GEOGRAFIAS FEMINISTAS E INTERSECCIONALIDADE COMO METODOLOGIAS PARA LER E ESTAR NO MUNDO: INVESTIGANDO MULHERES TORCEDORAS DE FUTEBOL E O MACHISMO

Visualizações: 180

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/geofronter.v9i1.7717

Palavras-chave:

Geografias Feministas;, Relief Maps;, Interseccionalidade, Mulheres, Machismo

Resumo

Pesquisar a interseccionalidade em diferentes categorias nos auxilia a identificar os tipos de opressão sofridos por determinados grupos sociais. Em nosso caso, a identificação das opressões ocorridas vem de um grupo de seis mulheres distintas e de realidades diferentes que se identificam como torcedoras atuantes de dois clubes brasileiros de futebol, especificamente do estado do Rio Grande do Sul, Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e Sport Club Internacional. Para identificar e analisar o machismo ocorrido no dia a dia das mulheres torcedoras, em suas respectivas vivências em lugares estigmatizados como masculinos, utilizamos a técnica e ferramenta Relief Maps, criada e desenvolvida pela pesquisadora Maria Rodó-de-Zárate. Como resultados, através da criação dos mapas com as torcedoras, aliada às entrevistas, obtivemos a compreensão e a comprovação de violências manifestadas de variadas formas e em diferentes lugares.

Biografia do Autor

Paula Vanessa de Farias Lindo, Universidade Federal da Fronteira Sul

Doutora em Geografia. Pesquisadora e Professora adjunta da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Erechim/SC.

Stéfany Pereira, Universidade Federal da Fronteira Sul

Licenciada em Geografia pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Erechim/SC.

Referências

ALABARCES, P. Crónicas del aguante: fútbol, violencia y política. Buenos Aires: Capita Intelectual, 2012.

ALVAREZ, S. Feminismos Latinoamericanos. Estudos Feministas, v. 2, p. 265-284, 1998.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 1977.

BRESQUE, G. A. Virilidade e produto midiático: O Grenal como diferenciador do futebol gaúcho.2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil, 2020.

BUTLER, J. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Tradução de Jamille Pinheiro Dias. Theatre Journal, v. 40, n. 4, 519-531, 1988.

CAMPOS, F. R. G. Futebol e Geografia: possibilidade de apreensão através do conceito de espaço de representação do futebol. In: I Colóquio Nacional do Núcleo de Estudos em Espaço e Representações, Anais, v. 1, p. 1-14, 2006. DOI: https://doi.org/10.5380/geografar.v2i1.8493

CESAR, T., Silva, J. Geografia brasileira, poder, gênero e prestígio científico. Revista da ANPEGE, v. 17, n. 32, p. 244-258, 2021. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/anpege/article/view/12473/pdf. DOI: https://doi.org/10.5418/ra2021.v17i32.12473

CRENSHAW, K. A interseccionalidade na Discriminação de Raça e Gênero. VV. A. A. Cruzamento: raça e gênero, p. 7-16. Brasília: Unifem, 2004.

GARGALLO, F. Feminismo Latinoamericano. Revista Venezolana de Estudios de la Mujer, jan.-jun. 2004, p. 17-34.

GIULIANOTTI, R. Sociologia do futebol: dimensões históricas e socioculturais do esporte das multidões. São Paulo: Nova Alexandria, 2002.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE. Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/genero/20163-estatisticas-de-genero-indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Atlas da Violência 2021. São Paulo: FBSP, 2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/5141-atlasdaviolencia2021completo.pdf.

LINDO, P. Mapa da pesquisa de gênero na Geografia Brasileira (2010 a 2019): sistematização e análise. Revista da ANPEGE, v. 17, n. 32, p. 259-281, 2021. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/anpege/article/view/12488. DOI: https://doi.org/10.5418/ra2021.v17i32.12488

MASSEY, D. Pelo Espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

PEREIRA, Stéfany. O machismo na trajetória de vida de seis mulheres torcedoras da dupla grenal. 2022. 87 f. TCC (Graduação) – Curso de Geografia, Universidade Federal da Fronteira Sul, Erechim, 2022. Disponível em: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/5626.

RODÓ-DE-ZÁRATE, M. Developing geographies of intersectionality with Relief Maps: reflections from youth research in Manresa, Catalonia. Gender, place & culture, v. 21, n. 8, p. 925-944, 2014. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/0966369X.2013.817974. DOI: https://doi.org/10.1080/0966369X.2013.817974

SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721.

SILVA, J. M. (org.). Geografias subversivas: discursos sobre espaço, gênero e sexualidades. Ponta Grossa, PR: Todapalavra, 2009. Disponível em: https://www.todapalavraeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/04/E-book.pdf.

SILVA, J. M. A cidade dos corpos transgressores da heteronormatividade. Geo UERJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 18, p. 1-17, 2008. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/1343.

SILVA, J. M. Amor, paixão e honra como elementos da produção do espaço cotidiano feminino. Espaço e cultura, UERJ, Rio de Janeiro, n. 22, p. 97-109, 2007. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/3515.

SILVA, J. M.; ORNAT, M. J. Geografias feministas na América Latina: desafios epistemológicos e a decolonialidade de saberes. Journal of Latin American Geography, v. 19, n. 1, p. 163-171, 2020. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/744044. DOI: https://doi.org/10.1353/lag.2020.0019

SILVA, J. M.; ORNAT, M. J., Chimin Junior, A. B. (org.) Espaço, gênero e masculinidades plurais. Ponta Grossa, PR: Todapalavra, 2011.

TEIXEIRA, R. de A. A mulher no futebol: O bullying e o cyberbullying no contexto de gênero. 2016. 63 f. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, Brasil, 2016.

TREVISAN, M. A história do futebol para quem tem pressa. Rio de Janeiro: Valentina, 2019.

Downloads

Publicado

2023-08-14

Como Citar

Lindo, P. V. de F., & Pereira, S. (2023). GEOGRAFIAS FEMINISTAS E INTERSECCIONALIDADE COMO METODOLOGIAS PARA LER E ESTAR NO MUNDO: INVESTIGANDO MULHERES TORCEDORAS DE FUTEBOL E O MACHISMO. GEOFRONTER, 9(1). https://doi.org/10.61389/geofronter.v9i1.7717

Edição

Seção

Artigos