A consciência mestiza de Gloria Anzaldúa: por uma outra epistemologia
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Borderlands, Gloria Anzaldúa, literatura chicana, literaturas de fronteiras.Resumo
Como reconhecem as teorias e as críticas literária, cultural e comparada, na contemporaneidade, o mundo ocidental e em particular para a reflexão no subcontinente latino-americano, a abordagem epistêmica dá-se como matriz de expressões tais como: “outra orilha”, “fronteriza”, “borderlands”, mediante as quais obras e escritores demonstram que sua tarefa representa compromisso com o lugar, locus de enunciação, cuja leitura reverbera em crescente interesse pela relação entre conhecimento e compromisso. Desta perspectiva, este trabalho visa à reflexão acerca da obra Borderlands / La frontera: the new mestiza (1987), da escritora Gloria Anzaldúa, representativo corpus da literatura chicana, cujo próprio título da narrativa, “borderlands”, constitui forte paradigma – teórico e crítico – para a nossa intervenção no discurso de literaturas originadas das margens e / ou periferias. Deste ângulo, ao circunscrever a narrativa de Borderlands entre as fronteiras México-Estados Unidos, Gloria Anzaldúa propõe a via “fronteriza”, a outra margem, como condição de sua própria voz, identidade e pertencimento, numa “outra” orilha do conhecimento e provocativo de uma prática reflexiva fundada sobre o descentramento literário e em uma epistemologia adequada ao subcontinente latino americano, e às literaturas pós-coloniais.
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