A aridez revisitada em Árido Movie e Cinema, aspirina e urubus: regionalismo além da literatura
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Sertão, Seca, Regionalismo, Árido Movie, Cinema, aspirina e urubusResumo
Nesse artigo, propomos uma análise da aridez, tendo como objeto de estudo as obras cinematográficas contemporâneas, produzidas após o Cinema da Retomada. Mais especificamente, analisamos, como exemplo das mudanças operadas na representação cinematográfica do sertão, os filmes Árido Movie (2008), de Lírio Ferreira, e Cinema, aspirina e urubus (2007), de Marcelos Gomes. Nossa hipótese é que a aridez, mais do que leimotiv temático, é um operador de leitura presente em várias esferas, tempos e manifestações da cultura brasileira, a começar pela literatura. Nesse sentido, nossa análise, primeiramente, refaz o percurso diacrônico mantido entre a literatura regionalista de 30, o Cinema Novo e, por fim, as obras cinematográficas da contemporaneidade. Nosso objetivo é comprovar que a aridez, nosso corpus específico, seja na literatura, seja no cinema, é um mecanismo estruturador da forma, capaz de explicitar as relações profundas entre esta e o conteúdo.
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