Gênero e experiências exílicas em Com armas sonolentas de Carola Saavedra
Visualizações: 475DOI:
https://doi.org/10.61389/revell.v2i32.7199Palavras-chave:
exílio, gênero, Carola Saavedra, Literatura Brasileira Contemporânea, crítica feministaResumo
O presente artigo tem como proposta analisar a representação das protagonistas femininas no romance Com armas sonolentas (2018) da escritora contemporânea Carola Saavedra, a partir da temática do exílio, da migrância e da errância. Pretende-se sobretudo analisar como a condição exílica afeta e contribui para a subalternização e a invisibilidade das subjetividades femininas, tomando como base o conceito definido por Nouss (2016) como ‘exiliência’, uma condição comum a todos os sujeitos que passam por deslocamentos, seja espacial ou subjetiva. São consideradas também as questões de gênero, raça e classe que permeiam a trajetória das personagens, a partir dos estudos de Adrienne Rich (2010), bell Hooks (1990) e Gloria Anzaldua (2000), dentre outras teóricas.
Referências
ANZALDÚA. Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres do terceiro mundo. Tradução de Édna de Marco. Estudos feministas, UFSC, v. 8 n. 1, 229-236, 1° sem, 2000. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880. Acesso em 15 de setembro de 2022.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. 18. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003.
DALCASTAGNÈ. Regina. (org.) Espaço e gênero na literatura brasileira contemporânea. Porto Alegre (RS): Zouk, 2015.
FRIEDMAN, Susan Stanford. “Bodies on the move: a poetics of home and diaspora.” In: Tulsa studies in women's literature. University of Wisconsin–Madison, v. 23, n. p.189-212. 2004.
GODET, Rita Olivieri. Errância/migrância/migração. In. BERND, Zilá (org). Dicionário das mobilidades culturais: percursos americanos. Porto Alegre: Literalis, 2010, pp. 189-210.
HARRIS, Leila Assupção. “Espaços discursivos, geográficos e afetivos na literatura diaspórica contemporânea. In: HARRIS, A. Leila (org.). A voz e o olhar do outro. Rio de Janeiro. Editora Letra Capital, 2009.
HOOKS, bell. "Homeplace: a site of resistance" and "Choosing the margin as a space of radical openness.” In: Yearning: Race, gender, and cultural politics. Boston, MA: South End Press, p. 41-49, 1990.
NOUSS, Alexis. Pensar o exílio e a migração hoje. Tradução: Ana Paula Coutinho. Porto: Afrontamento, 2016.
RICH, Adrienne. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades. v. 4, n. 05, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2309. Acesso em: 15 set. 2022.
SAAVEDRA, Carola. Com armas sonolentas: um romance de formação. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SAID, Edward W. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
SASSEN, Saskia. Globalization an its discontents. New York: New Press, 1998.
SHOHAT, Ella. Notes on the post-colonial. Social text.Third world and post-colonial issues, no. 31-32, pp. 99-113, 1992.
ZOLIN, Lúcia Osana. Estratégias de subjetificação na ficção contemporânea de mulheres: exílio, migração, errância e outros deslocamentos. In: DALCASTAGNÈ, Regina; LICARÃO, Bertonni; NAKAGOME, Patrícia. (orgs). Literatura e resistência. Porto Alegre: Zouk, 2018, pp. 71-85.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).