Escola de Genebra: espaço aberto transformador

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Autores

  • Carolina Rangel Silva Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Teoria Literária, crítica, política, epistemologia, Escola de Genebra

Resumo

Apesar de participar ativamente de momentos estratégicos da história do conhecimento, a crítica literária, ainda hoje, não possui um território fixo estabelecido. Longe de ser um tema que passou ao largo do debate intelectual que constituiu o cânone atual, o espaço de ação da crítica já foi compreendido de modos diversos. Quaisquer que sejam os motivos desta diversidade, a variação constante de seus limites expõe principalmente a fragilidade dos princípios que fundamentam sua demarcação. O caráter precário dessa fundação, por sua vez, não é suficiente para engendrar atuações críticas realmente conflitantes, mas configura expectativas de leitura autoritárias que apresentam o objeto literário como uma grande forma de abstração. Nossa intenção nesse artigo é evidenciar o caráter ilusório desse isolamento abstrato e resgatar a potência transformadora da criação literária tal como é admitida pela atuação original da Escola de Genebra. Pretendemos mostrar que a postura da Escola citada não se restringe ao questionamento dos limites teóricos propostos pela convenção, mas ao contrário disso, constitui um ato de resistência e libertação fundamental diante da polarização tirânica que se estende por praticamente todas as esferas da nossa existência atual.

Biografia do Autor

Carolina Rangel Silva, Universidade de São Paulo

Doutoranda em Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em Francês. Departamento de Letras Modernas. Universidade de São Paulo

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Como Citar

SILVA, Carolina Rangel. Escola de Genebra: espaço aberto transformador. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], p. 345–366, 2019. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3438. Acesso em: 21 nov. 2024.