ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO CANTAGALO, TRÊS RIOS, RJ - BRASIL
Visualizações: 349DOI:
https://doi.org/10.61389/geofronter.v10.8317Palavras-chave:
Planejamento ambiental, Análise multicritério, sustentabilidade, ConservaçãoResumo
A apropriação desordenada dos recursos naturais torna necessária a adoção de processos continuados de planejamento e gestão, destinados ao ordenamento da exploração dos territórios, equilibrando conservação ambiental e relações socioeconômicas de forma que nenhum destes aspectos seja negligenciado. Os estudos de fragilidade ambiental são úteis para subsidiar o planejamento e conciliar tais aspectos. O presente trabalho tem por objetivo realizar o mapeamento da fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do córrego Cantagalo como subsídio ao poder público para a elaboração de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável em seu território. Informações a respeito dos componentes ambientais da bacia foram sobrepostas em um processo de análise multicritério. Os mapas foram gerados no ArcGis 10.2.1 a partir de cartas topográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na escala de 1:25.000. Áreas com fragilidade ambiental Muito Alta cobrem 32% da área total da bacia. A segunda classe mais abrangente é a de Média fragilidade ambiental, cobrindo 23%, seguida pelas classes Alta (22%), Baixa (20%) e Muito Baixa (3%). O mapeamento da fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do córrego Cantagalo foi eficaz para determinar as áreas mais sujeitas a fenômenos naturais perigosos e degradação ambiental. A predominância de áreas de muito alta fragilidade é reflexo da urbanização desordenada, ocupação irregular de Áreas de Preservação Permanente e redução da cobertura vegetal. Conclui-se que estudos complementares de viabilidade e de adequação ao cenário socioeconômico da bacia podem contribuir na deliberação sobre técnicas e políticas que promovam a sustentabilidade em seu território.
Referências
ALMEIDA, C. R. D. O papel do plano diretor na organização espacial das cidades: O caso do município de Três Rios. Dissertação (Mestrado em Ambiente Construído). Juiz de Fora: UFJF, 2012.
ATTANASIO, C. M. Manual técnico: Restauração e Monitoramento da Mata Ciliar e da
Reserva Legal para a Certificação Agrícola – Conservação da biodiversidade na cafeicutura. Piracicaba: IMMAFLORA, 2008. Disponível em: <http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/2011/11/Manual.pdf>. Acesso em: 31 de julho de 2019.
BACANI, V. M.; SAKAMOTO, A. Y.; LUCHIARI, A.; QUÉNOL, H. Sensoriamento Remoto e SIG Aplicados à Avaliação Da Fragilidade Ambiental de Bacia Hidrográfica. Mercator, v. 14, p. 119-135, 2015. DOI: https://doi.org/10.4215/RM2015.1402.0008
BRASIL. Lei Federal n° 12.651 de 12 de março de 2012. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12651-25-maio-2012-613076-normaatualizada-pl.pdf>. Acesso em: 31 de julho de 2019.
CORTINES, E.; MATOS, A. A. S.; PINTO, N. P.; FERRAZ, R. N. F. (2016) Avaliação de leitos fluviais: dados preliminares da sub-bacia do Córrego Cantagalo, Três Rios-RJ. Anais do 5° Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade, p. 596–601. Disponível em: <http://itr.ufrrj.br/sigabi/anais/5osigabi/>. Acesso em: 02 de novembro de 2018.
CORVALÁN, S. B.; GACIA, G. J. Avaliação Ambiental da APA Corumbataí segundo critérios de erodibilidade do solo e cobertura vegetal. Geociências, vol. 30, p. 269–283, 2011.
COSTA, C. W.; PIGA, F. G.; MORAES, M. C. P.; DORICI, M.; SANGUINETTO, E.C.; LOLLO, J. A.; MOSCHINI, L. E.; LORANDI, R.; OLIVEIRA, L. J. Fragilidade ambiental e escassez hídrica em bacias hidrográficas : Manancial do Rio das Araras – Araras, SP. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, vol. 20, p. 946–958, 2015. DOI: https://doi.org/10.21168/rbrh.v20n4.p946-958
CPRM-Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. GeoSGB – Dados, Informações e Produtos do Serviço Geológico Brasileiro. Disponível em: <http://geosgb.cprm.gov.br/>. Acessado em 17 de agosto de 2018.
