DESCRIÇÃO PALEOAMBIENTAL INICIAL NO MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ DO SUL – PARANÁ – BRASIL

Visualizações: 234

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/geofronter.v10.8437

Palavras-chave:

Paleopaisagens, Paleovegetação, Fitólitos, Frústulas de diatomáceas

Resumo

O objetivo do trabalho consiste em verificar a evolução da vegetação na porção norte do município de Corumbataí do Sul, associando-o às condições paleoambientais, bem como analisar o impacto e as alterações antrópicas sofridas por esta vegetação. Os materiais e métodos pautaram-se na recuperação da assembleia fitolítica. Nos resultados e discussão aborda-se os fitólitos recuperados, sendo expressivos nas primeiras profundidades, com baixo número de fitólitos preservados no solo; abordou-se também o significado e representatividade de cada família botânica correspondente as morfologias; as frústulas de diatomáceas foram apenas contabilizadas e serviram como indicador de presença d’água na localidade amostrada, esse proxy concentrou-se 90% no topo do testemunho. Concluiu-se que os fitólitos são fundamentais para determinar as famílias botânicas presentes, mesmo quando recuperado no topo do testemunho, promovendo a confirmação do substrato vegetal atual, que se compõem de gramíneas sazonalmente alagadas, permitindo a reprodução de diatomáceas. Sugeriu-se novas amostragens em diferentes pontos com a finalidade de levantar mais informações paleoambientais.

Biografia do Autor

Fernando Henrique Villwock, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Doutor pelo Programa de Pós Graduação em Geografia, na Universidade Estadual de Maringá - UEM. 

Renan Valério Eduvirgem, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

 Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-graduação em Geografia (PGE-UEM).

Mauro Parolin, Universidade Estadual do Paraná

Professor Associado do Colegiado de Geografia da Universidade Estadual do Paraná - Campus de Campo Mourão e Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Estadual de Maringá. 

Referências

BREMOND, L.; ALEXANDRE, A.; HÉLY, C,; GUIOT, J. A phytolith index as a proxy of tree cover density in tropical areas: calibration with Leaf Area Index along a forest-savanna transect in southeastern Cameroon. Global and Planetary Change, v. 45, n. 4, p. 277-293, 2005. DOI: https://doi.org/10.1016/j.gloplacha.2004.09.002

COE, H. H. G. Fitólitos como indicadores de mudanças na vegetação xeromórfica da região de Búzios/Cabo Frio, RJ, durante o quaternário. Tese (Doutorado em Geologia e Geofísica marinha). Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil. 2009. 304p

COE, H. H. G.; RICARDO, S. F.; SOUSA, L. O. F.; DIAS, R. R. Caracterização de fitólitos de plantas e assembleias modernas de solo da caatinga como referência para reconstituições paleoambientais. Quaternary and Environmental Geosciences, v. 8, n. 2, p. 09-21, 2017. DOI: https://doi.org/10.5380/abequa.v8i2.52868

DIAS, R. R.; COE, H. H. G.; LEPSCH, I. F.; RICARDO, S. D. F.; SILVA, L. M. V.; ALVARENGA, A. C.; RASBOLD, G. G. Morphological Variation of Phytoliths According to Leaf Senescence and Position in the Organs of Brachiaria decumbens. Flora, 151478, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.flora.2019.151478

DIAS, R. R.; COE, H. H. G.; VASCONCELOS, A. M. C.; CARVALHO, A.; MENDONÇA FILHO, C. V.; CHUENG, K. F.; RICARDO, S. D. F.; SOUSA, L. O. F. Fitólitos de plantas do cerrado. In: LEMOS, J. R. (Org.). Os percursos da botânica e suas descobertas. Ponta Grossa, PR: Atena, p. 98-116, 2020. DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6992004109

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, RJ: EMBRAPA, ed. 2, 1997. 212 p.

GU, Y.; LIU, H.; WANG, H.; LI, R.; YU, J. Phytoliths as a method of identification for three genera of woody bamboos (Bambusoideae) in tropical southwest China. Journal of Archaeological Science, v. 68, p. 46-53, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jas.2015.08.003

IPARDES. Leituras regionais: Mesorregião Geográfica Centro-Ocidental Paranaense. Curitiba, PR: IPARDES. 2004.133 p.

KONDO, R.; CHILDS, C.; ATKINSON, I. Opal Phytoliths of New Zealand. Manaaki Whenua Press, Lincoln, Nova Zelândia. 1994. 80 p.

LEHMKUHL, A. M. S. Preferências ecológicas e potencial bioindicador das diatomáceas para avaliação da qualidade ambiental de represas do estado de São Paulo, Brasil. 2019. 171 f. Tese (Doutorado em Ciências biológicas). Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Brasil. 2019.

