A construção estética e política da literatura argentina contemporânea de autoria feminina
a seriação de violências e a melancolia de futuro em Cometerra (2022), de Dolores Reyes
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https://doi.org/10.61389/revell.v2i38.7735Palavras-chave:
Literatura argentina contemporânea, Autoria feminina, seriação das violências, melancolia do futuro, horrorResumo
Se a literatura argentina trata, a partir da década de 1980, sobre temáticas como violência, desaparecimentos e corpos ausentes por causa da ditadura militar, em 2015, há uma mudança de perspectiva e esses filhos de desaparecidos do século XX passam a palavra e o protagonismo para os filhos e as filhas das vítimas do século XXI contarem os horrores que os cercam. A partir de conceitos como “seriação de violências” (RIBEIRO, 2016), “melancolia de futuro” (RAVETTI, 2019) e “horror” latino-americanos (LOVRINOVIC, 2022; GASPARINI, 2022; BAREI, 2021), busca-se, neste artigo, analisar o romance Cometerra (2022), de Dolores Reyes, enquanto um arquivo que perpassa os desaparecimentos e a violência herdados pelo período ditatorial, os quais, no romance, são transmutados em violências de gênero e feminicídios no cenário argentino contemporâneo.
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