal do Alagoas. 2019.

CHANG, Chi-Ru; LI, Ming-Huang. Effects of urban parks on the local urban thermal environment. Urban Forestry & Urban Greening, v. 13, n. 4, p. 672-681, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ufug.2014.08.001

COUTRO, Eduardo Matheus. MIRANDA, Gabriel de Magalhães. Levantamento da arborização urbana de Irati – PR e sua influência na qualidade de vida de seus habitantes. In: Revista eletrônica. Lato Sensu – ano 2, nº 1, julho de 2007.

DA CONCEIÇÃO, Renaildo Santos et al. A Temperatura do ar e sua relação com algumas doenças respiratórias em Vitória da Conquista - BA. Revista Eletrônica Geoaraguaia, v. 5, n. 2, p. 69–81, 2015.

DA COSTA FERREIRA, Catarina. Rede de Corredores Ecológicos e Paisagísticos do Concelho de Espinho. 2019. Dissertação - Universidade do Porto, 2019.

DA SILVA, Luiz Henrique Gonçalves; DE MENDONÇA PIMENTEL, Rejane Magalhães. Estrutura morfológica foliar da arborização urbana na manutenção do conforto térmico. Journal of Environmental Analysis and Progress, v. 4, n. 1, p. 104-109, 2019. DOI: https://doi.org/10.24221/jeap.4.1.2019.2342.104-109

FROTA, Anésia Barros.; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. 5. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001. 243 p.

GARTLAND, Lisa. Ilhas de calor: como mitigar zonas de calor em áreas urbanas. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.

HEINL, Michael et al. Determinants of urban–rural land surface temperature differences–A landscape scale perspective. Landscape and Urban Planning, v. 134, p. 33-42, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2014.10.003

HONG, Je-Woo et al. Temporal dynamics of urban heat island correlated with the socio- economic development over the past half-century in Seoul, Korea. Environmental Pollution, v. 254, p. 112934, 2019 DOI: https://doi.org/10.1016/j.envpol.2019.07.102

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Cidades. 2020. Disponível em <https://cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em: 02/02/2020

INMET - Instituto Nacional De Meteorologia Do Brasil. Normais Climatológicas. Disponível em: < http://www.inmet.gov.br/>. Acesso em: 02/02/2020

JONES, Benjamin A.; GOODKIND, Andrew L.. Urban afforestation and infant health: Evidence from MillionTreesNYC. Journal of Environmental Economics and Management, v. 95, p. 26–44, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jeem.2019.03.002

KOTTEK, Markus, GRIESER, Jürgen, BECK, Christoph, RUDOLF, Bruno, RUBEL, Franz. World Map of the Köppen-Geiger climate classification updated. Meteorologische Zeitschrift, v. 15, n. 3, 259-263, 2006. DOI: https://doi.org/10.1127/0941-2948/2006/0130

LABAKI, Lucila Chebelet al. Vegetation thermal comfort in open urban spaces. Fórum Patrimônio, v. 4, n. n, p. 23–42, 2011.

LI, Jianong et al. Exploration of applicability of UTCI and thermally comfortable sun and wind conditions outdoors in a subtropical city of Hong Kong. Sustainable Cities and Society, v. 52, p. 101793, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scs.2019.101793

LIVESLEY, S. J.; MCPHERSON, E. G.; CALFAPIETRA, C. The Urban Forest and Ecosystem Services: Impacts on Urban Water, Heat, and Pollution Cycles at the Tree, Street, and City Scale. Journal of Environmental Quality, v. 124, p. 119–124, 2016. DOI: https://doi.org/10.2134/jeq2015.11.0567

MARTINI, Angeline. Análise quantitativa das variáveis meteorológicas em diferentes tipologias de floresta urbana de Curitiba – PR. 130 f. Tese (Pós-Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

MARTINI, Angeline. Microclima e conforto térmico proporcionado pelas árvores de rua na cidade de Curitiba-PR. 129 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

MARTINI, Angeline; BIONDI, Daniela; BATISTA, Antônio Carlos. Influência da arborização de ruas na atenuação dos extremos meteorológicos no microclima urbano. Enciclopédia Biosfera, v. 9, n. 17, p. 1685-1695, 2013.

