O fazer política em MacBeth
Visualizações: 702Palavras-chave:
política, reflexão, racionalidadeResumo
Este artigo propõe questionar o ato de fazer política, através da análise de uma obra de Shakespeare, “Macbeth” compreender como o bem, o mal e a racionalidade do julgamento se conjugam ou se diferem no agir político do personagem, este ato que oscila entre ser legalizado, tradicionalizado ou carismático, mas que, apesar de contraditório, ultrapassa milênios e subsiste em sociedades das mais complexas. Shakespeare estruturou um personagem tirano que galgou um poder através de um status legítimo, pois foi obtido através da sucessão “natural” ao trono; mas não pode ser considerado um poder legal, no sentido de Weber, pois foi desde o início marcado por crimes. A legalidade pressupõe uma racionalidade no agir político, racionalidade esta cunhada na ética profissional do político. Entretanto, o poder tradicional monárquico impera na obra literária e nos convida a pensar sobre a tirania e a não-tirania. Busca-se em Hannah Arendt estabelecer relação entre o pensar e a capacidade de fazer o mal ao participar do cenário político. A busca pela racionalidade do julgamento no agir político é uma alternativa relevante, apesar de muitas vezes expressar interesses particulares, de grupos ou categorias que exercem maior domínio nas relações sociais e políticas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).