LU, H.; WU, N.; LIU, K.; JIANG, H.; LIU, T. Phytoliths as quantitative indicators for the reconstruction of past environmental conditions in China II: palaeoenvironmental reconstruction in the Loess Plateau. Quaternary Science Reviews, v. 26, p. 759-772, 2007. DOI: https://doi.org/10.1016/j.quascirev.2006.10.006

MEDEANIC, S.; CORDAZZO, C.V.; CORREIA, I.C.S.; MIRLEAN, N. Os fitólitos em gramíneas de dunas do Extremo Sul do Brasil: Variabilidade morfológica e importância nas reconstruções paleoambientais costeiras. Gravel, v. 6, p. 1-14, 2008.

MEDEANIC, S.; CORRÊA, I. C. S.; WESCHENFELDER, J. Palinomorfos nos sedimentos de fundo da Laguna dos Patos, RS: Aplicação nas reconstruções paleoambientais. Gravel, v. 5, p. 89-102, 2007.

MERCADER, J.; BENNETT, T.; ESSELMONT, C.; SIMPSON, S.; WALDE, D. Phytoliths in woody plants from the Miombo woodlands of Mozambique. Annals of Botany, v. 104, p. 91-113, 2009. DOI: https://doi.org/10.1093/aob/mcp097

MONTTI, L.; HONAINE, M. F.; OSTERRIETH, M.; RIBEIRO, D. G. Phytolith analysis of Chusquea ramosissima Lindm. (Poaceae: Bambusoideae) and associated soils. Quaternary International, v. 193, p. 80-89, 2009. DOI: https://doi.org/10.1016/j.quaint.2007.11.024

MULHOLLAND, S. C. Phytolith Shape Frequencies in North Dakota Grasses: A Comparison to General Patterns. Journal of Archaeological Science, v. 16, p. 489-511, 1989. DOI: https://doi.org/10.1016/0305-4403(89)90070-8

NITSCHE, P. R.; CARAMORI, P. H.; RICCE, W. S.; PINTO, L. F. D. Atlas Climático do Estado do Paraná. Londrina, PR: IAPAR. 2019.

PAISANI, S. D. L.; PAISANI, J. C.; OSTERRIETH, M. L.; PONTELLI, M. E. Significado paleoambiental de fitólitos em registro pedoestratigráfico de paleocabeceira de drenagem - superfície de Palmas - Água doce (sul do Brasil). Geociências, v. 35, n. 3, p. 426-442, 2016.

PIPERNO, D. R. Phytoliths: a Comprehensive Guide for Archaeologists and Paleoecologists. Oxford, AltaMira Press. 2006.

RAITZ, E. Coleção de referência de silicofitólitos da flora do sudoeste do Paraná: subsídios para estudos paleoambientais. 2012, 204 f. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Francisco Beltrão, Brasil. 2012.

RASBOLD, G. G.; PAROLIN, M.; CAXAMBÚ, M. G. Avaliação das formas de fitólitos presentes em Cyperus giganteus Vahl (Cyperaceae). In: V ENCONTRO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA – EPCT. Anais... Campo Mourão: Fecilcam. 2010.

RASBOLD, G. G.; PAROLIN, M.; CAXAMBU, M. G. Reconstrução paleoambiental de um depósito sedimentar por análises multiproxy, Turvo, estado do Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Paleontologia, v. 19, n. 2, p. 315-324, 2016. DOI: https://doi.org/10.4072/rbp.2016.2.13

SANTOS, C. P.; COE, H. H. G.; BORRELLI, N.; SILVA, A. L. C.; SOUSA, L. O. F.; RAMOS, Y. B. M.; SILVESTRE, C. P.; SEIXAS, A. P. Opal phytolith and isotopic studies of "Restinga" communities of Maricá, Brazil, as a modern reference for paleobiogeoclimatic reconstruction. Brazilian Journal of Oceanography, v. 63, n. 3, p. 255-270, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S1679-87592015086606303

TWISS, P. C. Predicted world distribution of C3 and C4 grass phytoliths. In: RAPP, G. Jr.; MULHOLLAND, S. C. (Ed.). Phytolith systematics: Emerging issues. Advances in Archaeological and Museum Science, 1992. p. 113-128. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4899-1155-1_6

Arquivos adicionais

Publicado

2024-04-09

Como Citar

Villwock, F. H., Eduvirgem, R. V., & Parolin, M. (2024). DESCRIÇÃO PALEOAMBIENTAL INICIAL NO MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ DO SUL – PARANÁ – BRASIL. GEOFRONTER, 10, e8437. https://doi.org/10.61389/geofronter.v10.8437

Edição

v. 10 (2024)

Seção

Notas de Pesquisa

Licença

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Os autores concedem à revista GEFRONTER os direitos autorais sobre o texto aceito para publicação. Autorizações especiais podem ser concedidas mediante aceite do editor do periódico.