MARTINI, Angeline; BIONDI, Daniela. Microclima e conforto térmico de um fragmento de floresta urbana em Curitiba, PR. Floresta e Ambiente, v. 22, n. 2, p. 182-193, 2015 DOI: https://doi.org/10.1590/2179-8087.082114

MARTINI, Angeline; BIONDI, Daniela; BATISTA, Antônio Carlos. Influência das diferentes tipologias de floresta urbana na atenuação dos extremos meteorológicos. Advances in Forestry Science, v. 4, n. 3, p. 125-129, 2017. DOI: https://doi.org/10.5902/1980509833381

MILLER, Robert W. Urban forestry: planning and management of green space. New Jersey: Prentice Hall, 1997.

NERO, Bertrand Festus; CALLO-CONCHA, Daniel; DENICH, Manfred. Structure, diversity, and carbon stocks of the tree community of Kumasi, Ghana. Forests, v. 9, n. 9, p. 519, 2018. DOI: https://doi.org/10.3390/f9090519

NÓBREGA, Ranyére Silva; LEMOS, Thiago Verçosa da Silva. O Microclima e o (des)conforto térmico em ambientes abertos na cidade de Recife. Revista de Geografia, v. 28, n. 1, p. 93–109, 2011.

NOWAK, David J. et al. People & Trees. Journal of Forestry, v. 99, n. 3, p. 36–42, 2001.

OKE, Tim R. Siting and exposure of meteorological instruments at urban sites. In: Air pollution modeling and its application XVII. Springer, Boston, MA, 2007. p. 615-631. DOI: https://doi.org/10.1007/978-0-387-68854-1_66

OLIVEIRA, Luciellen Araújo; COSTA, AC da. Influência da arborização na temperatura e umidade do ar no campus da UFPA. In: XIV Congresso Brasileiro de Agrometeorologia. 2005. p. 26-27.

PIMENTEL, Franciele de Oliveira; FERREIRA, Cássia Castro Martins. Clima Urbano: O Uso de Modelos Geoespaciais na investigação do Comportamento Térmico em Juiz de Fora - MG. Revista Brasileira de Climatologia, v. 24, p. 49–66, 2019. DOI: https://doi.org/10.5380/abclima.v24i0.51059

RIBEIRO, Wagner Costa. Impactos das mudanças climáticas em cidades no Brasil. Parcerias estratégicas, v. 13, n. 27, p. 297-322, 2008.

SHINZATO, Paula; DUARTE, Denise Helena Silva. Impacto da vegetação nos microclimas urbanos e no conforto térmico em espaços abertos em função das interações solo-vegetação-atmosfera. Ambiente Construído, v. 18, n. 2, p. 197-215, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-86212018000200250

SZEREMETA, Bani; ZANNIN, Paulo Henrique Trombetta. A importância dos parques urbanos e áreas verdes na promoção da qualidade de vida em cidades. RA’EGA - O Espaço Geográfico em Analise, v. 29, p. 177–193, 2013. DOI: https://doi.org/10.5380/raega.v29i0.30747

VIEZZER, Jeniffer; BIONDI, Daniela; MARTINI, Angeline; SILVA, Dâmaris Araújo. O benefício microclimático proporcionado pela Praça Alfredo Andersen na cidade de Curitiba-PR. Ciência e Natura, 138 – 143, 2015 DOI: https://doi.org/10.5902/2179460X16229

ZAMPRONI, Kendra; BIONDI, Daniela; MARTINI, Angeline. Conforto térmico de uma rua arborizada com Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Standl. na cidade de Curitiba-PR. Revista Geografar, v. 8, n. 2, p. 8-25, 2013. DOI: https://doi.org/10.5380/geografar.v8i2.30607

ZARE, Sajad et al. Comparing Universal Thermal Climate Index (UTCI) with selected thermal indices / environmental parameters during 12 months of the year. Weather and Climate Extremes, v. 19, n. December 2017, p. 49–57, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.wace.2018.01.004

Downloads

Publicado

2023-04-17

Como Citar

Moura Cardoso, H., & Martini, A. (2023). BENEFÍCIO MICROCLIMÁTICO PROPORCIONADO PELAS ÁREAS VERDES DE VIÇOSA – MG. GEOFRONTER, 9(1). https://doi.org/10.61389/geofronter.v9i1.7400

Edição

Seção

Artigos