ANÁLISE LOCACIONAL DA INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR AGROTÓXICOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE BRASILEIRA ENTRE 2007 A 2013

Visualizações: 684

Autores/as

  • Luciana Virginia Mario Bernardo Unioeste
  • Maycon Jorge Ulisses Saraiva Saraiva UFGD
  • Clandio Ruviaro UFGD

DOI:

https://doi.org/10.61389/geofronter.v7.5549

Palabras clave:

Intoxicação via agrotóxicos, Saúde pública, Produção agrícola.

Resumen

A intoxicação exógena ocorre quando há constatação de um desequilíbrio orgânico no sistema biológico, resultado da inteiração com agentes tóxicos. Dentre as possibilidades que podem provocar esta reação estão os agrotóxicos, que podem ser classificados em agrícola, doméstico e de saúde pública. O enfoque deste estudo está nos agrotóxicos agrícolas, tendo em vista que a intoxicação por este agente é considerada um problema de saúde pública, devido ao uso frequente destes agroquímicos no Brasil, a amplitude das possibilidades de intoxicação devida esta frequência, bem como, o número de casos registrados no país. Assim, objetivou-se identificar o número de intoxicações exógenas humanas via agrotóxicos em ambientes de trabalho e ainda, a tentativa de suicídio, ocorridas na região Centro-Oeste brasileira. Além disso, investigar a relação existente entre o número destes grupos de intoxicados com variáveis de desenvolvimento, no período de 2007 a 2013. Os anos foram escolhidos devido não estarem sujeitos a revisão dos dados. Utilizou-se a ferramenta de análise regional, Quociente Locacional – QL. Além disso, fez-se uso da correlação de spearman para verificar a relação entre a intoxicação no ambiente de trabalho e autointoxicações com variáveis relacionadas ao desenvolvimento. O que pode ser observado é que o número de localizações significativas é crescente para ambas as formas de intoxicação exógena, no período analisado. Em relação a correlação, obteve-se correlação moderada entre a autointoxicação e o analfabetismo, esta variável é considerada significativa para ampliar as possibilidades de suicídio na literatura, tendo em vista que a mesma está relacionada a baixas condições socioeconômicas.

Biografía del autor/a

Luciana Virginia Mario Bernardo, Unioeste

Doutora em Desenvolvimento Regional e Agronegócios.

Maycon Jorge Ulisses Saraiva Saraiva, UFGD

Doutorando em Geografia

Clandio Ruviaro, UFGD

Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios -UFGD

Citas

ALVES, M. A. G.; CADETE, M. M. M. Tentativa de suicídio infanto-juvenil: lesão da parte ou do todo? Ciência & Saúde Coletiva, 20(1), p. 75-84, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232014201.22022013

BARROS, G. S. C; CASTRO, N. R. Produto Interno Bruto do agronegócio e a crise brasileira. Revista de Economia e Agronegócio, 15(2), p. 156-162, 2017. DOI: https://doi.org/10.25070/rea.v15i2.508

BEINTEMA, N. M.; STADS, G. J. Agricultural R&D in the new millennium: Progress for some, challenges for many. Food Policy Report. Washington, DC: IFPRI., p. 1-32, 2011.

BERNARDES, J. A. Novas fronteiras do capital no Cerrado: dinâmica e contradições da expansão do agronegócio na região Centro-Oeste, Brasil. Scripta Nova, 19(507), 1-28, 2015.

CALDAS, E. D. Pesticide Poisoning in Brazil. Encyclopedia of Environmental Sciences, 419-427, 2011. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-0-444-52272-6.00590-0

CALIXTO FILHO, M.; ZERBINI, T. Epidemiologia do suicídio no Brasil entre os anos de 2000 e 2010. Saúde, Ética & Justiça, 21(2), p. 45-51, 2016. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v21i2p45-51

CARNEIRO, F. F. et al. Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Rio de Janeiro: EPSJV; São Paulo: Expressão Popular, 2015.

CASALI, A. L.; SCHLOSSER, J. F.; GANDOLFO, M. A.; UHRY, D.; RODRIGUES, F. A. Nível de capacitação e informação dos operadores de máquinas para a aplicação de agrotóxicos. Ciência Rural, 45(3), 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20121099

CHEN, K.; FLAHERTY, K.; ZHANG, Y. China: recent developments in agricultural R& D. Food Policy Report. Washington, DC: IFPRI., p. 1-6, 2012.

DAMALAS, C. A.; ELEFTHEROHORINOS, I. G. Pesticide exposure, safety issues, and risk assessment indicators. International Journal of Environmental Research and Public Health, 8, p. 1402-1419, 2011. DOI: https://doi.org/10.3390/ijerph8051402

DANTAS, D. S. A significação da morte voluntária: estudo sobre o papel da mídia em suicídios contemporâneos. Lumina, 8(1/2), 47-61, 2005.

DATASUS – Departamento de Informática do SUS. Epidemiológicas e Morbidade. Disponível em: < http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203>. Acesso em: mai. 2019.

DURKHEIM, E. O suicídio: estudo sociológico. Rio de Janeiro: Presença, 1996.

FAO - Food and agriculture organization of the United Nations. Global agriculture towards 2050. High level expert forum. Roma, outubro de 2009.

