Não devore meu coração uma questão de encaixe estrutural
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https://doi.org/10.61389/revell.v3i30.7145Palavras-chave:
: Transcriação; Haroldo de Campos; Não Devore Meu Coração; Curva de Rio SujoResumo
O propósito desse artigo é realizar um estudo crítico entre a linguagem cinematográfica e a linguagem literária, com base nos pressupostos teóricos sobre o processo de transcriação de Haroldo de Campos a fim de demonstrar o processo ocorrido na obra fílmica Não Devore Meu Coração, do diretor brasileiro Felipe Bragança (2017) ocorrido na estrutura linear de dois contos da obra Curva de Rio Sujo (2003), do escritor Joca Reiners Terron. A obra cinematográfica é dividida em cinco capítulos e trata, em uma narrativa maior, das relações conflituosas entre brasileiros e paraguaios, na fronteira entre os dois países. Nela o cineasta ‘encaixa’, de forma descontinuada, os dois contos de Terron. Estudando o processo de tradução/transcriação da narrativa literária para a linguagem cinematográfica estabeleceu-se uma relação entre literatura e cinema; possíveis diálogos entre ambas as linguagens, assim como suas especificidades. A investigação revela que a tradução/transcriação audiovisual transporta a trama para espaço e época diversos, fazendo-se necessárias algumas mudanças temáticas e de conflitos, porém a essência permanece a mesma da obra do escritor cuiabano Joca Reiners Terron. Para tal leitura tomamos por base, para além dos conceitos críticos e literários, relacionados à estética literária, também nos servirão como aporte estudos referentes à literatura e cinema, tais como Haroldo de Campos (2013), André Bazin (1991), Roman Jakobson (1999), Robert Stam (2006), Jacques Aumont (1995, 2003, 2010), Gérard Genette (2006), Joca Reiners Terron (2013), Ismael Xavier (2003).
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REFERÊNCIA FÍLMICA
NÃO DEVORE MEU CORAÇÃO. Direção de Felipe Bragança. Duas Mariolas Filmes. Coprodução: Globo Filmes/Canal Brasil/Revolver Amsterdam. Damned Films/Mutuca Filmes, 2017. 108 min. Sonoro e colorido.
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