Os Ensaios de Michel de Montaigne no Brasil: recepção e tradução

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Autores

  • Claudia Borges de Faveri Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Michel de Montaigne, Ensaios, tradução, recepção.

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar os primeiros resultados de nossa pesquisa de pós-doutorado sobre a tradução da obra Ensaios (1580-1582) de Michel de Montaigne (1533-1592) ao português brasileiro. Ainda muito pouco se sabe sobre a recepção e trajetória de Montaigne e sua obra no Brasil. No entanto, tal desconhecimento contrasta com o fato de serem os Ensaios obra amplamente conhecida e apreciada pelo público leitor brasileiro. Atestam-no a vitalidade da pesquisa acadêmica em filosofia, literatura e ciências sociais que fazem de Montaigne seu centro de interesse e, também, as inúmeras apropriações de sua obra na mídia e nas artes em geral. Qual Montaigne chegou primeiro ao Brasil, como e quando? Estas são as perguntas que buscamos responder ao nos debruçarmos sobre o percurso das traduções de sua obra no Brasil.

Biografia do Autor

Claudia Borges de Faveri, Universidade Federal de Santa Catarina


Possui pós-doutorado em literatura pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado em ciências da linguagem pela Universidade de Nice - Sophia
Antipolis, França. Atualmente (2018-2019) realiza seu segundo pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pesquisa dedicada à recepção, permanência e tradução da obra de Michel de Montaigne no Brasil. É professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina, onde atua na área de Letras, com ênfase em literatura traduzida e teoria, análise e história da tradução. Suas
pesquisas buscam abranger os fenômenos da tradução sob seus aspectos teóricos, históricos e sociológicos, com ênfase em estudos sobre literaturas estrangeiras e brasileira traduzidas.

Referências

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Publicado

2020-02-14

Como Citar

DE FAVERI, Claudia Borges. Os Ensaios de Michel de Montaigne no Brasil: recepção e tradução. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 3, n. 23, p. 475–491, 2020. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/4382. Acesso em: 22 dez. 2024.