Por uma (re)construção do sujeito feminino afrodiaspórico: uma leitura de Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie

Visualizações: 586

Autores

Palavras-chave:

Chimamanda Ngozi Adichie, Diáspora, Literatura africana, Autoria feminina, Nigéria.

Resumo

A maneira de ler e produzir literatura vem se metamorfoseando ao longo dos séculos XX e XXI, abrindo espaço para que despontem as literaturas pós-coloniais, isto é, obras que possuem como atributo comum o fato de emergirem da experiência da colonização. Impulsionada por este contexto, a produção literária africana vem conquistando espaço e notoriedade no cenário mundial. O presente trabalho propõe uma leitura da obra Hibisco Roxo  (2011) de Chimamanda Ngozi Adichie buscando relacionar literatura e situação sócio-política, trazendo para o debate vozes historicamente silenciadas e abrindo possibilidades de resistência às perspectivas impostas pelo olhar do colonizador, através da investigação da literatura nigeriana.Tendo destacado papel no estabelecimento da estrutura colonial, busca-se aqui converter a literatura em instrumento de libertação.

Biografia do Autor

Priscilla de Carvalho Maia Ventura, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Licenciada em Língua Portuguesa e Língua Inglesa pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência em docência da língua inglesa e literaturas.

Referências

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. We should all be feminists. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hg3umXU_qWc>. Acesso em 10 de maio de 2020.

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. African “authenticity” and the Biafran Experience.Transition.V. 99, p. 42-53, 2008.

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Hibisco Roxo. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

BONNICI,Thomas. Introdução ao estudos das literaturas pós-coloniais. Mimesis, Bauru, v.19, n.1,p.07-23,1998. Disponível em: <https://secure.usc.br/static/biblioteca/mimesis/mimesis_v19_n1_1998_art_01.pdf>. Acesso em 10 de maio de 2020.

EMMANUEL, Ima Usen. “But your´re a woman. You do not count”. Does the woman count?A Study of Chimamanda Nogy Adichie´s Purple Hibiscus. International Journal of Social Research. Disponível em: <http://docplayer.net/73056093-But-you-are-a-woman-you-do-not-count-does-the-woman-count-a-study-of-chimanande-ngozi-adichie-s-purple-hibiscus.html>. Acesso em 10 de maiso de 2020

GANDHI, Leela. The Postocolonial Theory: A critical introduction.Columbia: New York, 1998.

HEWETT, Heather. Coming of Age: Chimamanda Ngozi Adichie and the Voice of the Third Generation.English in Africa. 2005, v.32, nº1, P.73-97, maio.2005

HOOKS, bell. Feminism is for everybody: passionate politics.Cambridge: South End Press, 2000.

LINDFORDS, Bernth. Famous Author´s Reputation Test. In:Comparative Approaches to African Literatures. Amsterdã: Rodopi, 1994.

OGUNYEMI, Chikwenye Okonjo. African Wo/Man palava. Chicago. University of Chicago Press, 1995.

REIS, Eliana Lourenço de Lima. Pós-Colonialismo, Identidade e Mestiçagem Cultural: A Literatura de Wole Soyinka. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?UFMG: Belo Horizonte, 2010.

SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. Trad. Deise Amaral. In: HOLLANDA, Heoisa Buarque. Tendencias e Impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

THIONG’O, Ngugi wa. Writing Against Neocolonialism. New Jersey: The Red Sea Press, 1989.

UWAKWEH, Ada Pauline.Debunking Patriarchy: The Liberation Quality of Voicing in Tisitsi Dengarembga´s “Nervous Conditions”.Research in African Literatures.Vol.26, n1, 1995, p.75-84.

Downloads

Publicado

2020-09-21

Como Citar

VENTURA, Priscilla de Carvalho Maia. Por uma (re)construção do sujeito feminino afrodiaspórico: uma leitura de Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 1, n. 24, p. 262–282, 2020. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/5031. Acesso em: 25 dez. 2024.