INSULARIDADES RIBEIRINHAS E À BEIRA-RIO: EXPRESSÕES DA RELAÇÃO SOCIEDADE E NATUREZA NA AMAZÔNIA METROPOLITANA
Visualizações: 1008Palabras clave:
Espaços Insulares, Sociedade, Natureza, Urbanização, BelémResumen
A partir das especificidades dos espaços insulares de Belém (PA), discute-se a relação sociedade-natureza considerando os processos de urbanização que definem a produção do espaço na Amazônia. Mostram-se as ilhas como ambientes rurais, urbanos e híbridos, articuladas a diferentes circuitos da economia urbana. Sugere-se, igualmente, uma tipologia desses espaços pautada na complexidade de usos e de formas espaciais, responsáveis por promover tensões entre elementos das urbanidades e das insularidades que, ora se colocam como resistências ao processo de metropolização, ora vão ao encontro desse mesmo processo. Por fim, problematizam-se as tendências de apropriação desses espaços insulares em face das políticas urbanas, ambientais e de turismo que neles repercutem. Para o estudo lançou-se mão da revisão bibliográfica teórico-conceitual de temas, teorias, conceitos e noções pertinentes, revisão bibliográfica de caráter histórico-geográfico e levantamento de dados secundários sobre a região insular de Belém, como também a respeito das políticas públicas, além da observação sistemática em campo sobre a interação cidade-rio-várzea-floresta.Citas
ANA. Rede Hidrometeorológica Nacional. Disponível em: http://www.snirh.gov.br/hidroweb/publico/mapa_hidroweb.jsf. Acesso em: 06 fev. 2018.
BECKER, B. Amazônia. 5. ed. São Paulo: Ática, 1997.
BELÉM. Lei Orgânica do Município de Belém, de 30 de março de 1990. Diário Oficial do Município de Belém. Belém, PA, 31 mar. 1990. Disponível em: <http://www.belem.pa.gov.br/semaj/app/paginas/lom.html>. Acesso em: 27 abr. 2017.
BEZERRA NETO, J. M. Ousados e insubordinados: protesto e fugas de escravos na Província do Grão Pará, 1840/1860. Topói, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 73-112, jan. 2001.
BICUDO JÚNIOR., E. C. O circuito superior marginal: produção de medicamentos e o território brasileiro. 2006. 305f. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana) – Departamento de Geografia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
BRASIL. Ministério do Turismo. Portaria n. 246, de 8 de novembro de 2011. Estabelece critérios para investimentos no Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional – PRODETUR NACIONAL. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 236, 9 dez. 2011. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=106>. Acesso em: 19 out. 2017.
CASTRO, E.; CAMPOS, I. Formação socioeconômica do Estado do Pará. In: ______. (Orgs.). Formação socioeconômica da Amazônia. Belém: NAEA, 2015, p. 401-482.
COSTA, G. G. As cidades amazônicas na América Portuguesa. In: SIMPÓSIO LUSO-BRASILEIRO DE CARTOGRAFIA HISTÓRICA, 5, 2013, Petrópolis. Anais eletrônicos... Petrópolis: UFRJ, 2013. Disponível em: <https://even3storage.blob.core.windows.net/anais/59681.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2017.
DERGAN, J. M. B. História, memória e natureza: as comunidades da Ilha de Combu – Belém (PA) 1980-2006. 2006. 217f. Dissertação (Mestrado em História Social da Amazônia) - Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de História, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006.
EMMI, M. F. Fluxos migratórios internacionais para a Amazônia brasileira do final do século XIX ao início do século XX: o caso dos italianos. In: Aragón, L. (Org.). Migração internacional na Pan-Amazônia. Belém: NAEA, 2009.
FRÉMONT, A. A região, espaço vivido. Coimbra: Livraria Almedina, 1980.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Economia do turismo: uma perspectiva macroeconômica 2003 – 2009. Rio de Janeiro: Estudos e Pesquisas, n. 18, 2012. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Economia_Turismo/2003_2009/EcoTurismo2003_2009.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017.
IBGE. Bases cartográficas contínuas. Disponível em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bases_cartograficas_continuas/bcim/versao2016/shapefile/. Acesso em : 06 fev. 2018.
LAENA. Laboratório de Análises Espaciais Professor Doutor Thomas Hurtienne, do Nucleo De Altos Estudos Amazônicos. Belém, 2018.
LEFÈBVRE, H. La productión de l’espace. Paris: Anthropos, 1974.
