Pensar com olhos e dedos: a desligação da arte plástica e a obra literária no modernismo português

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Autores

  • Renee Payne Universidade do Colorado - Boulder

Palavras-chave:

Futurismo, surrealismo, arte plástica modernista,

Resumo

Este trabalho trata da ligação, ou melhor, a desligação (a eliminação dos limites de gênero), entre as artes plásticas e a literatura através duma análise profunda de dois textos modernistas: “Saltimbancos” de José de Almada Negreiros e “a paisagem do relógio branco” de Mário Cesariny. Propõe-se que uma leitura de corte profundo da obra de Almada Negreiros revela uma crítica do autor da Primeira Guerra Mundial e a subsequente deformação social. Contudo, o tom geral da narrativa (militante e pesado de frustração) fica evidente, embora não se consiga perceber a crítica exata de Almada Negreiros. O conto de Cesariny não tem uma mensagem de caráter crítico detrás das imagens, mas ainda reflete a proposta do movimento surrealista: superar a realidade falsa tratada nas obras neorrealistas da época. O conto “a paisagem do relógio branco” logra ultrapassar a realidade por fazer o leitor, primeiramente, visualizar os deslocamentos e, depois, experimentar o deslocamento sinestésico do texto.

 

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Publicado

2015-09-08

Como Citar

PAYNE, Renee. Pensar com olhos e dedos: a desligação da arte plástica e a obra literária no modernismo português. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 2, n. 7, p. 145–151, 2015. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/386. Acesso em: 25 abr. 2024.