Sobre choros e esconderijos: as masculinidades e os afetos no conto “Joãozinho da Babilônia”, de João Antônio
Visualizações: 753Palavras-chave:
Masculinidades. Marginalidade. Literatura brasileira. João Antônio.Resumo
Publicado em 1975, na obra “Leão de Chácara”, Joãozinho da Babilônia é um dos clássicos de João Antônio. Conhecido por ser representante de uma camada social marginalizada, o personagem se torna o principal objeto de estudo deste trabalho. O intuito desta pesquisa é analisar a performance das masculinidades no conto, enfocando o protagonista. Tânia Macedo (2002) define Joãozinho da Babilônia como o “malandro que errou”, referindo-se ao personagem como o malandro que cometeu o erro de se apaixonar, e a partir desse “erro” se articulam as reflexões deste estudo. A narrativa é repleta de trechos sentimentais e profundos, o que contribui para perceber um homem em contato com suas emoções. A partir disso, analisa-se a manifestação dos afetos como parte da desconstrução da masculinidade hegemônica do homem marginalizado. Trata-se de um trabalho de análise que utiliza como fonte as considerações de estudiosos que atuam nos debates sobre masculinidades e gênero.
Referências
ABREU, Wagner Coriolano. Relendo a marginalidade pela crítica de João Antônio. Revista ANTARES – Vol. 6, Nº 12, jul/dez 2014 140.
ALMEIDA, Talita. In Dracula Veritas: uma análise sobre as personas que compõem o discurso epistolar do jovem João Antônio. Dissertação de Mestrado em Letras. Orientadora: Telma Maciel da Silva. Universidade Estadual de Londrina, Centro de Letras e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Londrina, 2016.
ANTÔNIO, João. Contos Reunidos. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
_________, João. Leão de Chácara. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Trad. Maria H. Kuhner. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
CANDIDO, Antonio. Na noite enxovalhada. In: ANTÔNIO, João. Contos Reunidos. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
_________, Antônio. Literatura e sociedade. São Paulo: Nacional, 1973.
CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. São Paulo: NVersos, 2015.
CONNELL, Robert; MESSERSCHMIDT, James W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos feministas, vol. 21, n. 1, p. 241-282, 2013.
CONNELL, R. W. Masculinities. 2. ed. Berkeley: University of California Press, 2005.
COURTINE, Jean-Jacques. Robustez na cultura: mito viril e potência muscular. In: ______. (Org.). História da virilidade. vol. 3: a virilidade em crise?. Trad. Noéli C. de Melo e Thiago A. L. Florêncio. Petrópolis: Vozes, 2013.
DEL PRIORE, Mary; AMANTINO, Marcia. (Orgs.). História dos homens no Brasil. São Paulo: UNESP, 2013.
MARTIN, Vima Lia. Literatura e Marginalidade: um estudo sobre João Antônio e Luandino Vieira. São Paulo: Alameda, 2008.
NOLASCO, Sócrates. A desconstrução do masculino: uma contribuição crítica à análise de gênero. In: ______. (Org.) A desconstrução do masculino. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.
PEREIRA, Jane Christina. A poesia de Malagueta, Perus e Bacanaço. Tese de Doutorado – Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista. Assis, 2006.
RAMOS, Marcelo Silva. Um olhar sobre o masculino: reflexões sobre os papéis e representações sociais do homem na atualidade. In: GOLDENBERG, Mirian. (Org.). Os novos desejos: das academias de musculação às agências de encontros. Rio de Janeiro: Record, 2000.
ROSENFELD, A. Literatura e personagem. In: A personagem de ficção. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972.
SILVA, Telma M. Posta-restante: um estudo sobre a correspondência do Escritor João Antônio. Tese doutorado. Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2009.
SIMON, Luiz C. S. Fundamentos para pesquisas sobre masculinidades e literatura no Brasil. Revista Estação Literária. ISSN 1983-1048. Londrina, Volume 16, p. 8 – 28, jun 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).