O canto lítico homoafetivo: avanços, negaceiros e recusas da libido gay

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/revell.v1i28.5867

Palavras-chave:

Lírica homoerótica, corpo, erotismo, inconsciente, imagens.

Resumo

Consideramos, para a realização deste estudo, os avanços, negaceiros e recusas no que concerne à leitura e aos estudos da lírica erótica homoafetiva, lembrando que as práticas estéticas possuem um papel fundamental para intervir no modus operandi e desvelar fenômenos psíquicos e emocionais constituintes de uma politicidade do sensível. Desse modo, neste artigo, a proposta volta-se para a análise-interpretativa do poema Festim de Raimundo de Moraes, tomando, para tanto, como fio condutor, a estilística. Nesse sentido, é importante que a leitura interpretativa busque aporte teórico nos estudos sobre as figuras de estilo dispostas nos quatro níveis da estrutura formal dos poemas: nível gráfico-visual-sonoro; nível sintático; nível semântico e nível lexical, de acordo com o que a composição poética suscitar. Logo, objetivamos desvelar, mediante a imagem poética, repleta de significantes que advêm do Outro[1], vinculados à libido e ao gozo, uma profundidade ótica que revela percepções, sentires, desejos, ânsias, angústias e clamores daquele que não é regido por padrões sexuais considerados normativos em sociedades de herança patriarcal. É relevante destacar que, em Festim, a figuração do corpo revela compreensão do eu e de sua relação com o outro e demonstra a importância da imagem corporal na constituição do sujeito como elemento que mantém um papel essencial como propulsor da percepção da alteridade.


[1]O Outro ou o Grande Outro, para Lacan, representa o Simbólico, ou seja, toda interpelação ideológica sociocultural sofrida pelo sujeito, por meio da linguagem, em sua vivência em sociedade.

Biografia do Autor

Edina Boniatti, Doutoranda na Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Doutoranda, orientanda na área de Letras – Linguagem e Sociedade – com enfoque em Estudos Literários pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Programa de Pós-Graduação em letras (PPGL) - (2020-2024).  Professora Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná.

Valdeci Batista de Melo Oliveira, UNIOESTE - universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Doutora em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (2007). Docente da categoria associado Professora associada do Curso de Letras da UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - campus de Cascavel. Professora do Mestrado Profissional em Letras Profletras. Docente do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Unioeste - Campus Cascavel - nível Mestrado e Doutorado.

Rosely Sobral Gimenez Polvani, UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Aluna do Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus Cascavel, Mestrado,( 2020-2022)

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Acessado em: 09/09/2020.

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Publicado

2021-07-06

Como Citar

BONIATTI, Edina; OLIVEIRA, Valdeci Batista de Melo; POLVANI, Rosely Sobral Gimenez. O canto lítico homoafetivo: avanços, negaceiros e recusas da libido gay. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 1, n. 28, p. 210–234, 2021. DOI: 10.61389/revell.v1i28.5867. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/5867. Acesso em: 22 dez. 2024.