A tradição ensaística e a busca por autonomia na crítica literária brasileira e ibero-americana

Visualizações: 1057

Autores

  • Keila Mara de Souza Araújo Maciel Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

ensaio, crítica literária, autonomia.

Resumo

O artigo analisa os fatores estruturais e sócio-culturais que fizeram do ensaio a forma de escrita mais contemplada pela crítica literária íbero-americana.  Simultaneamente às definições que configuram o ensaio enquanto forma textual, acompanha-se a trajetória do ensaio na história da produção crítico-filosófica do ocidente, com o intuito de compreendermos as contribuições do ensaísmo para a autonomia do pensamento crítico nos países íbero-americanos. Para esse fim, recorremos aos estudos de pesquisadores como Liliana Weinberg, no livro Situacíon del ensayo (2006), José Luis Gómez-Martínez (1981) em Teoría del ensayo, Alexandre Eulálio, o primeiro teórico a dedicar-se ao estudo do ensaio no Brasil, autor da clássica análise crítica e historiográfica intitulada “O ensaio literário no Brasil”; e Orlando Lopes em O ensaio como tese, a tese como tese, a tese como ensaio (2011). 

Biografia do Autor

Keila Mara de Souza Araújo Maciel, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutoranda em Letras - área de concentração Literatura, pela Universidade Federal do Espírito Santo

Referências

ALBETINO, Orlando Lopes. O ensaio como tese, a tese como tese, a tese como ensaio: Prolegômenos a uma prática ensaística. Texto apresentado no Seminário “Especificidades da Poesia, da Literatura e do Poema”, realizado na Universidade Federal do Espírito Santo, 2011.

ANDRADE, Mário. Obras completas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1987.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 9ª edição. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006.

CASTRO, Érica Gonçalves de. Sobre o ensaísmo de Robert Musil. Pandaemonium ger. (Online) no.17 São Paulo 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?pid=S1982-88372011000100007&script=sci_arttext

EULALIO, A. “O ensaio literário no Brasil”. In. Revista Serrote. IMS. No 14, julho de 2013.

GARIN, Eugênio. O homem renascentista. Lisboa: Editorial presença, 1991.

GÓMEZ-MARTÍNEZ, José Luis. Teoría del ensayo. Salamanca: Universidad de Salamanca, 1981.

LIMA, Raquel Esteves. O ensaio na crítica literária contemporânea. Revista de Estudos de Literatura. Belo Horizonte, 1995.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de temos literários. São Paulo: Cultrix, 2004.

MOISÉS, Massaud. A criação literária. São Paulo: Cultrix, 2012.

MONTAIGNE, M. Ensaios. São Paulo: Nova Cultural, 2000.

NASCIMENTO, Evando. Literatura e filosofia: diálogos. Juiz de Fora: EdUFJF/ São Paulo: Imprensa Oficial, 2004.

ORTEGA Y GASSET, José. Meditaciones del Quijote. Buenos Aires: Espasa, 1942.

ROCHA, João Cezar de Castro. Crítica literária: em busca do tempo perdido? Chapecó: Argos, 2011

SARAMAGO, José. Entrevista concedida a Horácio Costa, publicada pela Revista Cult (edição 17), 1998.

TODOROV, Tzvetan. O espírito das Luzes. Tradução Mônica Cristina Corrêa. São Paulo: Editora Barcarolla, 2008.

WEINBERG, Liliane. Situacíon del ensayo. Ciudad Universitária: Centro Coordinador y Difusor de Estudios Latinoamericanos. Universidad Nacional Autónoma de México. México, 2006.

Downloads

Publicado

2016-08-15

Como Citar

DE SOUZA ARAÚJO MACIEL, Keila Mara. A tradição ensaística e a busca por autonomia na crítica literária brasileira e ibero-americana. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 1, n. 12, p. 139–153, 2016. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/1156. Acesso em: 28 mar. 2024.