Escola de Genebra: espaço aberto transformador
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Teoria Literária, crítica, política, epistemologia, Escola de GenebraResumo
Apesar de participar ativamente de momentos estratégicos da história do conhecimento, a crítica literária, ainda hoje, não possui um território fixo estabelecido. Longe de ser um tema que passou ao largo do debate intelectual que constituiu o cânone atual, o espaço de ação da crítica já foi compreendido de modos diversos. Quaisquer que sejam os motivos desta diversidade, a variação constante de seus limites expõe principalmente a fragilidade dos princípios que fundamentam sua demarcação. O caráter precário dessa fundação, por sua vez, não é suficiente para engendrar atuações críticas realmente conflitantes, mas configura expectativas de leitura autoritárias que apresentam o objeto literário como uma grande forma de abstração. Nossa intenção nesse artigo é evidenciar o caráter ilusório desse isolamento abstrato e resgatar a potência transformadora da criação literária tal como é admitida pela atuação original da Escola de Genebra. Pretendemos mostrar que a postura da Escola citada não se restringe ao questionamento dos limites teóricos propostos pela convenção, mas ao contrário disso, constitui um ato de resistência e libertação fundamental diante da polarização tirânica que se estende por praticamente todas as esferas da nossa existência atual.Referências
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