CREPANI, E.; MEDEIROS, J. S.; HERNANDEZ, F. P.; FLORENZANO, T. G.; DUARTE, V.; BARBOSA, C. C. F. Sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados ao zoneamento ecológico econômico e ao ordenamento territorial. INPE. São José dos Campos, 2001. Disponível em: <http://sap.ccst.inpe.br/artigos/CrepaneEtAl.pdf> . Acesso em: 31 de julho de 2019.
DOBSON, A.; BRADSHAW, A.; BAKER, A. Hopes for the Future: Restoration Ecology and
Conservation Biology. Science, vol. 277 p. 515–52, 1997. DOI: https://doi.org/10.1126/science.277.5325.515
FARIA, D. C. Análise da arborização urbana e da percepção de seus benefícios pela população do município de Três Rios-RJ. Monografia (Bacharel em Gestão Ambiental). Três Rios: UFRRJ, 2014.
EMBRAPA-Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Mapa de Solos do Brasil. Escala de 1:5.000,000. 2001. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/Ambdata/mapa_solos.php> . Acesso em: 17 de agosto de 2018.
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. BC25_RJ - Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado do Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bases_cartograficas_continuas/>. Acesso em: 17 de agosto de 2018.
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia. Dados em gráficos. Estações Automáticas. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/> . Acesso em: 10 de setembro de 2018.
JACOMINE, P. A. Nova Classificação Brasileira de Solos. Anais da Academia
Pernanbucana de Ciências Agronômicas. Vol. 8-9. p. 161-179, 2009.
KAWAKUBO, F. S.; MORATO, R. G.; CAMPOS, K. C.; LUCHIARI, A.; ROSS, J. L. S. Caracterização empírica da fragilidade ambiental utilizando geoprocessamento. Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Goiânia, 2005. Disponível em: <http://marte.sid.inpe.br/col/ltid.inpe.br/sbsr/2004/11.19.16.10/doc/2203.pdf>. Acesso em: 6 de agosto de 2018.
LEAL, G. C. S. G.; FARIAS, M. S. S.; ARAUJO, A. F. O processo de industrialização e seus
impactos no meio ambiente urbano. Qualitas, vol. 7, p. 1–11, 2008.
LIMA, E. C.; SILVA, E. V. Estudos geossistêmicos aplicados à bacias hidrográficas. Revista Equador, vol. 4, p. 3–20, 2015. DOI: https://doi.org/10.26694/equador.v4i4.4367
LIMA, W. P. Hidrologia florestal aplicada ao manejo de bacias hidrográficas. Departamento de Ciências Florestais Escola Superior de Agricultura “Luiz Queiroz”. Piracicaba: USP, 2008. Disponível em: <https://www.ipef.br/hidrologia/hidrologia.pdf>. Acesso em: 31 de julho de 2019.
LOURENÇO, R. M. Diagnóstico físico-conservacionista como aporte para a análise da degradação no médio curso da bacia hidrográfica do rio Aracatiaçu (CE) – Brasil. Dissertação (Mestrado em Geografia). Fortaleza, CE: UFCE, 2013.
LOURO, C. A. L.; MENEZES, J. O planejamento na gestão ambiental urbana dos municípios brasileiros. Caderno de Estudos Geoambientais, vol. 3, p. 62-75, 2012.
MACIEL, S. A. Análise da relação chuva-vazão na bacia hidrográfica do rio Paranaíba, Brasil. Dissertação (Mestrado em Geografia), Uberlândia: UFU, 2017.
OLIVEIRA, O. J. S. Impacto ambiental decorrente da atividade agropecuária na bacia do
Córrego do Macuco, Capitão Andrade – Minas Gerais. Instituto Federal de
Educação, Ciências e Tecnolofgia de Minas Gerais, 2017. .Disponível em: <http://www3.ifmg.edu.br/site_campi/v/images/arquivos_governador_valadares/TC68C_Ozeias.pdf>. Acesso em: 5 de maio de 2018.
OLIVEIRA, T. J. F. Técnicas para recuperação de mata ciliar do rio Paraíba do Sul, na região Noroeste Fluminense. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal). Campos dos Goytacazes: UENF, 2014.
PAZ, A. R. Hidrologia Aplicada. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. 138 p, 2007. Disponível em: <http://www.ct.ufpb.br/~adrianorpaz/artigos/apostila_HIDROLOGIA_APLICADA_UERGS.pdf> . Acesso em: 17 de outubro de 2018.
PEREIRA, R. V. Análise da fragilidade ambiental a processos erosivos no municipio de Campos Gerais-MG. Dissertação (Mestrado em Geografia), Juiz de Fora: UFJF, 2014.
