A resistência pelo dengo: um olhar sobre o conto “Abraço do espelho”
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https://doi.org/10.61389/revell.v2i32.7204Palavras-chave:
Literatura negra, racismo estrutural, Cuti, IdentidadeResumo
A partir do conto “Abraço do espelho”, de Cuti, publicado no livro “A pupila é preta” trazemos algumas reflexões sobre os modos como as diversas identidades assumidas pelos sujeitos textuais sofrem tensionamentos e são afetadas pelo racismo, bem como são estabelecidas dinâmicas de resistência e enfrentamento ao trauma que o racismo representa para a população negra. Para compreendermos alguns dos impactos das dinâmicas raciais nos indivíduos, nos valemos dos trabalhos de Fanon (2020) e Kilomba (2020); para percebermos os mecanismos sociais pelos quais o racismo opera, evocamos as produções de Borges (2019), Almeida (2019), Guimarães (2009) e Vergès (2020); a respeito da construção das identidades e do cabelo como um marcador identitário, trazemos os trabalhos de Hall (2006) e Guedes (2002); as ponderações a respeito da literatura e seu impacto na vida cotidiana passam pelos trabalhos de Cuti (2010), Dalcastagnè (2021) e Walter (2020); por fim, pensamos o conceito de dengo a partir da produção de Nunes (2017).
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