Sobre mímesis e trabalho doméstico
Suíte Tóquio, de Giovana Madalosso
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https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7487Palavras-chave:
Mímeses, empregada doméstica, Suíte Tóquio, Giovana MadalossoResumo
O intuito do artigo será analisar a representação literária da personagem Maju, a babá de Ana a qual divide o protagonismo com Fernanda, em Suíte Tóquio, de Giovana Madalosso (2020). Tendo em vista certa originalidade na obra, pela protagonista ser uma personagem comumente secundária, será examinado a qual mimeses cabe a obra de Madalosso (2020), a tradicional, da Poética de Aristóteles, “[...] que a literatura imitava o mundo [...]” (COMPAGNON, 2012, p.124), a que “[...] não possuía uma exterioridade e apenas fazia pastiche da literatura.” (COMPAGNON, 2012, p.124) ou a interpretação de Compagnon (2012), de que “[...] a mimèsis não era passiva, mas ativa [...] a mimèsis constituía uma aprendizagem”. (COMPAGNON, 2012, p.124). Além disso, será discutido sobre como a empregada doméstica ganha voz na narrativa a partir da análise do narrador, baseando-se no conceito de Jaime Ginzburg (2012), descrito no artigo O narrador na literatura brasileira contemporânea. Por fim, será discutido sobre a influência sócio-histórica de Maju enquanto mulher, babá e pobre em seu romance, baseando-se na escrevivência de Juliana Teixeira (2021) em Trabalho doméstico.
Referências
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