PIRES, J. S. R.; SANTOS, J. E.; DEL PRETE, M. E. A Utilização do conceito de bacia hidrográfica para a conservação dos recusos naturais. In: SCHIAVETTI, A; CAMARGO, A. F. M.; Editores. Conceitos de bacias hidrográficas: teorias e aplicações. Editus.Ilhéus, BA. 293 p, 2002.
RIENTE, L. A. Efeitos do antrópicos na qualidade da água do Córrego Cantagalo – Três Rios/RJ. Monografia (Bacharel em Gestão Ambiental) Três Rios: UFRRJ, 2017.
ROSS, J. L. S. Análise Empírica Da Fragilidade Dos Ambientes Naturais Antropizados. Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo. Vol. 8, p. 63–74, 1994. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47327/51063>. Acesso em 4 de abril de 2018. DOI: https://doi.org/10.7154/RDG.1994.0008.0006
ROSS, J. L. S. Landforms and environmental planning: potentialities and fragilities. Revista do Departamento de Geografia – USP, Vol. Especial 30 Anos p. 38-51, 2012. DOI: https://doi.org/10.7154/RDG.2012.0112.0003
SANTOS, J.O.; ROSS, J. L. S. Fragilidade Ambiental Urbana. Revista Da ANPEGE vol. 10, p. 127–144, 2012. DOI: https://doi.org/10.5418/RA2012.0810.0009
SANTOS, R. F. Planejamento Ambiental: Teoria e Prática. São Paulo: Oficinas de Texto. 170 p., 2004.
SANTOS, W. L. O processo de urbanização e impactos ambientais em bacias hidrográficas: o caso do Igarapé Judia-Acre-Brasil. Dissertação (Mestrado em Ecologia) Rio Branco: UFAC, 2005.
SILVA, G. A. B.; DAVID, P. L. D. A utilização do SIG para o planejamento urbano. ANAP Brasil. Vol. 12, p.79–89, 2017. DOI: https://doi.org/10.17271/19843240102120171675
SILVA, L. A. As Áreas de Preservação Permanente (APP´s) dos corpos d água urbanos: um espaço híbrido. 5° Encontro da ANPPAS, 2010. Disponpivel em: <http://www.anppas.org.br/encontro5/cd/artigos/GT12-823-933-20100903192602.pdf> Acesso em: 12 de agosto de 2018.
SILVA, N. Plano Municipal de Saneamento Básico e Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Três Rios- RJ. Vol. 1, 2016 Disponível em: <https://saaetri.com.br/noticia/44:plano-municipal-de-saneamento-basico-eapresentado-aos-trirrienses> . Acesso em: 10 de outubro de 2018 DOI: https://doi.org/10.17271/2318847242520161337
SISTEMA NACIONAL DE CADASTRO AMBIENTAL RURAL – Consulta Pública. Disponpivel em: <http://www.car.gov.br/publico/imoveis/index> . Acesso em: 05 de novembro de 2018.
SPÖRL, C. Metodologia para elaboração de modelos de fragilidade ambiental utilizando redes neurais. Tese (Doutorado em Geografia). São Paulo: USP, 2007.
SPÖRL, C. Análise da fragilidade ambiental relevo-solo com aplicação de três modelos alternativos nas altas bacias do Rio Jaguari-Mirim, Ribeirão do Quartel e Ribeirão da Prata. Dissertação (Mestrado em Geografía). São Paulo: USP, 2001.
TARGA, M. S.; BATISTA, G. T.; DINIZ, H. N.; DIAS, N. W.; MATOS, F. C. Urbanização e escoamento superficial na bacia hidrográfica do Igarapé Tucunduba, Belém, PA, Brasil. Ambiente & Água, vol. 7, p. 120–142, 2012. DOI: https://doi.org/10.4136/ambi-agua.905
TEIXEIRA, G. M. Serviços ambientais hidrológicos das Áreas de Preservação
Permanente em topo de morros. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais). Seropédica: UFRRJ, 2015.
TUCCI, C. E. M. Águas Urbanas. Estudos Avançados, vol. 22, p. 97–112, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142008000200007
TUCCI, C. E. M. Hidrologia: Ciência e Aplicação. 2° ed. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 943 p. 2001.
USGS – United States Geological Service. Earth Explorer. SRTM. Disponível em:<https://earthexplorer.usgs.gov/>. Acesso em: 15 de junho de 2018.
Downloads
- ARTIGO 208
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores concedem à revista GEFRONTER os direitos autorais sobre o texto aceito para publicação. Autorizações especiais podem ser concedidas mediante aceite do editor do periódico.