As faces da morte na América Latina na perspectiva do romance Los detectives salvajes do escritor Roberto Bolaño
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https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7101Palavras-chave:
Roberto Bolaño, Los detectives salvajes, Morte, Vida, JogoResumo
A partir do entendimento de que o texto literário se constrói mediante a circulação de elementos históricos, políticos e culturais produzidos sob a vigência das múltiplas relações desenvolvidas entre os indivíduos, em um determinado tempo e lugar, o presente estudo objetiva analisar o romance Los detectives salvajes (1998) do escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003), tomado como um artista representativo das principais mudanças apresentadas pela narrativa contemporânea de língua espanhola, no espaço ambivalente que compreende a Espanha e a América Latina, sobretudo, no que diz respeito ao prazer da elegia no contexto latino-americano. Assim, com base na problematização de temas ligados à vida, à experiência, ao luto, à melancolia, à morte e ao jogo, este trabalho se apoia no método histórico-comparativo, levando-se em conta a observação de fenômenos, processos e relações que constroem a realidade e o ambiente ficcional da narrativa em destaque. Assim, motivada pela leitura e análise do romance, a pesquisa dialoga com diferentes áreas do conhecimento, como a história, a mitologia, a filosofia e a psicanálise, a fim de compreender as diversas formas de comunicação da literatura com outras linguagens, e assim, discutir de que maneira a escrita literária é capaz de tematizar a condição humana, no caso específico deste autor, que, feito um herói derrotado, alimenta o seu discurso entre os escombros da genealogia latino-americana.
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