BACIAS HIDROGRÁFICAS, ESCALA DE APROXIMAÇÃO PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL

Visualizações: 773

Autores

Palavras-chave:

Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Unidade Territorial Básica, Geoprocessamento.

Resumo

A gestão político-administrativa municipal carece de uma escala adequada para o planejamento e ordenamento territorial urbano e rural. As bacias hidrográficas, além de representar naturalmente a geomorfologia do terreno, permite mensurar todos as características físicas e socioeconômicas de forma transparente sem apresentar discordâncias. Objetivando estabelecer o a unidade de planejamento municipal o instrumento das análises integradas em visões estratégicas, buscar-se-á inicialmente estabelecer a escala apropriada. Com as ferramentas de geotecnologia a delimitação das bacias inicia com levantamento topográfico, seguindo pela construção do Modelo Numérico do Terreno – MNT. A geração das bacias foi automatizada, seguindo os procedimentos: preenchimento de sinks; direção de fluxo; fluxo acumulado; e delimitação de bacias. Para melhor aparelhamento no ordenamento territorial, este trabalho criou a delimitação das bacias para todo território em escalas do município de 1:30.000 e para a sede urbana 1:10.000, constituindo subsídio para planejar o espaço municipal. Para o município de Campo Grande, capital do estado de Mato Groso do Sul, chegou-se a configuração das 169 bacias hidrográficas da Área Municipal e para a 58 micro bacias para Sede Urbana. A metodologia aplicada mostra-se adequada e de fácil utilização, podendo ser empregada a estudos em outras localidades, assegurando a acurácia e precisão cartográfica. O Zoneamento Ecológico-Econômico de Campo Grande, lei municipal n. 6.407/2020 CAMPO GRANDE (2020), institui as bacias e microbacias aqui delimitadas como unidade territorial de planejamento ambiental. Assim assumindo as bacias e microbacias como a unidade de planejamento e ordenamento da paisagem no município.

Biografia do Autor

Fábio Martins Ayres, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS, Geografia Bacharelado - Campo Grande, MS

Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado Em Geografia pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB (1999), mestrado em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica Dom Bosco (2004) e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela Universidade Anhanguera - Uniderp (2018), ainda é especialista em Sistema de Informações Geográficas Aplicadas ao Meio Ambiente pela UCDB (2003), especialista em Gestão Integrada de Saneamento Universidade de Brasília - UNB (2008) e especialista em Elaboração e Gerenciamento de Projetos para Gestão Municipal de Recursos Hídricos Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento, georreferenciamento, sistema de informações geográfica, sensoriamento remoto, planejamento e gestão ambiental, planejamento e ordenamento territorial e regional, políticas plúblicas e ensino

Maria Helena da Silva Andrade, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, FAENG – Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia

Possui doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo-USP (2011) e mestrado em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1999). Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia - FAENG. Tem experiência na área de Ecologia de Ecossistemas Aquáticos, com ênfase em Macroinvertebrados bentônicos e índices de qualidade de água. Estuda as questões relacionadas ao planejamento ambiental urbano e tem experiência, como técnica, em elaboração de Plano Diretor. É defensora e atua na causa indígena. 

Adriana Bilar Chaquime dos Santos, Universidade Federal de mato Grosso do Sul – UFMS – PPGEO – CPAQ

Possui graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2019). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia, Mestranda em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus Aquidauana, turma 2020/22, na qual o Exame de Qualificação acontecerá dia 23 de setembro de 2021, com o título da pesquisa: ?Análise da vulnerabilidade ambiental na bacia hidrográfica do Ribeirão Vermelho/MS? , sob a orientação da Professora Doutora Elisângela Martins de Carvalho e Coorientação do Professor Doutor Fabio Martins Ayres, término da pesquisa março de 2022. Cursando Geografia Licenciatura pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Sarah Couto de Freitas, Universidade de São Paulo, USP

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus Campo Grande (2019). Atualmente mestranda em Geografia (Geografia Física) na Universidade de São Paulo (Bolsista CAPES). Participa do Laboratório de Climatologia e Biogeografia do Departamento de Geografia da USP. Tem experiência na área de Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade ecológica da água, uso e ocupação da terra e conservação de áreas protegidas.

Referências

AYRES, F. A.; Análise da Paisagem e Ordenamento Territorial, por meio do Zoneamento Ecológico Econômico Municipal. 134p. Tese (Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional). Universidade Anhanguera - Uniderp, Campo Grande, 2018.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial, Brasília, 1988.

BRASIL, Lei Federal 9.433 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário Oficial, Brasília, 1997.

BRASIL, Decreto Federal 4.297. Regulamenta o art. 9º, inciso II, da Lei nº 6.938, de agosto de 1981, estabelecendo critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil – ZEE, e dá outras providências. Diário Oficial. Brasília, 2002.

BURROUGH, P.A.; MACDONNELL. Principles of geographical information systems. New York: Oxfor University Press, 1998. 333p.

CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A.M.V. Introdução à ciência da geoinformação. São José dos Campo: INPE, 2001. 345p.

CAMPO GRANDE, Decreto Municipal 12.680 Aprova o Plano Diretor de Drenagem Urbana do Município de Campo Grande – MS. Diário Oficial de Campo Grande - DIOGRANDE, Poder Executivo. Campo Grande MS. 10 jul. 2015 n. 4.313.

CAMPO GRANDE, Decreto n. 12.254, de 26 de dezembro de 2013. Aprova o Plano Municipal de Saneamento Básico de Campo Grande. Diário Oficial de Campo Grande - DIOGRANDE, Poder Executivo. Campo Grande MS. 27 dez. 2013 n. 3.921.

CAMPO GRANDE, Lei n. 341, de 04 de dezembro de 2018. Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Campo Grande (PDDUA) e dá outras providências. Diário Oficial de Campo Grande – DIOGRANDE, Poder Executivo. Campo MS. 03 de abr. 2019 n. 5.539.

CAMPO GRANDE, Lei n. 6.407, de 14 de janeiro de 2020. Institui o Zoneamento Ecológico-Econômico do Município de Campo Grande – ZEE CG, aprova a primeira aproximação e dá outras providências. Diário Oficial de Campo Grande - DIOGRANDE, Poder Executivo. Campo Grande MS. 15 jan. 2020 n. 5.805.

DIAS, L.S.O.; ROCHA, G.A.; BARROS, E.U.A.; MAIA, P.H.P. Utilização do radar interferométrico para delimitação automática de bacias hidrográficas. Bahia Análise & Dados, Salvador, v. 4, n.2. p. 265-271. 2004.

ESRI. Environmental Systems Research Institute, Inc. ArcGIS Professional GIS for the desktop, version 14.0. Software. 2015.

ESRI. Environmental Systems Research Institute, Arc Hydro Tools, version 2.0. Software. 2011.

FONSECA, B. M. Uso do sistema de informações geográficas na análise morfométrica e morfológica de bacias de drenagem na Serra do Espinhaço Meridional – MG. Minas Gerais, 2010. 89f. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, Belo Horizonte.

HUGGETT, R. Systems analysis in geography; contemporary problems in geography. Oxford, Clarendon Press, 1980. 79-93p.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativa População 2017 (Cidades). 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/campo-grande/panorama Acesso em: 20 set. 2021.

LIMA, A. J. R.; NERY, J.T. Revisitando o conceito de bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão e a governança das águas. XVII Simpósio Brasileiro de Geografia Física, I Congresso Nacional de Geografia Física. Unicamp-São Paulo.

MARCELLINI, S. S. Diretrizes para utilização de tecnologias de Sistema de Informação Geográfica (SIG) na exploração de informações hidrológicas – exemplos de aplicação. São Paulo. 228f. Tese (Doutorado em Engenharia Hidráulica). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2002.

MASCARELLO, M. A; GANDRA, T. B. R.; ESPINOZA, J. M. A.; ASMUS, M. L. Conflitos espaciais entre instrumentos legais de planejamento territorial: caso de estudo na região do Balneário Cassino (Rio Grande, RS). Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, v. 38, p. 325-346. 2016.

MENDES, C. A. B.; CIRILO, J. A. Geoprocessamento em Recursos Hídricos: Princípios, Integração e Aplicação. Porto Alegre: ABRH, 2001. 536p.

PLANURB – Instituto Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Carta de Drenagem de Campo Grande – MS. (Relatório Técnico) Campo Grande: PMCG, 1997. 39p.

PLANURB – Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano Zoneamento Ecológico-Econômico de Campo Grande, 2015. Disponível em: https://sites.google.com/site/zeecampogrande/. Acessado em 02 abr. 2021.

SILVA, A. C. P; FREITAS, M. M; RODRIGUES, R. A. Estratégia metodológica de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) na escala municipal: um exercício acadêmico de geografia política para a gestão do território. L’Espace Politique, Revue em ligne de géographie politique et de géopolitique, Reims - France, v. 31, 19 páginas, 2017.

SOBRINHO, T. A; OLIVEIRA, P. T. S; RODRIGUES, P. B. B; e AYRES F. M. Delimitação automática de bacias hidrográficas utilizando dados SRTM. Revista Engenharia Agrícola, Jabuticaba, v. 30 n. 1, p. 46-57, 2010.

TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: IBGE – SUPREN, 1977. 97p.

VALERIANO, M. M.; ROSSETTI, D. F. Topodata: Brazilian full coverage refinement of SRTM data. Applied Geography, Sevenoaks, v. 32, p. 300 - 309, 2011.

Downloads

Publicado

2021-09-10

Como Citar

Ayres, F. M., Andrade, M. H. da S., Santos, A. B. C. dos, & Freitas, S. C. de. (2021). BACIAS HIDROGRÁFICAS, ESCALA DE APROXIMAÇÃO PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL. GEOFRONTER, 7(1). Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/GEOF/article/view/6663

Edição

Seção

Artigos