FARINHA, M. J. U. S.; BERNARDO, L. V. M.; DA MOTA, A. A. Considerações sobre intoxicação humana por agrotóxicos no centro-oeste brasileiro, no período de 2008 a 2013. Hygéia, 13(26), p. 114-125, 2017. DOI: https://doi.org/10.14393/Hygeia132609

FERRERA DE LIMA, J.; ALVES, L. R.; PIFFER, M.; PIACENTI, C. A. Análise regional das mesorregiões do estado do Paraná no final do século XX. Revista Análise Econômica, (46), p. 7-26, 2006.

FIRJAN – Federação da Indústria do Estado do Rio de Janeiro. Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal. Disponível em: < http://www.firjan.com.br/ifdm/>. Acesso em: mai. 2019.

FREDERICO, S. As Cidades do Agronegócio na Fronteira Agrícola Moderna Brasileira. Caderno Prudentino de Geografia, 1(33), p.5-23, 2011.

GIARETTA, J.; DA SILVA, D. J. Expansão do cultivo da soja na capital nacional do agronegócio – Sorriso/MT: 1985 a 2014. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 8(1), 2017. DOI: https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0013

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal. Disponível em: < https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pam/tabelas>. Acesso em: mai. 2019a.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografico-2010/inicial>. Acesso em: mai. 2019b.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Malhas Municipais Digitais. 2015.

KLEIMANN A; KLEIMANN J. The appeal of experience; the dismay of images: cultural appropriations of suffering in our time. Daedalus, 125, p. 1-23, 1996. DOI: https://doi.org/10.1525/9780520353695-003

MAUSS, M. Sociologia e antropologia. São Paulo: EPU/EDUSP. 1974.

MENDONÇA, M. L. O papel da agricultura nas relações internacionais e a construção do conceito de agronegócio. Contexto Internacional, 37(2), p. 375 – 402, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-85292015000200002

MEYER, W.; COMPAGNON, A. M.; LOPES, R. A. P.; ARRIEL, F. H.; GUILHERME, I. H. Avaliação de operadores e técnicos de manutenção de máquinas agrícolas no setor canavieiro. Multi-Science Journal, 1(3), p. 64-68, 2015. DOI: https://doi.org/10.33837/msj.v1i3.68

MINISTÉRIO DO TRABALHO. Rais – Relação Anual de Informações Sociais. Disponível em: <http://www.rais.gov.br/sitio/index.jsf>. Acesso em: mai. 2018.

OLIVEIRA, G. B. Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento. Revista FAE, 5(2), P. 37-48, 2002.

RIGOTTO, R. M.; VASCONCELOS, D. P.; ROCHA, M. M. Uso de agrotóxicos no Brasil e problemas para a saúde pública. Caderno de Saúde Pública, 30(7), p. 1-3, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311XPE020714

SANTANA, M. R.; GUERRERO, J. I.; RIQUELME, M. C.; SCHEEPERS, P. T. J. Assessment of Health Care and Economic Costs Due to Episodes of Acute Pesticide Intoxication in Workers of Rural Areas of the Coquimbo Region, Chile. Value in Health Regional Issues, 5, p. 35-39, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.vhri.2014.07.006

SANTANA, V. S.; MOURA, M. C. P.; FERREIRA E NOGUEIRA, F. Mortalidade por intoxicação ocupacional relacionada a agrotóxicos, 2000 – 2009, Brasil. Revista Saúde Pública, 47(3), 598-606, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004306

SCATOLIN, F. D. Indicadores de desenvolvimento: um sistema para o Estado do Paraná. Porto Alegre, 1989. Dissertação (Mestrado em Economia) – Universidade Federal do rio Grande do Sul.

SOUSA, R.; CABRAL, D. Indicadores de localização, especialização, e diversificação e análise shift-share: uma aplicação às NUT III da região Norte no período 1986-1998. Núcleo de Investigação em Políticas Económicas, Universidade do Minho, 2001.

VELOSO, C.; MONTEIRO, C. F. S.; VELOSO, L. U. P.; FIGUEIREDO, M. L. F.; FONSECA, R. S. B.; ARAÚJO, T. M. E.; MACHADO, R. S. Violência autoinfligida por intoxicação exógena em um serviço de urgência e emergência. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38(2), p. 1-8, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.02.66187

VIEIRA, L. P.; SANTANA, V. T. P.; SUCHARA, E. A. Caracterização de tentativas de suicídio por substâncias exógenas. Caderno de Saúde Coletiva, 23(2), p. 118-123, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/1414-462X201500010074

VIEIRA FILHO, J. E. R. Efeito poupa-terra e ganhos de produção no setor agropecuário brasileiro. Brasília: IPEA, 2018.

WAN, N. Pesticides exposure modeling based on GIS and remote sensing land use data. Applied Geography, 56, p. 99-106, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.apgeog.2014.11.012

WORLD BANK. Enhancing agricultural innovations: How to go beyond strengthening research systems. Washington, DC: The World Bank, 2006. DOI: https://doi.org/10.1596/978-0-8213-6741-4

Publicado

2021-03-05

Cómo citar

Bernardo, L. V. M., Saraiva, M. J. U. S., & Ruviaro, C. (2021). ANÁLISE LOCACIONAL DA INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR AGROTÓXICOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE BRASILEIRA ENTRE 2007 A 2013. GEOFRONTER, 7(1). https://doi.org/10.61389/geofronter.v7.5549

Número

Sección

Artigos