“Pode a subalterna falar?”: um estudo de Parque Industrial, de Patrícia Galvão

Visualizações: 255

Autores

Palavras-chave:

Parque Industrial, Escritas de mulher, A mulher negra, A mulher pobre, Personagens excluídas

Resumo

Este trabalho objetiva desenvolver um estudo do romance Parque Industrial, de Patrícia Galvão (1933), a partir de uma interpretação da obra como uma tentativa inicial de dar voz às mulheres pobres e negras brasileiras dentro da literatura nacional. Para tanto, para além da crítica coetânea e posterior ao romance, serão considerados estudos sobre as condições de escrita da mulher e das figuras marginais, como os de Woolf (2004), Gilbert e Gubar (2000), Duarte (2016) e Dalcastagnè (2015). Ademais, além da obra da autora paulista, outros romances relevantes serão mencionados à medida que colaborem para reconstruir os diálogos sobre a constante exclusão que se dá/deu dessas figuras subalternas e/ou excluídas nos textos literários brasileiros.

Biografia do Autor

Viviane da Silva Vieira, Universidade Estadual de Campinas

Mestra em Linguagens, mídia e arte pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – Brasil. Doutoranda em Teoria e História Literária na Universidade Estadual de Campinas – Brasil. Bolsista FAPESP/Brasil.ORCID iD: https://orcid.org/0000-0001-6173-1091.  E-mail: vivianevieira.contato@gmail.com.

Referências

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: volume 1 – Fatos e mitos; volume 2 – A experiência vivida. Trad. Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 6. ed., 2019.

BENEDETTI, Lucia. Entrada de Serviço. Rio de Janeiro: José Olympio, 1942.

CAMPOS, Augusto. de. Pagu: vida-obra. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

DALCASTAGNÈ, Regina. Quem pode fazer literatura afinal? In: O blog do Demodê, UNB, 2015. Disponível em: https://medium.com/@demode/quem-pode-fazer-literatura-afinal-eb8f85a7c51e. Acesso em: 13 set. 2022.

DUARTE, Constância Lima. A literatura de autoria feminina e os anos 30 no Brasil. In: Revista Araticum, Montes Claros, v. 14, n. 2, 2016. p. 9-24.

GALVÃO, Patrícia. Pagu: Autobiografia precoce. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

GALVÃO, Patrícia. Parque industrial. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

GILBERT, SANDRA M.; GUBAR, Susan. The madwoman in the attic: The Woman Writer and the Nineteenth-Century Literary Imagination. 2. ed. New Haven: Yale University Press, 2000.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.) Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

GUEDES, Thelma. Pagu – Literatura e Revolução: um estudo sobre o romance Parque Industrial. Cotia: Ateliê Editorial/São Paulo: Nankin Editorial, 2003.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Francisco Alves, 1960.

LEMOS, Pinheiro de. “Entrada de serviço”, de Lúcia Benedetti. Dom Casmurro, Rio de Janeiro, n. 276, p. 6, 14 nov. 1942.

LINS, Álvato. Romances e contos. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, p. 3, 16 jan. 1943.

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

MENDES, Murilo. Notas sobre Cacau. Boletim de Ariel, Rio de Janeiro, ano II, n. 12, p. 13, set. 1933.

NASCIMENTO, Beatriz. A mulher negra no mercado de trabalho. In: Heloísa Buarque de (org.) Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

PAVÃO, A. Panorama. Diário Carioca, Rio de Janeiro, n. 1363, p. 4, 16 jan. 1933.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Downloads

Publicado

2022-12-14

Como Citar

DA SILVA VIEIRA, Viviane. “Pode a subalterna falar?”: um estudo de Parque Industrial, de Patrícia Galvão. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 2, n. 32, p. 123–143, 2022. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/7191. Acesso em: 29 mar. 2024.