LEFÈBVRE, H. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo: Ática, 1991. (Série Temas, 24, Sociologia e Política).
MACÊDO, S. C. F. Daquilo que se come: uma história do abastecimento e da alimentação em Belém (1850-1900). 2009. 227f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009.
MARIN, R. E. A. Camponeses, donos de engenhos e escravos na região do Acará nos séculos XVIII e XIX. Papers do NAEA, Belém, ano 5, n. 153, p. 1-29, out. de 2000.
MIRANDA, L. M. Cidades, águas e ilhas no estuário amazônico. Labor & Engenho, Campinas, v. 9, n. 2, 2015. Disponível em: <http://www.conpadre.org>. Acesso em: 14 dez. 2017.
MOREIRA, E. Sentido econômico da fundação de Belém. Novos Cadernos NAEA, Belém, v. 13, n. 2, p. 309-313, dez., 2010.
NÓBREGA, W. R. M. Participação popular e as políticas públicas de turismo na Amazônia: o Proecotur no distrito de Mosqueiro, Belém-Pa. 2006. 157f. Dissertação (Mestrado em Cultura e Turismo) – Programa de Pós-Graduação em Cultura e Turismo, Núcleo de Turismo e Desenvolvimento Regional, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, 2006.
NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL DA AMAZONIA. Ribeirinhos das ilhas de Belém. Manaus: PNCSA/UFAM, 2008, 11 p. (Série Movimentos Sociais e Conflitos nas Cidades da Amazônia, 8).
PARÁ. Lei n. 7.026, de 30 de julho de 2007. Altera dispositivos da Lei nº 5.752, de 26 de julho de 1993, que dispõe sobre a reorganização e cria cargos na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – SECTAM, e dá outras providências. Diário Oficial do Estado do Pará, Belém, n. 211, 30 jul. 2007. Disponível em: <https://www.semas.pa.gov.br/2007/07/30/9773/>. Acesso em: 27 jan. 2018.
PARÁ. Companhia Paraense de Turismo. Diagnóstico da área e das atividades turísticas do Pólo Belém – PA. Belém: PARATUR; CHIAS Marketing, 2009.
PARÁ. Governo do Estado do Pará. Plano Ver-o-Pará: plano estratégico de turismo do Estado do Pará: 2012-2002 – Relatório Executivo. Belém: Chias Marketing Consultoria, 2011.
PARÁ. Decreto nº 1.570, de 29 de junho de 2016. Institui o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Pará – Pará 2030 e dá outras providências. Diário Oficial do Estado do Pará, n. 33.159, 30 jun. 2016.
PERES, E. S.; AZEVEDO, A. D. M. A presença negra na Amazônia: um olhar sobre a vila de mangueiras em Salvaterra (PA). Revista Marupiíra, v. 2, n. 1, 2015. Disponível em: <https://paginas.uepa.br/seer/index.php/marupiira/article/view/909>. Acesso em: 05 jan. 2018.
RODRIGUES, E. T. Organização comunitária e desenvolvimento territorial: o contexto ribeirinho em uma ilha da Amazônia. 2006. 120f. Dissertação (Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.
SANTOS, M. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987.
SANTOS, M. Por uma economia política da cidade: o caso de São Paulo. São Paulo: Educ, 1994.
SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2004. (Coleção Milton Santos, 4).
SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. 5. ed. São Paulo: EDUSP, 2008. (Coleção Milton Santos, 11).
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 8. ed. São Paulo: EDUSP, 2014. (Coleção Milton Santos, 1).
SEDEME. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia. Balanço do primeiro ano do programa Pará 2030. Belém: SEDEME, 2017.
SILVA, M. A. S. A extinção da companhia de comércio e o tráfico de africanos para o estado do Grão-Pará e Rio Negro (1777-1815). 2012. 127 f. Dissertação (Mestrado em História Social da Amazônia) – Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012.
SOUSA, J. O. Mão-de-obra indígena na Amazônia Colonial. Em Tempo de Histórias, Brasília, v. 6, n. 6, p. 1-18, 2002.
TAVARES, D. R. As influências da Belle-Époque e a prática de educação patrimonial em Mosqueiro. In: SIMPOSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 29, 2017, Brasília. Anais eletrônicos... Brasília: SNH, 2017. Disponível em: <http://www.snh2017.anpuh.org/site/anais>. Acesso em 14 jan., 2017.
TRINDADE JÚNIOR, S-C. C. Formação metropolitana de Belém (1960-1997). Belém: Paka-Tatu, 2016. (Col. Belém 400 anos).