Texto como container: escrita e arquivamento no Conglomerado Newyorkaysess de Hélio Oiticica

Visualizações: 479

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/revell.v2i29.6517

Palavras-chave:

Hélio Oiticica, Literatura expandida, Arquivamento

Resumo

O presente artigo tem como foco o que denominamos de a obra invisível do artista plástico carioca Hélio Oiticica, a escrita de feição híbrida, ao mesmo tempo poética e documental, acessível através do arquivo do artista. Após um breve recaptulação da trajetória da relação de Oiticica com a escrita, que abrange diários de criação, poemas e a incoporação da palavra nas suas obras plásticas, investigamos as características específicas da sua produção do período novaiorquino, pensada enquanto uma forma de literatura expandida e caracterizada pelo projeto de uma escrita do corpo, vinculada à fala e ao registro de seu “dia-a-dia experimentalizado”.

Biografia do Autor

Miguel de Ávila Duarte, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais – Brasil, com período sanduíche na Bath Spa University – Reino Unido. ORCID iD: https://orcid.org/0000-0001-6366-2464. E-mail: maviladuarte@gmail.com.

Referências

AGUILAR, Gonzalo. Hélio Oiticica, Haroldo y Augusto de Campos: el diálogo velado – La aspiración a lo blanco. In: O eixo e a roda, vol. 13. Belo Horizonte, 2006.

ÁVILA, Myriam. Diários de escritor. Belo Horizonte: Abre, 2016.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: Magia e Técnica, Arte e Política. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985

.BUCHMANN, Sabeth; HINDERER CRUZ, Max Jorge. Hélio Oiticica & Neville D’almeida: cosmococa. Rio de Janeiro: Azougue, 2014

COELHO, Frederico. Livro ou livro-me. Rio de Janeiro: EdUerj, 2010.

COELHO, Frederico; OITICICA FILHO, César (org.). Conglomerado Newyorkaises. São Paulo, Azougue, 2013.

COMPAGNON, Antoine. O trabalho da citação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996.

DUARTE, Miguel de Ávila. Nocagions: relações entre escrita e notação em John Cage e Hélio Oiticica. Tese (doutorado em Estudos Literários) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras, 2017.

FAVARETTO, Celso Fernando. A invenção de Hélio Oiticica. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2000.

GROYS, Boris. Arte, poder. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015.

GUIMARÃES, Clotilde Borges. A introdução do som direto no cinema documentário brasileiro na década de 1960. (dissertação). São Paulo: USP, 2008.

JACQUES, Paola Berenstein. Estética da ginga: a arquitetura das favelas através da obra de Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2001.

KOTZ, Liz. Words to be looked at: language in 1960s art. Cambridge, Mass.: MIT Press, 2010.

LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In: História e memória. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1992.

LOEB, Angela Varela. Os Bólides do programa ambiental de Hélio Oiticica. In: ARS, vol.9 no.17 São Paulo, 2011.

MARQUES, Reinaldo. Memória literária arquivada. In: Aletria, v. 18. Belo Horizonte, 2008.

MARTINS, Vera. A transformação dialética da pintura. In: COHN, Sérgio; OITICICA FILHO, César; VIEIRA, Ingrid. (Org.) Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.

OITICICA, Hélio. Hélio Oiticica – catálogo. Rio de Janeiro: Centro de Arte Hélio Oiticica/RIOARTE, 1997.

OITICICA, Hélio; OITICICA FILHO, César. Hélio Oiticica: o museu é o mundo. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2011.

OITICICA FILHO, César. Translivro. In: COELHO, Frederico; OITICICA FILHO, César (org.). Conglomerado Newyorkaises. São Paulo: Azougue, 2013.

RIVERA, Tânia. Hélio Oiticica e a Arquitetura do Sujeito. Niterói: UFF, 2012.

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. São Paulo: Cosac & Naify, 2014.

Downloads

Publicado

2021-11-30

Como Citar

DUARTE, Miguel de Ávila. Texto como container: escrita e arquivamento no Conglomerado Newyorkaysess de Hélio Oiticica. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 2, n. 29, p. 364–389, 2021. DOI: 10.61389/revell.v2i29.6517. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/6517. Acesso em: 21 nov. 2024.