Arquivo, guerra e entretenimento: Pynchon como literatura documental a partir de Derrida e Kittler
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https://doi.org/10.61389/revell.v2i29.6525Palavras-chave:
Pynchon, pós-modernidade, mídia, guerra, entretenimentoResumo
Partindo do conceito de arquivo desenvolvido por Derrida, este artigo explora as questões midiáticas e tecnológicas, mencionadas por Derrida na sua conceptualização, em diálogo com a teoria da mídia e da literatura de Friedrich Kittler. Argumenta-se que a noção kittleriana de mídia não só continua as questões postas por Derrida, como também vai além de sua “gramatologia”, isto é, de questões filosóficas, semióticas e linguísticas e adentra no reino tecnológico, pouco explorado pelos estudos literários. Como estudo de caso, discute-se a leitura kittleriana do romance O arco-íris da gravidade, de Thomas Pynchon, buscando como o “teatro bélico” da Segunda Guerra Mundial, representada por Pynchon, esconde uma verdadeira máquina arquivística da pós-modernidade em seus aspectos midiáticos e tecnológicos.
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