Arquivo, guerra e entretenimento: Pynchon como literatura documental a partir de Derrida e Kittler
Visualizações: 476DOI:
https://doi.org/10.61389/revell.v2i29.6525Palavras-chave:
Pynchon, pós-modernidade, mídia, guerra, entretenimentoResumo
Partindo do conceito de arquivo desenvolvido por Derrida, este artigo explora as questões midiáticas e tecnológicas, mencionadas por Derrida na sua conceptualização, em diálogo com a teoria da mídia e da literatura de Friedrich Kittler. Argumenta-se que a noção kittleriana de mídia não só continua as questões postas por Derrida, como também vai além de sua “gramatologia”, isto é, de questões filosóficas, semióticas e linguísticas e adentra no reino tecnológico, pouco explorado pelos estudos literários. Como estudo de caso, discute-se a leitura kittleriana do romance O arco-íris da gravidade, de Thomas Pynchon, buscando como o “teatro bélico” da Segunda Guerra Mundial, representada por Pynchon, esconde uma verdadeira máquina arquivística da pós-modernidade em seus aspectos midiáticos e tecnológicos.
Referências
CASTRO, Vinicius Portella. O progresso pro fim: aceleração e auto-destruição em Nick Land e Thomas Pynchon. Das Questões, v. 12, n. 1, Jun 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/dasquestoes/article/view/25507. Acesso em: 6 jul 2021.
DERRIDA, Jacques. Freud e a Cena da Escritura. In: A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2011. p. 289–338.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
JAMESON, Fredric. Postmodernism, or, The cultural logic of late capitalism. Durham: Duke University Press, 1991.
JELINEK, Elfriede. Elfriede Jelinek: Der Nobelpreis muß an mir vorüberziehen. FAZ.NET, 8 Nov 2004. Disponível em: https://www.faz.net/aktuell/feuilleton/elfriede-jelinek-der-nobelpreis-muss-an-mir-vorueberziehen-1195180.html. Acesso em: 6 jul 2021.
KAFKA, Franz. O castelo. Tradução Modesto Carone. São Paulo: Compahia das Letras, 2008.
KITTLER, Friedrich A. De Nostalgia. Cultural Politics, v. 11, n. 3, p. 395–406, 1 Nov 2015.
KITTLER, Friedrich A. Discourse Networks 1800/1900. Stanford: Stanford University Press, 1990.
KITTLER, Friedrich A. Eine Kulturgeschichte der Kulturwissenschaft. München: Brill Fink, 2000.
KITTLER, Friedrich A. Gramofone, filme, typewriter. Tradução Daniel Martineschen; Guilherme Gontijo Flores. Belo Horizonte; Rio de Janeiro: Editora UFMG; Editora UERJ, 2019.
KITTLER, Friedrich A. Mídias e drogas na Segunda Guerra Mundial de Pynchon. In: A verdade do mundo técnico: ensaios sobre a genealogia da atualidade. Tradução Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto, 2017. p. 147–171.
KITTLER, Friedrich A. Pynchon and Electro-Mysticism. Pynchon Notes, n. 0, 21 Set 2008. Acesso em: 6 jul 2021.
KITTLER, Friedrich A. Unpublished Preface to “Discourse Networks”. Grey Room, v. 63, p. 91–107, Mai 2016.
KRÄMER, Sybille. The Cultural Techniques of Time Axis Manipulation: On Friedrich Kittler’s Conception of Media. Theory, Culture & Society, v. 23, n. 7–8, p. 93–109, Dez 2006.
PYNCHON, Thomas. Gravity’s Rainbow. New York: Penguin Books, 2006.
RESNAIS, Alain. Toda a Memória do Mundo. 1956. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Hl3LtP5eltI. Acesso em: 8 jul 2021.
SCHWERZMANN, Katia. « La lettre morte » – Friedrich Kittler en correspondance avec les poststructuralistes. Appareil, n. 19, 4 Out 2017.
WEISENBURGER, Steven. A Gravity’s rainbow companion: sources and contexts for Pynchon’s novel. Athens: University of Georgia Press, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).