MEGAINFRAESTRUTURAS E AGRONEGÓCIO NA AMAZÔNIA LEGAL
agentes, dinâmicas e efeitos do corredor Norte/BR - 163
DOI:
https://doi.org/10.61389/geofronter.v11.9075Palavras-chave:
Amazônia, Conflitos por terra, Agronegócio, NeoextrativismoResumo
A Amazônia Legal se inscreve historicamente na dinâmica nacional e global capitalista, por meio, sobretudo, de processos de territorialização de agentes econômicos (empresariais e estatais), calcados em megainfraestruturas. Territorialização essa que recentemente está associada a financeirização dos sistemas de infraestrutura e do regime agroalimentar corporativo. Megainfraestruturas que se dispersarm pela Amazônia Legal, sudoeste do Pará, em especial no Corredor Norte/BR-163 (envolvendo municípios de Novo Progresso, Trairão, Rurópolis e Itaituba). O objetivo deste artigo é identificar e análisar os projetos, de agentes econômicos e os efeitos socioterritoriais do referido Corredor, entre 2014 e 2023. O trabalho baseia-se principalmente em pesquisa de campo, pesquisa documental e entrevistas. Verifica-se novos projetos: portuários, hidroviários, rodoviários, termelétricos e hidrelétricos assim como “novos” agentes econômicos: concessionária da BR-163, tradings e multinacionais, associadas a infraestruturas - armazéns, silos, pátios de triagem, postos de combustível, portos e balsas. Observa-se alguns efeitos: a expansão do plantio de soja, desmatamentos, incêndios, aquecimento do mercado de terras, conflitos e violências. Presencia-se uma intensa “nova” grafia e controle do território em curso nessa região, com a consolidação de um complexo baseado em grãos-pecuária-madeira-fertilizante-combustível-infraestrutura, como forma de promover a fluidez e os ganhos da cadeia do agronegócio
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